sexta-feira, 10 de agosto de 2007

TV Digital discutida na ABTA - vários

TV digitalGlobo vai licenciar, por contrato, sinal HD para TV paga09/08/2007, 19h16A TV Globo já está preparando o que chama de "termo de licenciamento" que pretende celebrar com os operadores de TV por assinatura para a distribuição dos seus sinais em alta definição. Segundo o diretor de engenharia da emissora, Fernando Bittencourt, ainda estão sendo definidos alguns detalhes, mas uma coisa é certa: "A TV Globo não vai autorizar a distribuição do seu sinal digital sem assinar um contrato com o operador", diz ele. Este contrato trará, sobretudo, as condições para a oferta do sinal da emissora: a manutenção rigorosa da qualidade de imagem disponível na TV aberta, o que implica dizer, a mesma taxa de compressão e transmissão. Nas demonstrações que a Globo já está fazendo do sinal em alta-definição com o padrão brasileiro, a taxa de transmissão utilizada é de 17 Mbps, com compressão MPEG-4.A emissora também deve exigir a manutenção de todas as aplicações interativas do seu sinal original, mas Bittencourt reconhece que essa é uma situação complicada, já que os aplicativos do canal aberto rodam no middleware Ginga e precisarão ser convertidos para o middleware das respectivas caixas. Foi o que aconteceu no caso das transmissões interativas dos Jogos Pan-Americanos, transmitidos pela Net Serviços em suas rede digitais. "Tivemos que fazer um código para a TV aberta, para o Ginga, outro para a Net e outro para a Sky.Must carryMas o ponto mais polêmico diz respeito à cobrança pelo sinal. Segundo Bittencourt, ainda não há uma posição em relação a isso, indicando que a Globo não descarta a hipótese de cobrar pelo sinal em alta definição. É sabido que os radiodifusores estão confiantes que a TV digital aberta será muito bem recebida internamente, necessitando apenas de uma antena. De fato, a emissora demonstrou o seu sinal em alta definição em uma sala fechada do ITM Expo, em São Paulo, onde acontecia a ABTA 2007. O local fica distante em 12 quilômetros da torre de transmissão, e o sinal foi captado perfeitamente.Com essa segurança, os radiodifusores entendem que não necessariamente precisarão das operadoras de TV paga para distribuírem os sinais. E com isso, sentem-se confortáveis para cobrar pelo conteúdo. Além disso, a Lei do Cabo diz apenas que o operador de cabo é obrigado a levar o sinal das geradoras de TV, mas não que o radiodifusor seja obrigado a ceder o sinal. Há interpretações jurídicas de que, com isso, a palavra final cabe à TV aberta. Samuel Possebon - TELA VIVA News

