quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Lançamento TV Digital no Brasil - Depoimentos

Huber Bernal Filho - Engenheiro de Telecom (MAUÁ 79), tendo atuado nas áreas de Redes de Dados e Multisserviços, Sistemas Celulares e Sistemas de Supervisão e Controle.

Ocupou posições de liderança na Pegasus Telecom (Gerente - Planejamento de Redes), na Compaq (Consultor - Sistemas Antifraude) e na Atech (Coordenador - Projeto Sivam). Atuou também na área de Sistemas de Supervisão e Controle como coordenador de projetos em empresas líderes desse mercado.

Atualmente dedica-se à sua empresa Hyroz Participações, prestando serviços de consultoria, e ao Teleco, promovendo o aprendizado contínuo dos profissionais de Telecomunicações.

Lançamento da TV Digital

As transmissões de TV Digital foram iniciadas, conforme o cronograma anunciado, no dia 2 de dezembro em São Paulo.

As grandes redes já estavam preparadas e já estão transmitindo a sua programação tanto pelos canais analógicos tradicionais em VHF (2 a 13) como pelos novos canais reservados para a transmissão digital em UHF (14 e acima).

Os telespectadores ainda encontram-se confusos quanto ao que devem e podem fazer para assistir a nova TV Digital nas suas casas, já que muito se falou a respeito dos conversores e a disponibilidade deles no comércio ainda é restrita e tem um custo alto para a maioria da população.

Não há dúvida que o país deveria ter o seu padrão definido, e que não poderia esperar mais para iniciar as transmissões. Entretanto, ainda há um caminho a percorrer para que essa nova tecnologia e forma de transmissão estejam de fato disponíveis para a grande maioria da população.

No curto prazo, há que se buscar uma fórmula que permita baixar o custo dos conversores para que a população em geral possa ter acesso a eles, para desfrutar também de imagens de melhor qualidade, sem fantasma ou “chuviscos”.

A médio prazo será necessário que os televisores tenham custo mais competitivo, para que seja possível usufruir de imagens com resolução de alta definição (1080i ou 720p) e formato de cinema (16:9) de forma mais generalizado.

Por outro lado, espera-se que as emissoras, de forma gradual, incrementem a sua programação transmitida em alta definição para que o telespectador tenha não só a possibilidade de receber uma imagem boa, sem fantasmas ou chuviscos, como também possa desfrutar das vantagens prometidas para a TV de alta definição, que promete a mesma experiência envolvente encontrada no cinema.

As possibilidades que se abrem também com a interatividade nos permitem afirmar que a médio prazo teremos aplicações ainda não imaginadas que farão da TV uma nova ferramenta de marketing interativo, educação e entretenimento.

Como aconteceu com outras tecnologias anteriores, como, por exemplo, os filmes em VHS (e DVD), a internet, a TV por assinatura, e o celular, a TV Digital conquistará o seu espaço, pois o ser humano tem uma grande capacidade para se adaptar a novas formas de comunicação e entretimento.


Hélio Marcos M. Graciosa
Engenheiro de Telecomunicações (1970) e Mestre em Ciências em Engenharia Elétrica (1972) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC.

Vencedor do Prêmio "Personalidade do Ano de 2000" na Área de Telecomunicações, organizado pela Advanstar e RNT.

Atualmente é membro dos Conselhos de Administração da TRÓPICO S/A, da ALGAR, da CLEARTECH LTDA e da TELEBRASIL.

TV Digital e Interatividade

No próximo dia 02 de Dezembro iniciarão oficialmente as transmissões de TV Digital terrestre no Brasil. Começando pela cidade de São Paulo, as transmissões deverão alcançar em curto espaço de tempo, as principais cidades brasileiras.

Esta nova plataforma tecnológica, combinada com a interatividade que é peculiar aos sistemas digitais, fará uma revolução no modo de assistir televisão, transformando o tradicional receptor de TV num terminal convergente para a fruição de novos serviços e aplicações eletrônicas.

O telespectador deixará de ter uma atitude passiva frente ao conteúdo televisivo apresentado, passando a vivenciar uma nova experiência interativa num ambiente que lhe é bastante familiar, sem barreiras tecnológicas a serem superadas.

Paradigmas firmemente estabelecidos serão rompidos em toda a cadeia de valor, trazendo oportunidades ímpares para o crescimento da indústria brasileira e para o fortalecimento da economia. Com características típicas de uma inovação disruptiva, a TV Digital Interativa poderá provocar grande impacto, como aconteceu com a telefonia, a radiodifusão e, mais recentemente, a Internet.

