quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Interatividade, TV Móvel e outros

Recursos de interatividade não são novidade para radiodifusores
29/01/2008, 19h00
Os recursos de interatividade não representam uma grande novidade para os radiodifusores, que já estão acostumados em receber contribuições da audiência, assim como o público sabe e interage com as TVs. Esta foi a conclusão apresentada pelo SBT durante o Mobile TV Latin America, que acontece nestas terça, 29, e quarta-feira, no Rio de Janeiro. Segundo Ana Paula Paes Leme, executiva de contas de novos negócios da emissora, o que muda com a TV digital e móvel é a tecnologia usada na interação. Para ela, esta será a contribuição das redes celulares na TV móvel no Brasil, o uso de suas redes como canal de retorno, já que os radiodifusores podem trafegar seus sinais de forma aberta para os dispositivos portáteis. Além da interatividade (através de cartas, votação por telefone, internet ou SMS), as emissoras estariam também acostumadas a entregar conteúdos adicionais ao seu público, como making of, entrevistas com atores etc., através da internet.
Assim, o maior desafio para os radiodifusores na TV móvel seria na adequação do conteúdo. "Muitos radiodifusores podem estar pensando em produzir e transmitir conteúdos específicos para a TV móvel, mas aí encontram dois desafios, o estratégico e o regulatório", disse, lembrando que no Brasil, ao menos por enquanto, o sinal para os dispositivos móveis deve ser igual ao sinal principal. Em relação à estratégia, Ana Paula lembrou que a audiência deve se comportar de forma diferente. Segundo ela, os picos devem ser entre 18h e 20h, seguidos do período entre 6h e 9h e no horário reservado para o almoço. Além disso, "a maneira de consumir televisão deve ser diferente. Programas para jovens certamente fariam maior sucesso", disse.

Produtores

Já a Warner Music, "cujo core business não é televisão", como lembra o diretor de new media para a América Latina, Alfonso Perez Soto, conta com uma oferta variada de conteúdos, pensando sempre no modelo de distribuição de conteúdo pelas redes das operadoras móveis. Segundo ele, o acervo da Warner Music poderia ser ainda maior, mas antes é preciso resolver algumas questões de direitos sobre as masters de vídeo, licenças de sincronização etc.
Contudo, a distribuidora de música pode oferecer conteúdo para dispositivos móveis de três formas: licenciando clipes de menos de cinco minutos de duração; licenciando programas de TV como shows e entrevistas; e com seus canais dedicados aos dispositivos móveis. O executivo lembrou que a Warner tem, para a América Latina, três canais para celulares: o RhinoTV, com clássicos do rock; o de humor Comedybox; e o canal teen WappoTV. Da Redação - PAY-TV News

TV móvel
TIM espera ter 1 milhão de assinantes em dois anos, na Itália
29/01/2008, 13h15
A TIM planeja ter 1 milhão de clientes de seu serviço de TV móvel via DVB-H dentro de dois anos na Itália. O serviço foi lançado comercialmente em junho de 2006. O tamanho atual da base não é revelado. A operadora italiana cobra 5 euros por mês para que seu cliente tenha acesso ilimitado a oito canais de TV, com transmissão 24 horas por dia. Eventos especiais, como jogos de futebol, são cobrados à parte.
De acordo com Giuseppe Persanteli, executivo da área de soluções de broadcast e inovação da TIM na Itália, o grande segredo da TV móvel é descobrir o equilíbrio entre o que deve ser oferecido como broadcast através da rede DVB-H e o que deve ser vendido sob demanda, através da rede celular.
Persanteli reconhece que a transmissão via DVB-H requer mais investimentos, em razão da construção de uma nova rede. Mas aponta como principal ponto fraco a pequena variedade de modelos de celulares disponíveis no mercado habilitados para essa tecnologia - há apenas quatro hoje na Itália. Por outro lado, o DVB-H não ocupa a rede de transmissão de dados das operadoras e é muito mais eficiente para broadcast. Fernando Paiva - PAY-TV News

TV móvel
TV norueguesa lançará propaganda personalizada no celular
29/01/2008, 13h14
Depois do sucesso obtido em um recente período de teste, a NRK, TV estatal da Noruega, decidiu lançar comercialmente em junho de 2008 o serviço de TV móvel usando uma plataforma de publicidade personalizada. O conteúdo da TV é transmitido em tempo real pela rede das operadoras celulares. E através de uma plataforma desenvolvida especialmente para este fim são enviados banners de propaganda diferentes para cada usuário, dependendo do seu perfil de uso e de dados cadastrais coletados pelas operadoras e pela NRK.

DMB

Paralelamente, a NRK pretende montar uma rede de broadcast de TV móvel com tecnologia DMB, a mesma usada na Coréia do Sul. Gunnar Garfors, diretor da NRK, explica por que a tecnologia DVB-H, preferida na maioria da Europa, foi preterida pela empresa: "o DVB-H não funciona bem na Noruega por causa da grande quantidade de montanhas no país."
Segundo Garfors, a emissora pretende oferecer publicidade personalizada também na distribuição via DMB. Tudo depende do player a ser usado nos celulares. Ele precisará comunicar-se com duas redes simultaneamente: com a de DMB, para receber os vídeos, e a rede celular, para realizar a interatividade e receber os banners de propaganda.