Política de comunicaçõesAudiência retomará tramitação de projetos convergentes09/08/2007, 19h37A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados deve discutir na próxima quarta, dia 15, os projetos de lei que tratam da produção, programação e provimento de conteúdos por meios eletrônicos PL 29/2007 (do deputado Paulo Bornhausen), PL 70/2007 (de autoria do deputado Nelson Marquezelli) e do PL 332/2007 (deputado Paulo Teixeira). Da audiência, segundo o presidente da Comissão, deputado Wellington Fagundes (PR/MT), participarão o ministro Hélio Costa, o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, e ainda os presidentes das associações de TV aberta (Abert e Abra), TV por assinatura (ABTA) e telecomunicaçõeos (Abrafix). No entanto, é provável que alguns dos nomes não participem, já que os convites ainda não foram feitos e há a idéia de se separar a presença das autoridades e dos representantes dos empresários.A audiência será realizada em conjunto com a Comissão de Comunicação, informa o deputado Jorge Bittar (PT/RJ), relator da matéria na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara. Segundo os deputados, os relatórios nas duas comissões estão sendo elaborados em conjunto, para acelerar a tramitação. Na comissão de desenvolvimento econômico, a idéia é concluir a matéria até o final de agosto, diz Fagundes, que também é o relator na comissão. Em setembro, diz Bittar, o relatório deve ir à votação na comissão de comunicação em caráter terminativo (ou seja, não passando pelo Plenário da Casa). Uma vez aprovado, ele iria para o Senado ainda no segundo semestre.Os deputados participaram da ABTA 2007, que aconteceu esta semana, em São Paulo. Da Redação - TELA VIVA News
Leia mais sobre este assunto TV paga tem interesses divergentes no projeto Flexa Ribeiro Senador quer regras para produção e programação Senador fala em preservar "produção e programação" nacional Radiodifusores levam "projetos convergentes" para outra comissão Emendas aos "projetos convergentes" privilegiam radiodifusão PT apresenta seu projeto para convergência de meios (Acesso livre)
Política de comunicaçõesBittar diz que projetos convergentes trarão cotas para conteúdo
09/08/2007, 19h59Em debate sobre os projetos que visam criar regras para os conteúdos distribuídos por meios eletrônicos, o deputado Jorge Bittar (PT/RJ), relator dos projetos na Comissão de Comunicação da Câmara, disse que provavelmente a redação final a ser dada aos Projetos de Lei 29/07, 70/07 e 332/07 (que são os PLs que tratam do tema) contemplará o conceito de cotas de conteúdo nacional. Segundo o deputado Bittar, é importante ressaltar a importância das garantias ao conteúdo nacional, e que isso deverá ser feito por meio de percentuais mínimos de programação feita no Brasil por brasileiros, qualquer que seja o meio. Bittar participou de debate durante a ABTA 2007, maior evento de TV paga do Brasil que terminou nesta quinta, 9.Manoel Rangel, presidente da Agência Nacional de Cinema, acredita na importância dos mecanismos de cotas, inclusive para produção regional e independente. O deputado Jorge Bittar chegou a admitir que estas cotas valeriam para todos aqueles que distribuíssem conteúdos, inclusive radiodifusores. "Radiodifusão é uma forma de telecomunicações, e também seguirá esses princípios". Mas depois, contestado com a possibilidade de sofrer resistência das TVs abertas, refez o raciocínio e disse que os projetos tratarão dos conteúdos por assinatura e que, no caso da TV aberta, existem outros projetos, como o da ex-deputada Jandira Feghali. O deputado Wellington Fagundes (PR/MT), que relata os projetos na Comissão de Desenvolvimento Econômico, disse que a TV aberta será tratada de forma separada.Manoel Rangel, da Ancine, acredita que os discursos hoje sejam outros, e lembra que recentemente o próprio presidente da Abert (Daniel Slaviero) defendeu a política de cotas para conteúdos nacionais na Câmara, ao lado do presidente da Abrafix, José Fernandes Pauletti. "Existe uma clara convergência de discursos", diz Rangel. Samuel Possebon - TELA VIVA News
TV digitalTVs paga e aberta discutem transição para o HD09/08/2007, 18h02A discussão sobre o impacto da TV digital aberta na TV por assinatura durante a ABTA 2007 intercalou momentos de afago e de discussão intensa entre radiodifusores e operadores de TV por assinatura. Rômulo Pontual, CTO da DirecTV norte-americana, fez uma apresentação mostrando que o driver da alta definição nos Estados Unidos foi a TV por assinatura, e não a TV aberta. Em resposta à apresentação do executivo da DirecTV dos Estados Unidos, o diretor de tecnologia da TV Globo, Fernando Bittencourt, afirmou que, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, o driver da HDTV no Brasil será a TV aberta. "É evidente que no Brasil será o contrário. Não há um paralelo com os EUA. Lá a TV aberta não tem a mesma importância que tem aqui". Para Bittencourt, o consumidor das classes AB que ver a novela em alta definição em uma loja, vai levar uma TV. "Quando tentar receber aquela qualidade que viu na loja com a TV por assinatura, não vai conseguir. É claro que vai comprar um conversor da TV digital aberta", afirmou categoricamente. E provocou: "a TV por assinatura está atrasada na oferta de alta definição".Já Roberto Franco, diretor de engenharia do SBT e presidente do Fórum do SBTVD, acalmou a discussão, ao afirmar que a TV aberta não pretende fazer multi-programação porque tem "um concorrente com mais excelência nesta área: a TV por assinatura". Contudo, Franco afirmou que não acredita que algum operador de TV por assinatura possa ofertar no dia 2 de dezembro (data da estréia da TV digital aberta em São Paulo) o serviço de HDTV. Destacou ainda que o conteúdo da TV aberta é altamente desejado pelo consumidor, e que terá uma qualidade de imagem muito superior à da TV digital.Copa em HDVirgílio Amaral, diretor de tecnologia da TVA, lembrou aos radiodifusores que compartilharam a mesa de debates com ele que a operadora, em conjunto com a Bandeirantes, já tem alta definição e transmitiu a Copa do Mundo usando esta tecnologia. "Já falei para o Fernando (Bittencourt) que se ele liberar o sinal teste da Globo hoje, eu coloco em 500 residências".Por fim, Virgílio fez um apelo para que operadores e radiodifusores conversem para facilitar a popularização da alta definição. "Se as indústrias não conversarem, a velocidade da adoção vai cair", disse. Da Redação - TELA VIVA News

