terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Redes 3G ampliam competição no mercado?

Para UOL, redes 3G trazem mais competição
25/02/2008, 13h09
Durante a teleconferência de divulgação dos resultados do quarto trimestre do ano passado, o presidente do UOL, Luis Frias, fez uma breve análise do impacto que as redes de terceira geração terão sobre o negócio dos provedores. Segundo ele, a entrada das redes 3G significa um aumento da competição no mercado de acesso em banda larga. "Creio que a partir do segundo trimestre as operadoras de celular serão mais um player de conectividade, competindo com as incumbents da telefonia fixa e as empresas de cabo. A mudança mais significativa em 2008 é a entrada da 3G em um mercado quase monopolista", diz ele.
Mas como isso impacta no negócio do UOL? Frias explica que a entrada das celulares é uma boa notícia para os provedores, porque cria mais demanda para o conteúdo do portal, serviço de e-mail etc. No entanto, as operadoras móveis não precisam dos provedores para fazer a autenticação dos clientes na rede, o que tira mercado do segmento de assinatura de banda larga. Aliás, este é um problema que os provedores de acesso estão enfrentando também na banda larga fixa, já que os serviços de ADSL e cabo estão cada vez mais abandonando o modelo que requer autenticação. Frias acha, no entanto, que isso pode mudar, porque as operadoras móveis ainda não têm um modelo de negócio definido. "Como a base ainda é pequena, o modelo de negócio está sendo alinhavado", diz ele.

Balanço

O UOL terminou o ano passado com um lucro líquido de R$ 109,4 milhões, 18% maior que em 2006. No quarto trimestre do ano passado, no entanto, o lucro líquido de R$ 17,5 milhões foi 38% menor que no quarto trimestre de 2006. Em 2007, o Ebtida totalizou R$153,3 milhões, representando um aumento de 12% sobre 2006. A margem Ebtida atingiu 29% em 2007 e 28% em 2006. A receita de publicidade e outras somou R$ 59,1 milhões no quarto trimestre de 2007 e R$ 191,7 milhões em 2007, representando um crescimento de 28% em ambos os períodos, quando comparado ao quarto trimestre de 2006 e a todo o ano de 2006. O resultado é devido ao incremento na receita de publicidade caixa e aos novos produtos lançados ao longo de 2007.
O número de assinantes pagantes de banda larga atingiu 973 mil em dezembro de 2007, um aumento de 23% sobre dezembro de 2006. Considerando o número total de clientes, houve um modesto crescimento de 6% em comparação com o ano de 2006, atingindo 1,69 milhão. De acordo com Marcelo Epstejn, diretor geral do portal, isso se deve, entre outros fatores, à decisão parcial da Justiça de Bauru que retira a obrigatoriedade da contratação do provedor pelos assinantes do Speedy da Telefônica. Além disso, segundo ele, no fim do ano houve uma "guerra de preços" em que o UOL preferiu não entrar. E, segundo Epstejn, o ano com muitos feriados também prejudicou.

Rede DVB-H - TV Móvel

TV móvel
Grupo prepara primeira rede de DVB-H no Brasil
25/02/2008, 20h06
O Brasil pode ter, em breve, uma rede de DVB-H, tecnologia que permite a oferta de TV por assinatura para celulares. A diferença é que o DVB-H é uma tecnologia de broadcast, que permite a transmissão de canais de forma independente da infra-estrutura das operadoras móveis. Quem comanda o projeto é o ex-diretor de marketing da Telemar, Alberto Blanco. Desde que deixou a operadora, no final de 2006, o executivo começou a trabalhar sigilosamente nesse projeto. O segredo foi mantido a sete chaves por mais de um ano, mas agora é revelado às vésperas do primeiro teste-piloto.
Blanco disse a este noticiário que a empresa Participe TV tem o suporte de outros investidores, cujos nomes não revela. Para iniciar o projeto, a companhia comprou a empresa Nova Comunicação e Radiodifusão Ltda, que detém a licença do serviço especial de TV por assinatura (TVA) para operar um canal de UHF no Rio de Janeiro. São licenças que permitem a transmissão na forma aberta e também na forma paga. Por não serem licenças de broadcast, não estão obrigadas ao uso da tecnologia ISDB-T, adotada pelas emissoras abertas.