Modelo

Garfors acredita que a TV móvel no futuro terá que ser sustentada por publicidade, tal como acontece com a TV aberta hoje em dia. "Mesmo 5 euros de assinatura para TV móvel é caro para muita gente, até mesmo na Noruega", disse o executivo. Ele acredita que o consumidor somente pagará por conteúdo sob demanda e premium.
Os primeiros testes da NRK com TV móvel foram apresentados em matéria publicada na edição de dezembro da revista TELETIME. Garfors participou como palestrante do seminário Mobile TV Latin America, evento realizado nesta terça-feira, 29, no Rio de Janeiro, e que reuniu cerca de 40 pessoas. Fernando Paiva - PAY-TV News

Mobile TV
Alcatel-Lucent desenvolve plataforma de publicidade no celular
29/01/2008, 18h15
A Alcatel-Lucent desenvolveu uma plataforma dedicada a gerenciar publicidade em serviços de TV móvel. Batizada de "AD Selection One2One", a plataforma oferece, entre outras funcionalidades, a possibilidade de incluir logo de companhias durante os poucos segundos necessários para a troca de canais em uma aplicação de TV móvel. Outra alternativa é o gerenciamento de banners de publicidade veiculados na parte inferior da tela e transmitidos através das redes celulares. O produto é um complemento à plataforma da TV móvel da fabricante, que já foi adotada por algumas grandes operadoras ao redor do mundo, como a australiana Telstra. A "AD Selection One2One" será apresentada no estande da Alcatel-Lucent durante o Mobile World Congress, que será realizado em Barcelona, na Espanha, em fevereiro.

DVB-SH

No segmento de TV móvel, a fabricante aposta forte também na produção de equipamentos para redes DVB-SH, uma evolução do padrão DVB-H. "O DVB-SH consegue melhorar a cobertura indoor. Além disto, o custo de instalação da rede cai pela metade em comparação com o DVB-H", defende Pablo Torres, diretor de desenvolvimento de negócios da Alcatel-Lucent.
Essa tecnologia, contudo, ainda é pouco difundida no mundo. Apenas uma operadora está com um lançamento comercial programado até agora: a norte-americana ICO, que vende serviço de rádio via satélite. A operadora italiana 3 promete fazer um teste com a tecnologia em breve.
O DVB-SH pode funcionar em muito mais freqüências que o DVB-H. Uma das faixas que deve ser utilizada pelo DVB-SH na Europa é a de 2,2 GHz, que por ser próxima de 2,1 GHz do UMTS possibilitará o uso da mesma infra-estrutura. O DVB-SH permite também o uso de satélites para complementar a cobertura onde for necessário.
O grande problema do DVB-SH por enquanto é a falta de aparelhos. Há hoje apenas dois modelos compatíveis. Porém, segundo Torres, a adaptação de modelos DVB-H para DVB-SH é fácil e pode ser feita pelos fabricantes em seis meses. Fernando Paiva - PAY-TV News

IPTV
Mais duas teles latino-americanas preparam lançamentos
29/01/2008, 18h18
Duas operadoras de telefonia fixa da América Latina anunciaram planos de lançar serviços de IPTV. A colombiana Une EPM planeja lançar o serviço comercial em março. No mesmo mês, a Telecom Argentina iniciará um teste. Ambas são operadoras de telefonia fixa.
A Une vem testando IPTV há dois anos. "Não dá para lançar esse serviço da noite para o dia", explica o diretor de IPTV da operadora, Andres Betancur. Em 2006, a companhia testou o serviço com cem clientes usando MPEG2 e rede ADSL+2. Depois, em 2007, fez um segundo teste, então com mil clientes, usando MPEG4, H.264 e ADSL+2. Foram feitos fortes investimentos na rede para reduzir para até 500 metros a distância entre as centrais telefônicas e as residências dos clientes. "A velocidade mínima para IPTV precisa ser de 6 Mbps", afirma o executivo.
Em uma primeira fase, a Une oferecerá 200 canais de vídeo e áudio empacotados de várias formas diferentes. Nessa fase também haverá vídeo sob demanda, pay-per-view e serviço de controle de acesso ao conteúdo pelos pais. Em uma segunda fase a empresa oferecerá PVR (personal vídeo recorder), e-mail TV e páginas da web na TV. A terceira fase consistirá na oferta de HDTV, jogos na TV, SMS na TV, além de outros serviços de valor adicionado.
A expectativa de retorno para o investimento é de sete anos. "Os custos do conteúdo são altos. Em alguns casos os provedores ficam com 75% e a operadora com 25%", reclama Betancur. Além disso, os preços de TV por assinatura na Colômbia são baixos. Há ofertas de US$ 12 por mês. E outras, ilegais, por US$ 5 ao mês.
A Telecom Argentina, por sua vez, fará seu primeiro teste em março de 2008 para aperfeiçoar o know-how de seus técnicos, integrar o OSS e o BSS, além de testar diferentes arquiteturas de rede. Será utilizadp MPEG4, H.264 e transmissão em SDTV e HDTV. Fernando Paiva - PAY-TV News