TV digitalCTO da DirecTV dos EUA aponta desafios para transição HD09/08/2007, 12h42O CTO da DirecTV dos Estados Unidos, Rômulo Pontual, apresentou na ABTA 2007 nesta quinta, 9, como foi o período de transição para a TV em alta definição naquele país e, mais especificamente, qual impacto esta transição teve na TV por assinatura. A TV aberta iniciou as transmissões digitais nos EUA em novembro de 1998. Menos de um ano depois, em agosto de 1999, a operadora de DTH lançou a alta definição com a introdução do canal HBO 24h HD.Pontual explica que para a transmissão em HD, a operadora adotou o codec MPEG-4 (H.264), o mesmo que será usado pela TV aberta no Brasil. Mesmo assim, foram necessários três novos satélites, com investimento de R$ 1 bilhão. Isto porque um transponder tem capacidade para 12 canais analógicos, apenas três canais HD no MPEG-2 e seis canais HD em MPEG-4. No total, a DirecTV US transmite 150 canais HD nacionais e 1,5 mil canais regionais, também em alta definição.CaixinhaRômulo Pontual explica qe os set-top boxes HD da operadora nos Estados Unidos são equipados com um receptor ATSC para a TV digital aberta, mas essa política será interrompida no próximo mês. "Acredito que vende mais que o conversor terrestre, que não atende ninguém", afirma.Pontual lembra que suas primeiras caixas que a operadora adotou custavam US$ 270. "Hoje custa menos da metade e, no próximo ano, devemos qebrar a barreira dos US$ 100".Para melhor a integração com a TV aberta, os set-top boxes da DirecTV contam com guia de programação dos canais terrestres locais. Além disso contam com um sistema inteligente capaz de identificar o televisor ao qual está acoplado e optar pela melhor configuração de resolução e formato de tela, levando em conta o conteúdo que está sendo veiculado.ProteçãoPontual lembra que a FCC, agência reguladora das comunicações no EUA, impôs restirções à indústria fabricante para que o conteúdo que passa pela porta de alta definição dos equipamentos, a HDMI, não possa ser copiado. Para ele esta é a melhor fórmula. "A idéia de colocar DRM na transmissão não funciona", diz. Isso porque na TV aberta é muito mais difícil a atualização de software caso a segurança do conteúdo seja quebrada, e a atualização de hardware é quase impossível.O executivo acredita que apenas a TV por assinatura possa dar garantias de proteção ao conteúdo, já que, caso a proteção seja quebrada, é possível trocar os cartões dos set-top boxes, o que não é possível com a TV aberta. Da Redação - TELA VIVA

News
TV digitalPreço final dos set-top boxes depende de incentivos do governo09/08/2007, 18h27Isenção fiscal, mecanismos de financiamento e caixas híbridas TV aberta/TV paga seriam as formas de conseguir a redução do preço final dos set-top boxes de TV digital até que a tecnologia ganhe escala. A constatação é de Moris Arditti, da Gradiente, que participou do painel da manhã desta quinta, 9, na ABTA 2007. Fazendo uma conta rápida a partir do preço que a DirecTV norte-americana pagou pelas primeiras caixas HD, Arditti chegou ao preço que a indústria fabricante vem anunciando para os primeiros set-top boxes HDTV: entre R$ 700,00 e R$ 800,00. "Não temos como saber o preço, apenas o custo. Este valor é na pior condição", contando que a isenção fiscal e outro mecanismos podem auxiliar a queda dos preços.SubsídioRômulo Pontual, CTO da DirecTV dos Estados Unidos, lembrou que é importante que, em algum momento, a tecnologia ganhe escala. "Nos Estados Unidos, a tecnologia levou 11 anos para chegar a preços abaixo dos US$ 100", destacou. Segundo Arditti, quase todos os componentes do sistema brasileiro são "de prateleira", com exceção de um processador demodulador, por enquanto usado apenas no Japão.Pontual lembrou ainda que em 2009, quando acontecer o "switch off" da TV analógica nos EUA, o governo enviará um vale de US$ 40 para famílias de baixa renda para que comprem o conversor que, acredita-se, já terá atingido este preço. "A estimativa é que o governo ganhe US$ 20 bilhões com o leilão das freqüências que hoje são usadas pela TV analógica. Se gastar US$ 1 bilhão subsidiando a compra dos set-top boxes, ainda terá uma boa receita".Sobre esse ponto, Arditti diz que seria mais interessante que o governo investisse na origem (fabricante) e não no ponto de venda. "Aliviaria os custos de toda a cadeia", diz. Da Redação - TELA VIVA News