Tendo em vista a capilaridade e a abrangência da TV analógica, bem como a proposta de implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, é de se esperar que a TV Digital Interativa irá desempenhar papel significativo na promoção da cidadania, desbravando novos caminhos para a promoção da inclusão digital.

José Luis De Souza
Presidente da FITec, ocupou várias posições de Direção de empresas de Telecom, sendo as mais recentes as de Presidente da Daruma, Presidente da TESS (hoje Claro), VP Comercial da TESS e Diretor de Operações Comerciais da ATL (hoje Claro).

Assumiu em 2002 um novo desafio profissional como empreendedor e Diretor do Teleco.

TV Digital no Brasil - O que muda com ela?

Breve Histórico

O Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre, SBTVD-T, foi instituído pelo Decreto 4.901, de 23 de novembro de 2003. Seus objetivos foram promover a inclusão social, a diversidade cultural e a democratização da informação, e também elaborar um Modelo de Referência para a TV Digital terrestre no Brasil.

Em 2004 iniciaram-se 18 projetos envolvendo 20 consórcios dos quais participaram 105 instituições de pesquisa e desenvolvimento. Entre os resultados deste trabalho foi gerado um conjunto de recomendações para o Modelo de Referência, mais tarde adotadas pelo governo.

Em junho de 2006, o Decreto 5.280 oficializou a implantação do SBTVD-T tomando por base o padrão de sinais do ISDB-T (Padrão Japonês) e incorporando algumas inovações tecnológicas. Dentre as inovações, destacam-se o uso do padrão MPEG-4 para codificação de vídeo e a adoção do middleware Ginga.

Após um período de testes, será lançada a TV Digital brasileira em 2 de dezembro próximo, coroando um longo e bem coordenado trabalho. Assim, a começar pela cidade de São Paulo, poderemos contar com os inúmeros benefícios da nova tecnologia, entre eles:

Qualidade superior de vídeo (alta definição) e áudio (estéreo e 5.1 canais)
Novos serviços, mobilidade e portabilidade. Interatividade

A mobilidade, a portabilidade e a interatividade estarão disponíveis já em 2008.

Próximos passos


2008: Chegarão os primeiros celulares com recepção de TV Digital

Abril/ Maio - Lançamento na região metropolitana do Rio de Janeiro

Junho – idem Brasília e Belo Horizonte e lançamento da interatividade

Outubro – idem Fortaleza, Salvador e Curitiba


2009: Lançamento da TV Digital nas demais capitais e grandes cidades (Campos, Campinas, etc.)


31/12/2013: Prazo máximo para lançamento da TV Digital em todos os municípios brasileiros.


29/06/2016: Fim das transmissões analógicas no País.

As Mudanças

A TV Digital provocará importantes mudanças na oferta de conteúdo e sua produção. A alta definição faz com que sejam visíveis quaisquer imperfeições em cenários, maquiagens, figurinos, etc. A qualidade digital do som faz com que sejam percebidos ruídos ou sons ambientes indesejáveis ao programa. Tudo isto fará com que os técnicos em todas as áreas sejam treinados, equipamentos modernos sejam utilizados e novos processos de produção sejam adotados. A tônica é a interação com o telespectador, o que muda completamente a forma de criar programação e transmiti-la.

A interatividade, a mobilidade e a portabilidade certamente provocarão mudanças importantes no comportamento do brasileiro, assim como observou-se com a popularização da telefonia celular.

Importantes impactos na indústria e no varejo brasileiros assim como nos centros de inovação e de criação serão experimentados com a demanda crescente por aplicativos e novos programas. Uma verdadeira oportunidade de movimentação da economia do País.

A questão da educação deverá ser repensada com a oportunidade que se apresenta com a TV Digital. As alternativas são infinitas para oferecer programação adequada

Enfim, uma nova era inicia-se com o lançamento da comercial da TV Digital, com forte impacto cultural e comportamental em todos nós. Em 1950 chegou a TV no Brasil. Em 1972 iniciaram-se as transmissões em cores. Em 2007 chega a TV Digital. Em 2016 somente ela existirá. O momento é excelente para que os brasileiros tenham oportunidades iguais de acesso à educação, à informação, serviços de governo, do setor privado e ao entretenimento.

Luis Antonio Oliveira
Ingressou na RFS em abril de 2002 como responsável pelo Brasil e Mercosul. Em janeiro de 2005 tornou-se Presidente da RFS América Latina.