Mobilidade
Pesquisa indica pessimismo em relação a serviços convergentes
29/01/2008, 21h03
Uma pesquisa realizada pela Valista, estabelecida na Irlanda e nos Estados Unidos, em relação ao mercado de banda larga, trouxe resultados surpreendentes. A sondagem com integrantes do setor móvel revelou que 46% dos provedores acreditam que o desenvolvimento de estratégias de negócios para capitalizar a convergência será um grande desafio em 2008. E isto será seguido de perto pelo declínio da receita média por usuário (Arpu), em 30%. A capitalização com base na convergência pode tornar-se ainda mais desafiadora quando confrontada com o pessimismo no segmento de banda larga e TV a cabo, onde três quartos dos pesquisados previram que menos de 10% dos provedores de banda larga e de TV a cabo oferecerão programação por meios móveis neste ano. Isto mostra que a convergência entre os provedores de serviços móveis e de banda larga ainda é vista pelo setor como um negócio prematuro.
Além disso, segundo a Valista, quase metade dos pesquisados oriundos do setor de mídia e entretenimento respondeu que o maior problema este ano será o desenvolvimento de novos modelos de negócios para novos canais, seguido de perto pela manutenção de receitas de publicidade na faixa de 33%. Apenas 11% acreditam que o maior desafio, ao contrário, será o gerenciamento e proteção de conteúdo.
Para Fran Heeran, CTO da Valista, é preciso esperar para ver se realmente 2008 será o ano em que a área de serviço móvel, da banda larga e da mídia e entretenimento alinharão seus negócios para lucrar em cima da convergência.
Em relação à publicidade móvel, 36% dos entrevistados acreditam que há significativas oportunidades neste segmento, com quase um quarto mostrando-se otimista com a produção de conteúdo e mídia móvel pelos usuários.
Sobre meios de pagamento pelo uso do conteúdo móvel, 45% dos entrevistados acreditam que o método que prevalecerá tanto para banda larga quanto TV a cabo será o de pagamento direto na conta telefônica em 2008; 27% apostam no pagamento cuja autorização é um SMS (ou Premium Short-Message Service); e 5% votaram no cartão de crédito. Da Redação - PAY-TV News

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

TV móvel

Ancel lança TV móvel por DVB-H; Record está no pacote
28/01/2008, 20h45
Um serviço de TV voltado exclusivamente a aparelhos celulares foi lançado neste final de semana no Uruguai pela Ancel, estatal de telecomunicações daquele país. A transmissão utiliza a tecnologia DVB-H (variante móvel do padrão europeu de TV digital). O serviço é oferecido em caráter gratuito e inclui a transmissão de cinco canais de televisão que estão sendo recebidos, por enquanto, por 100 aparelhos no balneário de Punta del Este. Há dois canais uruguaios, um argentino, um chileno e um brasileiro (TV Record) recebidos por equipamentos Nokia N77 e N92 preparados para DVB-H. O serviço pode passar a ser cobrado no futuro, mas não há planos oficiais para isso.
Da Redação - PAY-TV News

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Tendências Internacionais - RealScreen

Eles só pensam naquilo... YouTube
23/01/2008, 19h30
O segundo dia do RealScreen, mercado internacional de documentários realizado em Washington DC, EUA, foi aberto com um painel em que commissionng editors debateram as tendências da indústria.
Estes são os profissionais que, nas televisões européias e norte-americanas, selecionam projetos de programas para serem produzidos. Ou seja, fazem a interface entre os canais e os produtores independentes.
O debate foi dominado pelo tema do vídeo na Internet, sobretudo o fenômeno You Tube, ainda uma obsessão da indústria. Pouco ou nada se falou sobre formatos, tendências, temas, idéias... apenas sobre as potenciais ameaças e oportunidades da distribuição online. Isto vem afetando, ao menos na teoria, a própria maneira como estes canais adquirem programação.

Conteúdo 360 graus

"O futuro do History Channel não é um canal linear chamado History Channel, mas uma marca com este nome, que oferecerá conteúdos. O canal é a espinha dorsal de uma oferta 360 graus", disse Charles Nordlander, VP de desenvolvimento e produção do History Channel.
Isto já se reflete na aquisição de programas. Qualquer compra, diz o executivo, já envolve no mínimo a produção de versões curtas do programa para a web.
Mas ele vai além. Em uma próxima fase, o projeto deve vir já com conteúdos (de vídeo) previstos especificamente para a Internet, e em um terceiro momento, os projetos terão que contemplar toda a parte interativa também, como jogos, quiz etc.
Canais europeus também vêm exigindo a integração com a web, mas na prática, vêm recebendo muito menos projetos com estas características do que esperavam, conta a commissioning editor da France 5, Caroline Behar.

Programa como marca

O VP sênior de desenvolvimento e produção do Discovery Channel e do Science Channel, Jeff Hasler, dá a medida da indefinição do modelo. "Todos sabemos onde queremos chegar. Só não sabemos qual será o caminho", disse, durante o painel. Segundo ele, a tendência é pensar os programas como marcas. "Não é só pegar a programação de TV e editar programetes para a web. Temos que pensar também no espectador que vai só na Internet, e não na TV", conta Hasler.
John Farren, diretor do programa "Timewatch", da BBC, programa histórico mais antigo em exibição no mundo, lembra que a Internet ainda é imprevisível. Um vídeo colocado pela BBC no You Tube teve mais de um milhão de views, o que surpreendeu a rede. "Amanhã alguém inventa um novo aplicativo e tudo muda novamente", refletiu Farren. André Mermelstein, de Washington, EUA - PAY-TV News

