sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ginga

Empresas de software querem a liberação do Ginga 1.0
24/09/2008, 17h58
Na busca por criar uma escala de consumo a partir do desenvolvimento de sistemas de interatividade para a TV digital, as empresas de software querem que a especificação do Ginga 1.0, que conta apenas com a parte da linguagem NCL-LUA funcionando, seja liberada até o fim do ano pelo Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Caso isso seja feito, a tendência é que em 2009 os set-top boxes para TV digital já contenham o middleware para interatividade, abrindo grande campo de atuação para as empresas de software especializadas nesse segmento. Vale lembrar, a proposta surgiu no Congresso da SET, em agosto, quando o assessor especial da Casa Civil André Barbosa questionou se o middleware sem a linguagem Java (que só deve ficar pronto em novembro) seria funcional.
As associações de empresas de software como a Brasscom, Abes e Softex subscreveram um documento solicitando que o Fórum SBTVD libere o quanto antes a versão 1.0 do Ginga para ser utilizada no mercado. "Escrevemos o documento, e como não podemos fazer parte do fórum por sermos associações, este foi apresentado pelas empresas que representam o setor de software dentro do fórum", disse John Lemos, diretor de capacitação.
A interatividade é fundamental para as empresas de software terem mercado para atuar com a TV dgital, por meio de middleware e aplicações. "Sem a interatividade, não teremos mercado. Esta deve ser colocada em uma versão inicial para possibilitar as receitas com softwares para esse segmento", disse Nelson Wortsman, diretor da Brasscom, em um debate promovido pela associação nesta quarta, 24.
Wortsman diz que a idéia é que todas as cadeias envolvidas no processo, como os fabricantes de set-top boxes e as emissoras de radiodifusão, cheguem a um consenso em relação ao assunto. "A questão é liberar o Ginga 1.0 e lançar caixas compatíveis com as partes de Java que serão criadas", frisou o executivo.
O presidente do Fórum SBTVD, Roberto Franco, disse que estão sendo discutidas as possibilidades da liberação do Ginga 1.0 dentro do fórum, mas admitiu que existe resistências para aprová-la devido ao receio de que os conversores lançados com a versão inicial deixem um legado no mercado. "Nós esperamos resolver isso em breve. O fórum vai liberar a especificação desde que atenda a demanda. Temos de garantir que essa solução não iniba os novos set-top boxes", observou Franco, referindo-se à especificação de Java. Victor Hugo Cardoso Alves - PAY-TV News

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Potencial da TV Digital no Brasil

24/09/08

A TV digital vem sendo implantada por todo o mundo com o objetivo de facilitar o acesso às informações e apresentar novos padrões de interatividade e qualidade.

No Brasil, não apenas o novo padrão de transmissão mas também o desenvolvimento de plataformas que ofereçam suporte à essa tecnologia, têm feito com que empresas do setor de comunicação e desenvolvedoras de softwares se unam com o intuito de auxiliar a implementação dessa forma de convergência digital.

Durante o encontro "TV Digital: Uma nova oportunidade para as empresas de software", realizado em parceria pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), Assespro SP (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) e Softex, foram discutidos e apresentados modelos de negócios para o setor.

Estavam presentes no evento Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD, Nelson Wortsmann, consultor da Brasscom, além de representantes e executivos de empresas como Sun e TQTVD, que já estão explorando oportunidades nessa área.

Um dos grande destaques foi a apresentação do middleware Ginga, desenvolvido no Brasil pela PUC - RJ e Universidade Federal da Paraíba.

Baseado em padrões de tecnologia abertos, o Ginga otimiza os recursos e aplicações da TV digital com baixo processamento de memória. Outro diferencial apresentado é a interatividade e o sincronismo com as mídias. O middleware brasileiro possui suporte tanto para linguagem Java quanto Lua, e promete ser uma alternativa ao padrão MHP.

Roberto Franco, afirmou que o projeto atende requisitos únicos e permite desenvolvimento de aplicações interativas independentes da plataforma de hardware dos fabricantes dos set-top boxes.
Segundo Franco, o middleware totalmente desenvolvido no país representa uma grande oportunidade para as empresas que desenvolvem de softwares que poderão explorar tanto no mercado nacional quanto internacional novas formas de interatividade. Além disso, poderão aprimorar serviços como T-banking, T-commerce, T-advertising e T-government, que prometem mudar o cotidiano dos telespectadores.

Já para David Britto, diretor da Quality Software, o grande desafio tem sido conseguir o apoio de empresas detentoras de padrões que possam auxiliar no desenvolvimento dessas aplicações e no aperfeiçoamento do Ginga. De acordo com ele, essas empresas não querem participar do projeto por não aceitarem os termos de exploração livre das tecnologias.

Christiane Aguiar - Redação Adnews

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Parque TV aberta Digital - 130 mil receptores HD devem ser vendidos este ano

29/08/2008, 14h07
Cerca de 15 empresas fabricam receptores de TV digital no Brasil, entre receptores 1-SEG, set-top boxes, televisores e telefones celulares. Segundo a Eletros, entre 60 e 70 mil receptores de televisão full-SEG (recepção fixa) foram vendidos no País dede a implantação da TV digital, em dezembro de 2007. O número foi apresentado por Carlos Goya, da Eletros, no último dia do Congresso da SET, nesta sexta, 29.
Benjamin Sicsú, da Samsung, apresentou uma projeção de mercado para 2008. Segundo ele, este ano serão vendidos 80 mil televisores com recepção digital embutida, 60 mil set-top boxes, 150 mil receptores 1-SEG (portáteis e móveis) e 140 mil celulares com TV digital embutida. Sicsú diz que as vendas no Brasil crescem, desde abril deste ano, 20% ao mês, o que estaria acima do esperado. Goya concorda. Segundo ele, as vendas estão acima das expectativas da Eletros.

Escala

Para a Eletros, o ganho de escala pode ser mais rápido se o sinal digital for disponibilizado mais rapidamente em outras cidades. Além disso, a desoneração fiscal também ajudaria a derrubar os preços dos equipamentos. Por fim, Goya apontou a necessidade de campanhas educativas, que deveriam ser uma ação conjunta entre emissoras, governo e indústria. "O consumidor está muito confuso", disse Carlos Goya. Segundo ele, tal confusão se deu com declarações do tipo "não compre agora porque o preço do set-top box vai cair". Vale lembrar, esta declaração é do ministro Hélio Costa, no momento do lançamento das transmissões digitais.
Sicsú também aponta a necessidade de campanhas. "O governo precisa divulgar mais a TV digital", disse.
Segundo o executivo da Samsung, atualmente só é possível vender receptores por menos de R$ 500 se o fabricante não amortizar o custo de pesquisa e desenvolvimento, se houver redução de impostos, ou se governo ajudar a negociar com o varejo, "como fez com os equipamentos de informática". "É um setor extremamente competitivo. O que houver de incentivo, será repassado ao consumidor", disse.
Sicsú pregou ainda a obrigatoriedade de inclusão de receptores nos televisores. Segundo ele, o aumento de custo fica entre 10% e 15%, o que poderia ser bancado por um incentivo tributário.

Celulares

Por fim, Benjamin Sicsú afirmou que a Samsung lançará, até o fim deste ano, um novo modelo de telefone celular com recepção de TV digital móvel integrado. O novo modelo, diz, será mais popular do que o existente no mercado. Ao longo de 2009, afirma, deve haver uma linha completa de celulares com recepção 1-SEG. Fernando Lauterjung - PAY-TV News