Direitos autorais
Legislação restritiva pode incentivar a pirataria09/08/2007, 18h03
Brechas na legislação e evolução técnica são alguns dos fatores que permitem a ilegalidade dos conteúdos da TV por assinatura. Essas questões foram abordadas durante o painel "Novos meios, novos modelos, grandes desafios", que aconteceu nesta quinta-feira, 9 de agosto, durante o congresso da ABTA, e discutiu especialmente a violação de direitos autorais, a distribuição ilegal e a venda de conteúdos piratas.Segundo o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carlos Affonso Pereira de Souza, a alteração mais urgente a ser realizada na lei de direitos autorais, no que diz respeito à reprodução e distribuição do conteúdo, é no ponto que trata das exceções e limitações do Artigo 46, que aborda o acesso à obra sem a autorização prévia do autor.Souza explica que há muitos problemas nessa lei, que abrem brechas para diferentes interpretações. "A legislação, de tão restritiva, cria a ilegalidade", diz o professor. A lei como é hoje, não agrada plenamente os usuários, que não têm acesso ao conteúdo, tampouco os seus detentores, que acabam não sendo remunerados devidamente. "A lei precisa privilegiar hipóteses de acesso à obra autoral, que por um lado permitam o acesso a cultura, conhecimento e educação e que, por outro, não sejam violação dos direitos", diz.Além disso, segundo Souza, o ideal seria uma legislação com a qual o juiz pudesse se guiar. "Embora a jurisprudência tenha crescido no Brasil, ainda dependemos da lei", afirma.É o caso de processos contra os programas de Internet para compartilhamento de arquivos. Ele afirma que é preciso notar a diferença entre o programa em si e o uso que se faz dele. "Quem colocou o conteúdo ilegal no ar é quem deve responder pela ilegalidade", diz.Para Demian Grull, do novo canal Fiz, da Abril, aquilo que estiver no meio digital, será copiado. "Esse processo tem que ser resolvido na tecnologia, não na legislação". Ele explica que no caso do Fiz, canal que conta com conteúdo produzido pelos usuários, há um estímulo para a utilização de conteúdo licenciado para o canal. "Estamos tentando estimular as pessoas a fazerem as coisas da forma correta", diz.DRM na TV digital abertaQuando o assunto é TV digital aberta, o professor da FGV, Carlos Affonso Pereira de Souza, defendeu ainda que não haja DRM. "Os detentores do conteúdo ficarão satisfeitos apenas em um primeiro momento. Depois, vão acabar barrando outros modelos de negócio com isso", diz. Esses modelos seriam aqueles baseados na interatividade e na colaboração. Daniele Frederico - TELA VIVA News

Concorrência
Presidente da Band critica análises da Anatel0
9/08/2007, 19h07O presidente da Rede Bandeirantes de Televisão, João Carlos Saad, criticou nesta quinta-feira, 9, a atuação da Anatel na análise das operações entre as teles e empresas de TV por assinatura. Em audiência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Saad acusou a agência e demais órgãos do setor de não seguirem as leis em suas avaliações, comprometendo o futuro do mercado."O que tem que brecar não é a formação de monopólio. É acabar com os que já estão montados e asfixiam o mercado", afirmou o executivo. "Vejo uma fusão após a outra e tudo é aprovado pela Anatel. Para eles, não tem problema um mesmo grupo ir comprado tudo", completou.As críticas de Saad atingem não apenas a compra da TVA, do Grupo Abril, pela Telefônica, mas também a operação da concessionária de telefonia em DTH. Para o presidente da Bandeirantes, a Anatel deveria ser mais pró-ativa em criar regras para este serviço. "Acho que a gente tem que parar de se fingir de cego e legislar sobre o DTH", declarou. "Parece que houve uma omissão de comum acordo no passado. Isso não existe em lugar nenhum do mundo, um serviço dessa magnitude sem regulamentação."Mesmo criticando a conduta da agência reguladora, Saad alega que não vê problema em uma empresa de telefonia ser dona de uma operadora de cabo, "desde que respeitadas as leis". Para o executivo, não há necessidade de se revisar as leis para que o ambiente competitivo seja criado nas TVs por assinatura. O primordial seria o fim dos intermediários no mercado, especialmente na área de programação de conteúdo. "É preciso eliminar os gatekeepers. Eles são a pílula anticoncepcional para que não nasça nada nesse setor."Segundo Saad, o debate sobre a mudança de marco regulatório beneficia apenas as concessionárias de telefonia. "Mudança de marco regulatório é papo de empresa para acabar com tudo e fazer o que elas quiserem. Eu nem sei quem é esse 'marco' que tanto falam...", ironizou o executivo. "Eles querem misturar telefonia com broadcast. Isso não dá certo. Eles são primos, mas são diferentes. O DNA é diferente." Mariana Mazza, de Brasília - TELA VIVA News

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