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Abril começa a produzir em alta definição para a TV paga

16/01/2008, 18h11
A TV por assinatura começa a se preparar para a alta definição. Por enquanto, a disponibilidade de programação HD está restrita ao canal Globosat HD e aos canais abertos de São Paulo.
A Abril começa a testar a tecnologia e a se preparar para o futuro high definition. Maria Tereza Gomes, diretora de programação e produção do Ideal, diz que o canal começou a produzir em alta definição uma série de 16 programetes e uma série de sete episódios de 30 minutos. A idéia é aprender treinar a equipe para a nova tecnologia. "Se fossemos produzir tudo em HD, do que precisaríamos?", questiona Maria Tereza. Segundo a executiva, o canal tem tecnologia para captar cenas externas e para editar em alta definição. "Nosso estúdio ainda é Beta", explica. Contudo, há um estudo da engenharia da Abril para que toda a infra-estrutura seja preparada para alta definição. "O Ideal está muito próximo de ser 100% HD, dependo apenas de um aporte financeiro", diz. O investimento se refere à compra dos equipamentos de estúdio e ao aumento da capacidade armazenamento de conteúdo.

Modelo

Para Maria Tereza, a transição para o HD "é inevitável". "O perfil do canal é moderno, nossa audiência está conectada em seus Blackberrys, têm acesso às tecnologias mais avançadas", justifica. Contudo, para isto, é fundamental formatar um modelo de negócios. "Teremos um aumento de custo alto", diz. Fernando Lauterjung - PAY-TV News

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Mobile Marketing - Pesquisa

News
Três em cada 10 usuários celulares nos EUA vêem publicidade em seus aparelhos, revela pesquisa
11/01/2008, 20h27
Estudo da Gfk/NOP Research mostra que cerca de 31% de todos os usuários móveis se recordam de ter visto publicidade em seus terminais, com o maior segmento (16% dos usuários) sendo formado por anúncios de SMS. Os homens superaram as mulheres em 20% na lembrança de ter visto um anúncio móvel.

Mais de três em cada dez usuários de telefones celulares e smartphones – cerca de 78 milhões de consumidores nos EUA – viu ou ouviu publicidade nos seus aparelhos no quarto trimestre do ano passado, de acordo com um estudo encomendado à Gfk/NOP Research pela comunidade de entretenimento móvel Limbo.

Segundo a empresa, hoje mais de 250 milhões de americanos têm telefone celular, e o envio de mensagens de texto (SMS) lidera no tráfego de dados ou serviços de comunicações que não envolvam voz: cerca 56% dos usuários móveis, ou 141 milhões de pessoas, usam SMS, o que representa 60% a mais que o serviço de troca de mensagens multimídia (MMS)

Embora o SMS seja mais usado por jovens americanos (82% das pessoas com menos de 25 anos são usuários ativos), mais da metade das pessoas na faixa de idade abaixo dos 50 anos também são usuários ativos – aliás, os africano-americanos e hispânicos são 50% mais propensos a usar os SMS.

O estudo também mostra que cerca de 31% de todos os usuários móveis dos EUA se recordam de ter visto publicidade em seus terminais, com o maior segmento (16% dos usuários) sendo formado por anúncios de SMS. Os homens superaram as mulheres em 20% na lembrança de ter visto uma publicidade móvel. Por outro lado, os jovens abaixo dos 24 anos e africano-americanos demonstraram ter quase duas vezes mais probabilidade de recordar ter visto anúncios no celular.

"A mais empolgante é que o marketing móvel por meio da publicidade demonstrou ter uma ampla penetração, atingindo um em cada três usuários de telefone celular, com estatísticas elevadas daqueles que se recordam ter visto publicidade em seus terminais, especialmente usuários de mensagens de texto", afirmou Rob Lawson , presidente e co-fundador do Limbo."Há uma clara disparidade entre o elevado alcance da mídia móvel e a baixa percentagem do orçamento de marketing destinada a esse segmento", critica o executivo. Da Redação / TI Inside

Retrospectiva 2007

Se você acredita que já que viu tudo e que não existe mais novidade no mundo da comunicação, pode revisar os seus conceitos. O ano de 2007 está aí para mostrar que, na área da comunicação, tudo se cria e tudo de transforma.