Em 1995 ingressou na Alcatel Brasil sendo responsável por todas as atividades Comerciais e de Marketing. Em 1996 foi nomeado Vice Presidente Executivo. Em 1999 foi nomeado Diretor Geral de Marketing & Business Development para a Alcatel – Área 1 (Espanha, Portugal e América Latina), em Madrid.

TV Digital - A contrução de Oportunidades

Ao falarmos da implantação da TV Digital no Brasil, a tendência natural é endereçar a questão para o segmento de aparelhos receptores analógicos. Certamente a quantidade de aparelhos a serem substituídos ou que vão receber uma caixa de conversão, por si só já representa uma tremenda oportunidade para o mercado como um todo. Se agregarmos a isso, a necessidade de implantação de novos transmissores digitais, antenas inteligentes e sistemas especializados de transmissão, vemos que a revolução será muito mais drástica do que se cogitou inicialmente.

No Brasil, considerando os sistemas privados e culturais em operação, já há em torno de 1,3 mil pontos de presença (transmissores) que de uma forma ou de outra, terão que passar pela "adaptação digital". Mas, na verdade, a grande oportunidade vem de setores ou aplicações anteriormente não pensados, como por exemplo, os milhares de automóveis e os seus rádios receptores, que poderão receber programas ou aplicação de TV Digital.

E se falarmos dos atuais telefones celulares e suas aplicações potenciais? Palm tops e lap tops associados a tecnologias do tipo WiFi /WiMAX certamente avançarão na mesma direção.

Tudo indica que, a partir da chegada da TV Digital, teremos um novo modelo de negócio a ser desenvolvido, o que definitivamente romperá a fronteira entre as telecomunicações e a radiodifusão. E isso, certamente, abrirá as portas da convivência pacifica entre transmissão/recepção de sinais e veiculação de conteúdo.



Leila Abraham Loria


Leila Abraham Loria é Diretora Geral da TVA, que oferece serviços convergentes de TV por Assinatura, Internet em Banda Larga e Voz, desde 1999.



Graduada em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e com Mestrado em Administração pelo COPPEAD-UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, ocupou posições de direção no varejo e participou da implantação do Wal Mart no Brasil.

Foi Diretora Geral da DirecTV no Brasil , preside a Neotec (Associação dos operadores de sistemas MMDS) e participa do Conselho da NeoTV (Associação voltada às questões de programação e conteúdo).

O lançamento da TV Digital aberta representa uma grande evolução no sistema de transmissão brasileiro, acompanhando o desenvolvimento das tecnologias de captação e recepção televisivas (câmeras com melhor resolução, TVs com maior definição de imagem, sistemas de som 6 canais etc).

Estas mudanças trarão novas experiências para o telespectador, aumentando assim o prazer de assistir televisão e criando possibilidades de interatividade, com impactos positivos em toda cadeia da indústria.

O sucesso da TV Digital terrestre está vinculado à superação de alguns desafios. Do ponto de vista das emissoras, mudanças na forma de produção, captação e transmissão das imagens em alta definição. Para os telespectadores que tiverem interesse em receber os canais diretamente das emissoras, há necessidade de adquirir novos equipamentos como antenas e decoders.

A TVA, que sempre buscou inovação e qualidade em seus produtos e serviços, pioneira na oferta de TV Digital a cabo no Brasil, acredita que esta nova fase é bastante positiva para a indústria de TV por Assinatura. Temos na TVA a vantagem de já oferecer aos nossos assinantes desde 2004 a tecnologia digital em suas casas, não sendo necessária qualquer alteração para a recepção dos canais abertos. Para os conteúdos em alta definição, teremos um único set-top box, preparado tanto para os canais abertos como aqueles produzidos pelos nossos parceiros. Outra grande vantagem é que o assinante TVA não precisará adquirir os equipamentos específicos para a captação da TV Digital terrestre.

Estamos prontos para adicionar inovações aos produtos TVA , seja na oferta de conteúdos ou em novos aplicativos, visando sempre entregar aos nossos assinantes o que há de mais moderno no mercado de TV.
Fonte: Teleco

TV Digital nas outras Capitais

TV digital chega a Belo Horizonte 27/12/2007 10:44:00

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, participa nesta quinta-feira (27/12) da cerimônia de assinatura de consignação dos canais do Sistema Internacional de TV Digital (que incorpora ferramentas européias, americanas, japonesas e brasileiras) para a cidade de Belo Horizonte. O evento será às 17 horas, na Academia Mineira de Letras, na Rua Bahia, 1146. Seis emissoras vão receber a consignação: TV Minas, TV Ômega (Rede TV), Rádio e TV Alterosa (associada ao SBT), Record, TV Globo e Bandeirantes.