• Ano em que, pela primeira vez, a Internet cresceu mais em investimento publicitário que os demais meios.: 41% até Agosto 2007
• Ano do crescimento da informação gratuita, no Brasil e no mundo – Mídia analógica (Metro e Destak em S.Paulo) e Digital (Portais, Grandes jornais abrindo conteúdo gratuito ao público- NYT, El País Jornal na Espanha)
• Ano do Google, não só como um importante gerador de produtos digitais, mas também como um dos mais agressivos players do mercado mundial (comprou o Orkut, YouTube, entre outros)
• Ano do world of mouse (boca-a-boca digital ) , traduzido pela (1) rápida expansão dos blogs, cerca de 70 milhões em todo o mundo, (9 milhões de pessoas acessam blogs diariamente no Brasil – Fonte Technorati), gerando o fenômeno identificado como Blogosfera e (2) produção e distribuição de vídeos “caseiros”, ultrapassando a casa dos 100 milhões vistos diariamente, somente através do Youtube.
• Como decorrência, expansão dos conceitos de CGC – Conteúdo Gerado pelo Consumidor e CGU Conteúdo Gerado pelo Usuário , que no Brasil pode ser traduzido através do lançamento de revista e programas de TV
• Ano das comunidades de relacionamento, com o surgimento de novos e importantes players como MySpace e Facebook (com valor estimado de 15 bilhões de dólares) no mercado internacional
• Ano da expansão dos games, com especial destaque para surgimento do Second Life , incluindo o lançamento do Second Life Brasil – como ferramenta de negócios virtuais (venda de espaço no próprio ambiente, publicidade, lançamento de produtos, eventos, etc, )
• Ano em que as Teles entraram no mercado de Tv por assinatura - fizeram acordos/ parcerias com TV assinatura e foram homologados pela Anatel;
• Ano da consolidação do Triple Play – Voz -TV paga e Banda Larga
• Lançamento comercial do IPTV , através da Brasil Telecom
• Ano do Móbile Marketing, com grandes campanhas, como, por exemplo, Fiat Punto
• Ano do Eco Marketing – sustentabilidade
• Ano da entrada do 3G na telefonia do Brasil (final de 2007)
• Ano em que, pela primeira vez, o Grand Prix de Cannes não foi concedido para ações de mídia tradicional, sendo vencedor a campanha Dove (Viral no YouTube)
• Ano do Lançamento iPhone
• Ano do Fim do reinado do “30 segundos” em função do Tivo, VoD, nos EUA;
• Ano da expansão do conceito de Below the line (mídia não convencionais, Marketing de Guerrilha, Promoção de Vendas, Ações no PDV, etc.)
• Ano das novas plataformas de mídia. Surgimento do conceito de Arenas de Comunicação e da transformação da identificação da mídia tradicional em Gestão de Contato com a Marca – mídia 360º, mídia 24/7, tudo é mídia
• Ano da reformulação na Mídia Exterior (Cidade Limpa)
• Ano das primeiras novelas gravadas em HD.

Como vc pode observar, foi um ano muito especial. O desafio agora para todos nós é desenvolver talentos para fazer 2008 ainda mais inovador!
Feliz 2008! (Ana Lucia Fugulin, publicado no site ESPM e Adnews)

Tecnologia WiMax crescerá rapidamente em dois anos

Tecnologia WiMax crescerá rapidamente em dois anos

A WiMax, uma tecnologia de transmissão de dados em alta velocidade, de longo alcance e sem uso de fios, deve se disseminar rapidamente pelo mundo nos próximos dois anos, afirmou uma das empresas que investem na tecnologia. "Em um ano ou dois, ela poderá ser encontrada em metrôs e áreas com grande demanda", disse Dan Eldar, chefe de projetos centrais da Intel em Israel, onde a WiMax é desenvolvida, à Reuters. "Levará algum tempo para atingir um disseminação massiva." A Sprint Nextel, operadora número três de transmissão de dados sem uso de fios, afirmou nesta terça-feira que está lançando de forma experimental seu serviço de Internet Xohm para funcionários em Chicago, Baltimore e Washington antes do lançamento comercial da WiMax no final de 2008 em algumas cidades dos Estados Unidos. A Sprint Nextel disse que investirá 5 bilhões de dólares até 2010 em redes WiMax usando o novo padrão 802.16e.

A tecnologia WiMax, que vem com a expectativa elevar as receitas do setor, permite conexões em alta velocidade com a Internet em dezenas de megabits por segundo -mais rápido que o WiFi, que funciona somente em curtas distâncias.

"Ela irá proporcionar o mesmo tipo de banda larga na estrada como se você estivesse em casa", explicou Gaby Waisman, gerente geral na Europa da Alvarion, uma fabricante israelense de modens e equipamentos WiMax.

A tecnologia tem alcance de até 10 quilômetros, dependendo do número de usuários. Em cidades densas como Nova York, por exemplo, serão necessários mais estações transmissoras por conta da demanda do que em cidades mais esparsas e vazias.

Fonte: Reuters/ AdNews

DECRETO 5.820, DE 29 DE JUNHO DE 2006*, implantação da TV Digital

DECRETO 5.820, DE 29 DE JUNHO DE 2006*
Dispõe sobre a implantação do SBTVD-T, estabelece diretrizes para a transição do sistema de transmissão analógica para o sistema de transmissão digital do serviço de radiodifusão de sons e imagens e do serviço de retransmissão de televisão, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, combinado com o art. 223 da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei 4.117, de 27 de agosto de 1962, e na Lei 9.472, de 16 de julho de 1997,
DECRETA:
Art. 1º Este Decreto dispõe sobre a implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre - SBTVD-T na plataforma de transmissão e retransmissão de sinais de radiodifusão de sons e imagens.
Art. 2º Para os fins deste decreto, entende-se por:
I - SBTVD-T - Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre - conjunto de padrões tecnológicos a serem adotados para transmissão e recepção de sinais digitais terrestres de radiodifusão de sons e imagens; e
II - ISDB-T - Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial – serviços integrados de radiodifusão digital terrestre.
Art. 3º As concessionárias e autorizadas do serviço de radiodifusão de sons e imagens e as autorizadas e permissionárias do serviço de retransmissão de televisão adotarão o SBTVD-T, nos termos deste Decreto.
Art. 4º O acesso ao SBTVD-T será assegurado, ao público em geral, de forma livre e gratuita, a fim de garantir o adequado cumprimento das condições de exploração objeto das outorgas.
Art. 5º O SBTVD-T adotará, como base, o padrão de sinais do ISDB-T, incorporando as inovações tecnológicas aprovadas pelo Comitê de Desenvolvimento de que trata o Decreto nº 4.901, de 26 de novembro de 2003.
§ 1º O Comitê de Desenvolvimento fixará as diretrizes para elaboração das especificações técnicas a serem adotadas no SBTVD-T, inclusive para reconhecimento dos organismos internacionais competentes.
§ 2º O Comitê de Desenvolvimento promoverá a criação de um Fórum do SBTVD-T para assessorá-lo acerca de políticas e assuntos técnicos referentes à aprovação de inovações tecnológicas, especificações, desenvolvimento e implantação do SBTVD-T.
§ 3º O Fórum do SBTVD-T deverá ser composto, entre outros, por representantes do setor de radiodifusão, do setor industrial e da comunidade científica e tecnológica.
Art. 6º O SBTVD-T possibilitará:
I - transmissão digital em alta definição (HDTV) e em definição padrão (SDTV);
II - transmissão digital simultânea para recepção fixa, móvel e portátil; e
III - interatividade.
Art. 7º Será consignado, às concessionárias e autorizadas de serviço de radiodifusão de sons e imagens, para cada canal outorgado, canal de radiofreqüência com largura de banda de seis megahertz, a fim de permitir a transição para a tecnologia digital sem interrupção da transmissão de sinais analógicos.
§ 1º O canal referido no caput somente será consignado às concessionárias e autorizadas cuja exploração do serviço esteja em regularidade com a outorga, observado o estabelecido no Plano Básico de Distribuição de Canais de Televisão Digital - PBTVD.
§ 2º A consignação de canais para as autorizadas e permissionárias do serviço de retransmissão de televisão obedecerá aos mesmos critérios referidos no § 1o e, ainda, às condições estabelecidas em norma e cronograma específicos.
Art. 8º O Ministério das Comunicações estabelecerá, no prazo máximo de sessenta dias a partir da publicação deste Decreto, cronograma para a consignação dos canais de transmissão digital.
Parágrafo único. O cronograma a que se refere o caput observará o limite de até sete anos e respeitará a seguinte ordem:
I - estações geradoras de televisão nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal;
II - estações geradoras nos demais Municípios;
III - serviços de retransmissão de televisão nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal; e
IV - serviços de retransmissão de televisão nos demais Municípios.
Art. 9º A consignação de canais de que trata o art. 7º será disciplinada por instrumento contratual celebrado entre o Ministério das Comunicações e as outorgadas, com cláusulas que estabeleçam ao menos:
I - prazo para utilização plena do canal previsto no caput, sob pena da revogação da consignação prevista; e
II - condições técnicas mínimas para a utilização do canal consignado.
§ 1º O Ministério das Comunicações firmará, nos prazos fixados no cronograma referido no art. 8º, os respectivos instrumentos contratuais.
§ 2º Celebrado o instrumento contratual a que se refere o caput, a outorgada deverá apresentar ao Ministério das Comunicações, em prazo não superior a seis meses, projeto de instalação da estação transmissora.
§ 3º A outorgada deverá iniciar a transmissão digital em prazo não superior a dezoito meses, contados a partir da aprovação do projeto, sob pena de revogação da consignação prevista no art. 7º.
Art. 10. O período de transição do sistema de transmissão analógica para o SBTVD-T será de dez anos, contados a partir da publicação deste Decreto.
§ 1º A transmissão digital de sons e imagens incluirá, durante o período de transição, a veiculação simultânea da programação em tecnologia analógica.
§ 2º Os canais utilizados para transmissão analógica serão devolvidos à União após o prazo de transição previsto no caput.
Art. 11. A partir de 1º de julho de 2013, o Ministério das Comunicações somente outorgará a exploração do serviço de radiodifusão de sons e imagens para a transmissão em tecnologia digital.
Art. 12. O Ministério das Comunicações deverá consignar, nos Municípios contemplados no PBTVD e nos limites nele estabelecidos, pelo menos quatro canais digitais de radiofreqüência com largura de banda de seis megahertz cada para a exploração direta pela União Federal.
Art. 13. A União poderá explorar o serviço de radiodifusão de sons e imagens em tecnologia digital, observadas as normas de operação compartilhada a serem fixadas pelo Ministério das Comunicações, dentre outros, para transmissão de:
I - Canal do Poder Executivo: para transmissão de atos, trabalhos, projetos, sessões e eventos do Poder Executivo;
II - Canal de Educação: para transmissão destinada ao desenvolvimento e aprimoramento, entre outros, do ensino à distância de alunos e capacitação de professores;
III - Canal de Cultura: para transmissão destinada a produções culturais e programas regionais; e
IV - Canal de Cidadania: para transmissão de programações das comunidades locais, bem como para divulgação de atos, trabalhos, projetos, sessões e eventos dos poderes públicos federal, estadual e municipal.
§ 1º O Ministério das Comunicações estimulará a celebração de convênios necessários à viabilização das programações do Canal de Cidadania previsto no inciso IV.
§ 2º O Canal de Cidadania poderá oferecer aplicações de serviços públicos de governo eletrônico no âmbito federal, estadual e municipal.
Art. 14. O Ministério das Comunicações expedirá normas complementares necessárias à execução e operacionalização do SBTVD-T.
Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 29 de junho de 2006; 185º da Independência e 118º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Helio Costa
* Publicado no D.O.U. de 30.6.2006