Segundo o ministro, em fevereiro as emissoras da capital mineira já devem começar suas operações experimentais. "As geradoras que tiverem os transmissores funcionando em fevereiro poderão fazer as primeiras transmissões".

De acordo com o cronograma da TV Digital, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro e Salvador têm até julho de 2008 para operar comercialmente o sistema digital.

Até junho de 2016, todas as emissoras terão que fazer a transmissão simultânea nos sistemas analógico e digital. Depois desse prazo, o sistema analógico será desativado.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério das Comunicações

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Tv Digital - plug & Play!

Basta ligar, escolher o canal (ok, ainda são poucos...) e sair vendo as imagens na telinha. Nada de conversor, nada de comprar antena nova, nada de complicações. Diferentemente da estréia da TV digital nas casas, nas tevês portáteis a operação é simplesmente plug and play.

Estamos testando aqui na INFO o modelo DTV-500, da Gradiente. O aparelho tem tela de 3,5 polegadas, espessura de 9,8 milímetros e pesa 87 gramas. Entre ontem e hoje, passei várias horas usando a TV portátil, e a recepção foi muito boa. Até quando entrei no elevador do meu prédio, o sinal da Globo continuou ok. Pegou até em algumas áreas da garagem em que o sinal do celular desaparece. As exceções foram o tunel da Av. Juscelino Kubitschek e o elevador aqui da Editora Abril, no bairro de Pinheiros. Aí, nada feito.

Com a resolução de 320 por 240 pixels não dá para esperar ver as imagens espetaculares que encontramos nos testes de tevês full HD aqui no INFOLAB. Nem uma qualidade de som impressionante. Mas dá bem para acompanhar o noticiário ou distrair as crianças no banco de trás do carro no meio do congestionamento.

Segundo a Gradiente, a TV deverá chegar às lojas agora na segunda quinzena de dezembro, com preço de 799 reais. É o valor de um celular intermediário hoje, sem subsídios de operadoras. Vamos ver qual será o preço dos celulares que vão desembarcar no Brasil já com tecnologia de TV nativa.

Débora Fortes - 13/12/2007

Digital via celular em 2008?

SempToshiba terá celular com TV digital em 08
Segunda-feira, 17 de dezembro de 2007 - 16h26
SÃO PAULO – A Semp Toshiba venderá, no início de 2008, um modelo de celular capaz de sintonizar programação da TV digital.


A expectativa da empresa é disponibilizar o aparelho ainda no primeiro trimestre de 2008 no varejo e fornecer um telefone com capacidade de sintonizar a programação da TV aberta digital no padrão usado no Brasil.


O celular com TV faz parte de um conjunto de eletrônicos que a fabricante pretende estrear em 2008 para explorar o nicho de mercado aberto com a estréia da TV digital.


Entre os lançamentos previstos está também um adaptador para computadores. O produto, de tamanho equivalente a um pen drive, pode ser plugado num desktop ou laptop e permitir ao usuário sintonizar canais da TV aberta no computador.


O produto já está pronto e a Semp Toshiba já fez até uma demonstração do adaptador em sua sede, em São Paulo.


A empresa promete ainda estrear um terceiro produto, uma TV LCD de 3,5 polegadas capaz de sintonizar a TV digital.

TV Digital ainda SEM Interatividade

TV digital estréia no Brasil sem interatividade
Publicado em 01.12.2007, às 09h35 Thiago Lúcio Do JC OnLine

A tão comentada e aguardada revolução da TV Digital brasileira, que estréia neste domingo (2) apenas em São Paulo, ainda não é para valer. O novo sistema, que substituirá o sinal analógico gradativamente, ao longo dos próximos anos, chega apenas para oferecer imagem e som de altíssima qualidade. A interatividade, uma das novidades mais aguardadas para o padrão, ainda não estará disponível. Em Pernambuco e boa parte do País, o padrão digital só deverá mesmo chegar às casas dos telespectadores no início de 2009, quando o sistema já deverá ter passado por uma série de testes e ajustes e os conversores, pequenas caixinhas que serão conectadas às TVs para receber o novo sinal, alcançado um valor próximo da realidade econômica brasileira.