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Básico: entenda a TV Digital

A chegada da TV digital
Veja o que muda na TV a partir de 2 de dezembro

acesse: http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowEspeciais!destaque.action?destaque.idEspeciais=442

Locadora na TV

Netflix, com milhões de clientes nos EUA, se junta a coreana LG na guerra de conteúdo na sala digital

O serviço vai concorrer diretamente com provedores de conteúdo via cabo e satélite. A Netflix já oferece um serviço de streaming para seus usuários, que baixaram mais de 10 milhões de filmes e episódios de séries de TV, diz a BBC. A partir de seus PCs, consumidores poderão escolher entre 6 mil títulos de seu acervo de cerca de 90 mil. A Apple também tinha lançado um set-top Box e há rumores de que se prepara para lançar um serviço de conteúdo. O anúncio da Netflix é mais um passo na capitalização de empresas que estão atrás de um mercado de bilhões de dólares em downloads. Avanços em tecnologia e mudanças no comportamento do consumidor estão forçando companhias envolvidas na distribuição de conteúdo online a se mexerem, afirma a Business Week. A banda larga avança rapidamente enquanto os custos de distribuição digital caem. E a corrida se intensifica. Em meados do ano passado Amazon e TiVo lançaram uma parceria que permite a usuários dos gravadores digitais da TiVo a comprar ou alugar filmes e programas de TV com o serviço de download Unbox, da Amazon. A Movielink, serviço de vídeo on demand apoiado por estúdios como Universal, Paramount, MGM e Warner, foi comprada pela Blockbuster. E Vudu e MovieBeam também começaram a operar com apoio de estúdios. Mas a vantagem da Netflix é já ter sete milhões de assinantes, avalia o Wall Street Journal. Revista da Semana.com.br

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

TV vira centro do mundo digital

09/01/2008 - 07h32
TV vira centro do mundo digital com acesso sem fio ao PC e à Web
FRANCISCO MADUREIRA
Editor do UOL Tecnologia, em Las Vegas (EUA)


Uma televisão da HP é algo tão inesperado quanto um telefone da Apple. Certamente ela não tem o mesmo sex appeal do iPhone, nem metade do barulho feito ao redor do aparelho no ano passado. Mas mostra uma tendência lançada pelo Apple TV no ano passado e confirmada nos corredores da CES 2008 —a TV, que já foi ameaçada pelo PC, voltou ao centro do mundo digital.

Além da tecnologia Bluetooth, já presente em uma série de dispositivos de áudio, receptores Wi-Fi conectados à TV dão acesso sem fio a conteúdos guardados no computador, em players digitais, no celular e até na Internet.

CES 2008

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TV VIRA CENTRO DO MUNDO DIGITAL
OLED SUCESSOR DO LCD E PLASMA
BLUETOOTH PARA ÁUDIO VIRA FEBRE
PLAYER WI-FI COMPRA MÚSICA ONLINE
GATES DISCURSA SOBRE TENDÊNCIAS
FEIRA TRAZ GADGETS CONECTADOS
ÁLBUNS DE FOTOS
APRESENTAÇÃO DE GATES
CELULARES E TELEFONIA
ACESSÓRIOS PARA ÁUDIO
IMAGEM DIGITAL
GADGETS E OUTRAS NOVIDADES
No estande da HP, a série de produtos MediaSmart é o destaque. Há um receptor para TVs comuns e duas televisões da própria marca capazes de acessar conteúdos de diversos PCs e da Web.

O receptor, compatível com as versões XP e Vista do Windows, é compatível com os padrões a, b, g e n de redes Wi-Fi. As TVs MediaSmart também têm conectividade Wi-Fi, sintonizador deTV digital embutido e alcançam 1.080 linhas de resolução. Ambos chegam às lojas dos EUA até o meio do ano.

A Sony, que desde o ano passado possui uma versão bonitinha do Vaio que funciona como media center, mostrou na CES o Vaio LT29U Premium HD PC/TV. Espécie de tudo-em-um, ele mais parece uma TV de LCD — mas é um super PC, com tela de 22 polegadas, chip Core 2 Duo, 4 GB de memória RAM e 1 TB de disco rígido, capaz de armazenar até 100 horas de vídeo em alta definição. Este já está no mercado —sai por US$ 3.300.

A Panasonic também não ficou atrás e apresentou na feira quatro modelos de IPTV de plasma (sim, o IP vem de Internet, e o sinal chega a este tipo de televisão por um cabo de rede ou via Wi-Fi) com acesso à Internet. As TVs, que devem chegar ao mercado norte-americano até o meio do ano, terão recursos para acesso direto a videos do Youtube e fotos do serviço online Picasa, do Google.