Como a nova tecnologia levará alguns anos para se popularizar, os brasileiros continuarão recebendo o sinal analógico até 2016. Portanto, ninguém vai precisar correr até as lojas para comprar um conversor ou um novo aparelho de TV, já que a transição para o modelo digital será gradual. "As emissoras tradicionais vão existir ainda por muito tempo, já que o processo de desligamento da TV analógica será longo. Talvez demore até mais de dez anos", explica Paulyne Jucá, engenheira de sistemas do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), instituto de inovação que desenvolve aplicações para o novo modelo. "Nenhuma tecnologia surge de uma vez. Ela chega aos poucos e dura até 30 anos para se estabelecer", conta Fernando Andrade, gerente de produtos da Partec, empresa pernambucana que também cria projetos para a TV Digital.

De acordo com Paulyne Jucá, a interatividade não será uma realidade de imediato porque os receptores ainda estão em fase de testes. "Os aplicativos ainda não foram suficientemente testados e adaptados por cada fabricante", afirma. "Agora é o momento de experimentar", completa Andrade. Quando os primeiros receptores estiverem prontos para a interatividade, será possível enviar e receber informações das emissoras, que vão interagir, através de seus programas, com os telespectadores. Essa interação permitirá, por exemplo, que qualquer pessoa responda a pesquisas, consulte informações sobre a programação e até mesmo realize compras com apenas um click do controle remoto.

Segundo Fernando Andrade, os fabricantes de receptores só irão disponibilizar aparelhos prontos para interatividade após uma série de experimentações. "Existe a intenção de usar, mas as empresas precisam testar e amadurecer mais. Ainda vai demorar um pouco para que a interatividade chegue na casa das pessoas", diz. As experimentações para o novo padrão já têm sido feitas em todo o País há algum tempo. O próprio Cesar desenvolveu a primeira aplicação para TV Digital no ano passado, durante a transmissão da Copa do Mundo da Alemanha. Na época, cerca de cem mil pessoas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul tiveram acesso, através de aparelhos adaptados para a tecnologia, a serviços interativos durante a exibição dos jogos.

Paulyne Jucá diz que os primeiros receptores a serem vendidos no mercado, que poderão custar até R$ 1 mil, devem vir somente com aplicações limitadas, fornecidas pelos próprios fabricantes. Com isso, a TV Digital brasileira nesses primeiros meses trará como novidade apenas a qualidade de som e imagem melhorada, além do novo formato da tela, que passará a ser mais retangular, como já acontece no cinema. "A previsão é que o padrão cubra todo o País em 2012", afirma Fernando Andrade. Até lá, haverá tempo de sobra para que o novo modelo consiga revolucionar a forma como a TV ainda é feita e vista no Brasil

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

3G chega em 2008

18/12/2017 - 07h01
Leilão de frequências é empurrão inicial para celulares 3G no Brasil
CINTIA BAIO | Do UOL Tecnologia


Os celulares de terceira geração já existem há alguns anos —para o Brasil, o empurrão inicial da tecnologia é o leilão que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) realiza hoje para que as operadoras de telefonia móvel interessadas em oferecer o serviço comprem as freqüências de 3G.

O leilão, semelhante aos ocorridos em outros lugares do mundo, tem o objetivo de distribuir o direito de exploração de áreas de telefonia no país. Para a operação do 3G, a Anatel reservou as freqüências de 1.900 MHz a 2.100.

3G, O FUTURO DO CELULAR

Use os links para navegar pela matéria
QUE TECNOLOGIA É ESSA?
CELULAR RÁPIDO, CONTA SALGADA
ÁLBUM DE FOTOS DOS CELULARES 3G
3G NO LAPTOP: UMA BOA OPÇÃO?
ÁLBUM DE FOTOS DOS MODEMS 3G
SERVIÇOS 3G DA VIVO
SERVIÇOS 3G DA CLARO
SERVIÇOS 3G DA TELEMIG
LEILÃO DE FAIXAS 3G NO BRASIL
A TECNOLOGIA 3G NO MUNDO
ENTENDA AS SIGLAS DA TECNOLOGIA
O país está dividido em onze regiões (confira no mapa abaixo). Em cada região há quatro blocos de freqüência a serem comprados. Isso significa que, em uma região, é possível que o cliente encontre até quatro operadoras com serviços de 3G.

Desde o dia 11 de dezembro, nove operadoras já enviaram à Anatel suas propostas de compra dessas faixas, respeitando o valor mínimo imposto pela agência para cada um dos lotes. Como em todo leilão, quem pagar mais, leva.