Para a TV comum

Mas quem não quer trocar a TV que acabou de comprar pode usar receptores que conectam o aparelho ao PC. Um exemplo é o PC-on-TV, da D-Link, bastante conhecida no Brasil pelos roteadores de Internet rápida. O aparelho permite ao usuário acessar e controlar o computador pela televisão. Dá para navegar pela Web e assistir a vídeos do YouTube, por exemplo, no conforto do sofá da sala. Também é possível ver na tela fotos e filmes gravados no computador, mas ainda com restrição de resolução: 1.280 x 720 pixels para fotos, e 640 x 480 pixels em 30 quadros por segundo para vídeos.

Uma alternativa para quem tem PC com saída de vídeo composto ou S-video é o CWave UWB Wireless HDMI, da Pulse~Link. Ele não passa de um conector sem fio para a TV, que elimina a necessidade de cabos e permite ligar à TV diversos aparelhos à distância.

No âmbito das promessas, LG e Netflix fecharam um acordo para desenvolver nos Estados Unidos um set-top box capaz de alugar filmes diretamente pela Internet, sem precisar de um computador. O produto deve chegar ao mercado norte-americano no segundo semestre.

Samsung e Hitachi também mostraram na feira protótipos de adaptadores sem fio que conectam a TV a outros aparelhos de mídia. Mas ainda não há previsão de chegada ao mercado para eles.

A CES 2008 vai até quinta-feira em Las Vegas, nos Estados Unidos, e deve receber mais de 140 mil visitantes.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Interatividade e TV Digital

06/01/2008 - 10h52
Interatividade com sistema digital muda propaganda na TV
Publicidade -TATIANA RESENDE -da Folha de S.Paulo
Os consumidores brasileiros mal se acostumaram com o "e-commerce" e já vão se deparar neste ano com o "t-commerce", comércio eletrônico que será viável por meio da TV digital, com as compras ao alcance de um clique no controle remoto.
Já é senso comum que a interatividade na TV aberta vai mudar a forma de fazer propaganda, mas resta saber como as emissoras vão adaptar o modelo de negócio, baseado em audiência, a uma nova realidade, que vai permitir tanta interação com um comercial que pode desviar completamente a atenção do seguinte.
As emissoras captam cerca de 60% dos investimentos em publicidade no país, o que comprova que qualquer mudança nessa mídia faz toda a diferença para os anunciantes.
"A TV paga tem um modelo de negócio mais fácil de adaptar à interatividade", diz Antonio João Filho, vice-presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura. Em 2006, 84% do faturamento das prestadoras veio da mensalidade dos assinantes, que começaram a se familiarizar com a interação comprando filmes pelo pay-per-view. A TV paga, porém, responde por menos de 4% dos investimentos em publicidade.
O que ainda parece um sonho futurístico vai estar disponível em breve para os consumidores, pelo menos para os mais abastados nas cidades que recebem o sinal digital, disponível agora só na Grande São Paulo e, em todo o país, até 2013. Os primeiros conversores com o software Ginga, aptos à interatividade plena (envio de dados às emissoras), devem chegar às lojas neste semestre, provavelmente com os comerciais interativos.
"As agências e os anunciantes vão querer correr para serem os primeiros, porque isso transmite uma imagem de modernidade", afirma Dalton Pastore, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, sem detalhar o que já está em teste. Para ele, o que a tecnologia vai permitir que o telespectador faça é só um lado da moeda. "E o menos importante. Muito mais importante é o que ele vai querer fazer."
Pastore ressalta que os consumidores estão acostumados "a comprar as coisas indo ver, e isso não vai mudar em 2008". A questão é que não dá para prever o alcance de uma mudança dessa magnitude no meio de comunicação mais popular do país, presente em 93% dos lares, segundo dados do IBGE.
No entanto, como frisa Ricardo Monteiro, presidente do Comitê de Gestão de Negócios de Mídia da Associação Brasileira de Anunciantes, "a efetividade da lembrança de um comercial de TV tem caído de forma vertiginosa, e a audiência não alcança mais os patamares de poucos anos atrás". Segundo ele, 65% das pessoas que viam um comercial, em 1999, lembravam da marca. Em 2006, esse número foi de só 19%. "É interesse de todos procurar novas formas de comunicação."
Roberto Franco, presidente do Fórum de TV Digital, lembra que o padrão atual de modelo de negócio "foi construído ao longo de 60 anos de história da televisão". Logo, só o tempo vai definir o formato adequado à era digital. "Ninguém vai sair com um modelo pronto, acabado e campeão de mercado."
Para Ana Lúcia Fugulin, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing, antes da interatividade, o principal atrativo serão as plataformas móveis, com celulares e aparelhos em meios de transporte com a mesma qualidade de recepção dos pontos fixos. Aliás, com tantas formas de assistir à TV, ela pondera que o telespectador vai querer também ampliação do conteúdo exibido. "O público já está mais exigente e vai ficar ainda mais."



Segundo o projeto Intermeios e Folha, com base no último dado disponível, setembro 07, o investimento publicitário, ou o percentual de participação de cada mídia, está assim distribuído:
TV aberta = 59,7%
Jornal = 15,8%
Revista = 9,0%
Rádio = 4,0%
TV por assinatura = 3,5%
Internet = 2,6%
Guias e Listas = 2,6%
Mídia Exterior = 2,5%
Cinema = 0,3%
E por representar quase 60% do investimento publicitário a TV aberta procura cada vez mais a interação com os telespectadores para manter a audiência.
Fontes: Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, 6 de janeiro de 2008.