O valor mínimo total das áreas a serem leiloadas é R$ 2,8 bilhões. A área 2, que corresponde a região Centro-Oeste e os Estados de Tocantins, Rondônia e Acre, é a mais cara do leilão, com preço mínimo de R$ 568 milhões.

Veja como o Brasil foi dividido para o leilão de freqüências 3G:




Fonte: Teleco

Cobertura e prazos

Um outro ponto interessante do leilão é que as operadoras serão obrigadas a manter todos os municípios que estarão sobre sua área de concessão 3G com acesso a telefonia móvel. Segundo as regras da Anatel, em 2 anos, 25% dos municípios de cada uma dessas áreas deverá ter cobertura móvel, mesmo que de seja de segunda geração, como GSM.

No leilão, a Anatel estabelece o seguinte prazo para que as operadoras implementem a rede 3G nos municípios de suas áreas de concessão:

QUANDO CHEGA A TERCEIRA GERAÇÃO
2 ANOS Capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes
4 ANOS Cidades com mais de 200 mil habitantes
5 ANOS 50% das cidades entre 30 mil e 100 mil habitantes
8 ANOS 60% das cidades com menos de 30 mil

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Net estabelece parâmetros mínimos para transm. Digital

Volta a concentração de conteúdo?

Jornalismo em alta definição é irrelevante, considera Net 14/12/2007 10:23:00

A Net decidiu restringir a transmissão de conteúdo em alta definição. Maior operadora do país, a empresa enviou documento no qual impõe "condições mínimas" para transmitir o sinal digital das TVs abertas. A exigência é que elas veiculem pelo menos 40 minutos diários e 400 minutos semanais de "programação relevante em alta definição". O horário também foi pré-determinado: entre as 18h e as 24h e os intervalos devem ser descartados. O documento incomodou as emissoras. Elas alegam que a Globo é a única que se enquadra em tais requisitos.

De acordo com o texto, a Net entende como programação relevante apenas "teledramaturgia, filmes, transmissões esportivas, shows musicais e documentários". Ou seja, noticiários e programas de auditório automaticamente se tornam irrelevantes em HDTV. A medida prejudica, neste sentido, emissoras como Record, SBT e MTV, além de Rede TV! e Band, que já exibem telejornais em alta definição. Em resposta ao colunista Daniel Castro, do jornal Folha de S.Paulo, o diretor da Net, Fernando Magalhães, a postura da operadora não pode ser considerada como "discriminatória" ou favorável à TV Globo. "A gente entende que estipular um mínimo não é discriminatório", disse.

Redação Adnews

TV por assinatura Digital

Alta definição deve elevar preço da TV por assinatura (FSP, 4 Dez 07)
Net, Sky e TVA afirmam que formato encarece custos de captação e transmissão

Valor pago a mais pelas operadoras será repassado ao consumidor que quiser esse conteúdo; Anatel considera aumento legal
Consumidora observa TV com conversor embutido à venda em loja de SP; aparelho permite receber sinal digital e em alta definição

A tão esperada programação em alta definição vai encarecer a assinatura da TV paga. As três principais operadoras do país -Net, Sky e TVA- confirmam que será cobrado um adicional na mensalidade com o acréscimo desse conteúdo no pacote .
O sinal digital, que começou a ser transmitido no dia 2 na TV aberta só em São Paulo, já era realidade para assinantes que têm decodificador digital. Já o conteúdo em alta definição começa agora a ser produzido no país pelas emissoras. As operadoras alegam que, além do gasto extra com captação, haverá aumento de custos com a transmissão, já que, além do sinal em alta definição, o formato padrão continuará a ser enviado.
Isso vale também para programas internacionais, que já são produzidos em alta definição em seus países de origem, mas transmitidos para o Brasil em formato padrão porque não havia, até então, receptores capazes de captar o sinal.
Quanto a assinatura vai ficar mais cara ainda não foi definido. "Nenhum canal ousou dizer", afirma Luiz Eduardo Baptista, presidente da Sky. André Müller Borges, diretor-executivo corporativo da Net, reitera que esse aumento vai depender do que vai ser cobrado a mais pelo programador.
"O que traz queda de preço é escala", ressalta Baptista, pois, quanto mais assinantes quiserem o produto, menor será o valor cobrado por ele.
Nos EUA, o presidente da Sky diz que o adicional na mensalidade pelos canais em alta definição da DirecTV é US$ 6,99. Segundo ele, a operadora tem 400 canais, dos quais 100 têm o conteúdo nesse formato. Já as TVs a cabo cobram US$ 12, de acordo com o vice-presidente da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura), Antonio João Filho.
Gratuito por um ano, a Globosat terá, a partir da segunda quinzena deste mês, um canal na Net com toda a programação em alta definição, mas o conteúdo será uma miscelânea de programas de canais transmitidos em formato padrão.
Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a princípio, a operadora pode cobrar a mais pelo pacote com esse "plus", mas não pode obrigar ninguém a migrar. A análise oficial sobre a mudança, no entanto, só será feita pelo órgão com casos concretos.

Conversor
Além de pagar o adicional na mensalidade, os assinantes terão que ter um decodificador com conversor digital embutido para receber o sinal em alta definição. Até agora, só a Net anunciou o aparelho "híbrido", por R$ 799, indicado para TVs de plasma e LCD. O equipamento já vem com um programa que permite a interatividade e, no início de 2008, vai possibilitar a gravação de até 80 horas de programação.
O conversor semelhante mais barato, para a TV digital aberta, custa R$ 699, sem interatividade nem possibilidade de gravação, o que comprova o subsídio (nao informado) da Net para fidelizar o cliente.
De acordo com o diretor da empresa, há uma lista de espera de 2.000 pessoas pelo aparelho, mas o número de contratos já assinados não foi informado.
O presidente da Sky diz que o "híbrido" da empresa já está pronto e custaria R$ 599, mas não há data de início das vendas. "Não lanço porque acho que vai ser um fracasso."
A TVA vai anunciar o novo decodificador até março, que será cedido sem custo aos assinantes que compraram por R$ 899 o aparelho lançado em junho do ano passado -já apto a receber o sinal digital e em alta definição da TV paga (disponível só em um canal na operadora), mas não da TV aberta.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Net entra na era HD com set-top mais barato que o da TV aberta

30/11/2007, 14h58
Conforme antecipou este noticiário, a Net anunciou nesta sexta, 30, o lançamento de seu set-top box HDTV, que havia sido demonstrado na última feira da ABTA. O equipamento, que será cedido em comodato, com taxa de adesão de R$ 799 em dez vezes, tem saídas digitais de vídeo (HDMI) e áudio (óptico), cable modem integrado e hard disk, para uma futura função de DVR, a ser instalada entre fevereiro e março. O set-top estará disponível em cerca de duas semanas, inicialmente apenas para São Paulo, e depois nas outras praças "seguindo o cronograma da TV digital terrestre", conta Marcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da operadora. A idéia, segundo ele, é que o assinante não tenha que comprar o set-top box da TV digital terrestre. Por um valor similar (ou em alguns casos até inferior) ao do conversor terrestre, o assinante terá uma caixa com mais recursos.
Ele explica que a Net transmitirá o sinal em alta definição de todas as emissoras abertas que estiverem disponíveis em cada praça, mantendo a qualidade do sinal. Em relação ao conteúdo exclusivo, só está previsto por enquanto o canal HD da Globosat, que não terá conteúdos inéditos, apenas reprises de programas que já foram ao ar nos canais Globosat. "No começo haverá muita repetição", revela uma fonte. Por exemplo, o Multishow cederá dois episódios do programa "Circo do Edgard" produzidos em HDTV, que deverão ser reprisados frequentemente, até que sejam feitas novas produções.

Sem filme e futebol

O HDTV da Net começa sem a opção em pay-per-view de dois dos conteúdos mais valorizados na alta definição: futebol e filmes (alguns títulos do Telecine e eventos esportivos eventualmente estarão na superstation da Globosat).
O problema com o futebol está, segundo uma fonte, nos altos custos e na falta de estrutura para produzir e distribuir os jogos em alta definição (lembrando que o Premiere deve produzir mais de 950 jogos no Brasil todo em 2008). "Não há nem equipamento disponível no país para produzir e distribuir esses jogos em HD", diz a fonte. Além disso, a Net usa vários canais para o PPV, e transformá-los em HD consumiria muita banda.
No caso dos filmes (que já são produzidos naturalmente em alta definição), o problema, além do custo de distribuição (satélite etc) é a resistência dos estúdios em ceder seus conteúdos sem uma tecnologia eficiente de proteção contra cópias, por medo de pirataria em alta definição.

E os internacionais?

O serviço em alta definição da Net, bem como o de outras operadoras que já anunciaram ou que estão para anunciar seus serviços, como TV Alphaville e TVA, não terá também conteúdos em HD das programadoras internacionais, como Turner, Fox, Discovery, Viacom etc. Segundo fontes ligadas aos programadores, o custo de trazer estes conteúdos é muito elevado, principalmente a distribuição satelital, e não haveria como repassar estes custos aos operadores, ao menos enquanto a base de assinantes de alta definição não ganhar escala.
Ou seja, por enquanto, o conteúdo "premium" em alta definição da TV a cabo será mesmo a retransmissão dos canais broadcast. André Mermelstein - TELA VIVA News

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Leilão WiMax no primeiro trimestre 2008

Anatel planeja leilão de WiMAX no primeiro trimestre
10/12/2007, 18h35
Na lista de prioridades da Anatel para 2008 está previsto para o primeiro trimestre uma nova licitação das faixas de freqüência de 3,5 GHz e 10,5 GHz para o WiMAX, paralisado desde o ano passado. O presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, que esteve em São Paulo participando do Fórum TeleQuest disse a cerca de 150 participantes que a nova proposta de leilão vai ao Conselho Diretor ainda neste ano para a retomada do processo.
No planejamento para 2008 também está prevista a revisão da regulamentação do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) para a flexibilização da abrangência, plano de numeração e espectro.
Em 2007 o orçamento da agência foi de R$ 356 milhões e a previsão para 2008 é de R$ 411 milhões. "Em 2008, além da reorganização da estrutura da Anatel, nosso foco será a capacitação dos funcionários internos com a criação de um centro de desenvolvimento", diz o presidente. Está prevista a extensão do prazo do último concurso público realizado pela Anatel e a realização de mais um concurso no ano que vem para preencher quadros técnicos.

Agenda

Outra prioridade da agência para 2008 será a retomada do processo de outorgas, suspenso há mais de cinco anos, para o serviço de TV a cabo e MMDS. A Anatel prevê ainda a conclusão, até novembro do próximo ano, da implantação do Centro Nacional de Sensoriamento Remoto de Telecomunicações, paralisado em 2005. E a realização de uma pesquisa de satisfação com os usuários dos serviços de telecomunicações. A Anatel também vai retomar o trabalho de contratação de uma consultoria, interrompido em 2002, para o desenvolvimento de metodologia de análise do mercado de telecomunicações diante da convergência de redes e serviços.

Revisão de contrato

Para modernizar os serviços de STFC está prevista a abertura de uma consulta pública que receberá contribuições até dezembro de 2008 sobre as alterações dos contratos para adequá-los à evolução tecnológica e demandas sociais. Um dos pontos que certamente devem ser mudados é a limitação contratual que existe e que impede as teles fixas de operarem serviço de TV a cabo. A revisão périódica dos contratos está prevista. Ana Luiza Mahlmeister - PAY-TV News

Operadoras têm dúvidas sobre a TV digital no celular

10/12/2007, 19h16
O modelo de negócios da transmissão da TV digital gratuitamente em aparelhos celulares ainda não está claro para as operadoras. Se a questão for simplesmente distribuir o sinal, as empresas não vão ganhar com o tráfego de dados, o que tem preocupado o setor. "Não está claro como as operadoras celulares vão ganhar dinheiro com isso se forem obrigadas a simplesmente transmitir o sinal. É necessário definir o modelo com mais clareza", disse um presidente de operadora que não quis se identificar. Na verdade, as operadoras não terão que distribuir nada. Quem distribui os sinais são os próprios radiodifusores, utilizando a faixa de UHF, e os aparelhos de celular é que terão que ter um chip para a recepção desta frequência e decodificação do sinal, transmitido no padrão ISDB-T. O problema é que a transmissão gratuita das TVs tira uma oportunidade de negócio das teles celulares.
A transmissão da TV aberta digital se dará em aparelhos de terceira geração (3G) bem mais caros que os atuais e que não teriam subsídio das operadoras, o que pode fazer com que estas percam competitividade. Fabricantes como Samsung, Gradiente e LG, entre outros, vão investir em televisores de pequenas dimensões, de baixo custo, que vão competir diretamente com aparelhos sofisticados 3G.
"Hoje a legislação não prevê que a telefonia celular tenha receita com TV aberta. Sendo que o aparelho 3G custa US$ 70, ele só poderá ser subsidiado se houver uma queda nos impostos", diz Roberto Lima, presidente da Vivo. O executivo participou nesta segunda-feira, 10, do Forum TeleQuest, em São Paulo. Ana Luiza Mahlmeister - PAY-TV News