Em busca de licenças

Estão em negociação parcerias com detentores de licenças de TVA em outras cidades. O plano de negócios de Blanco tem como meta a conquista de 5 milhões de assinantes em cinco anos, com o serviço lançado em cinco cidades. "Da mesma forma que o pré-pago trouxe a massificação do celular, a TV móvel fará a massificação da TV por assinatura", aposta o executivo.
Uma antena já se encontra instalada no morro do Sumaré, no Rio de Janeiro, e o primeiro teste aguarda apenas a aprovação da Anatel para ser iniciado. O head-end será instalado na Barra da Tijuca. O executivo espera iniciar no final de março o teste, durante o qual serão transmitidos de graça dez canais - cinco ao vivo e cinco em loop. As negociações com os canais estão quase fechadas, mas os nomes ainda não podem ser divulgados. São, inclusive, canais de TV por assinatura.
Blanco adianta que haverá certamente um canal adulto e outro infantil.

Conteúdo exclusivo

Além disso, está previsto um canal com conteúdo exclusivo para celular, que contará com material oriundo de produtoras independentes nacionais. A tecnologia atual permite a oferta de até 12 canais com boa qualidade de imagem - 30 frames por segundo. A compressão é em H.264 (MPEG 4).
Enquanto faz os últimos preparativos para o teste, a Participe TV está próxima de fechar contrato com uma grande operadora de celular para o lançamento comercial do serviço. A idéia é que a cobrança seja feita pela tele e a receita seja dividida com a Participe TV. "A assinatura mensal custará menos de R$ 50. Teremos também a opção de acesso semanal e diário. Se o usuário quiser ter acesso por um único dia, o preço será menor que R$ 7", descreve Blanco. O canal de retorno será a rede celular, através da qual se dá a interatividade. Provisoriamente, o serviço da Participe TV foi batizado de "VTV", mas o nome está sujeito a mudanças depois de assinada a parceria com uma operadora.
O executivo acredita que será possível fazer um lançamento comercial dentro de 12 meses. Para cobrir todo o Rio de Janeiro será necessário instalar cerca de 20 antenas. Provavelmente elas serão postas em sites onde já houver ERBs da operadora parceira.

Handsets

Blanco acredita que os primeiros modelos de celulares com receptor DVB-H chegarão ao Brasil custando em torno de R$ 1 mil. "Em dois ou três anos esse preço deve cair bastante", aposta. Paralelamente, a Participe TV negocia com um grande fabricante internacional o lançamento no Brasil de um modelo com receptores para o padrão brasileiro de TV digital e para DVB-H. Seria, portanto, um aparelho capaz de receber tanto o sinal gratuito das TVs abertas brasileiras quanto o serviço de TV por assinatura a ser oferecido pela Participe TV.

Regulamentação

Segundo Blanco, de acordo com a regulamentação, nada impede que seja oferecido um serviço de TV por assinatura com tecnologia DVB-H com a licença de TVA. Pelo contrário: muitos canais em UHF com essa licença jamais cumpriram a função de oferecer efetivamente o serviço de TV por assinatura. Assim, no seu entender, a oferta de DVB-H em UHF com licença de TVA dá a esses canais a utilidade que lhe é prevista pela regulamentação. Para Blanco, o PL-29, projeto de lei que trará novas regras para o setor de TV por assinatura, "está caminhando no sentido correto", já que é agnóstico em termos de tecnologia. Fernando Paiva - PAY-TV News

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

TIM lançara TV paga via celular

TIM lançará TV paga no celular para rede 3G
11/02/2008, 10h22
A TIM pretende lançar para sua rede 3G um novo serviço de TV por assinatura no celular. A operadora já está negociando conteúdos, mas antes do lançamento espera as definições do PL 29, projeto do deputado Jorge Bittar (PT/RJ) que regulamenta o serviço de TV por assinatura. "Queremos lançar o serviço direito", justificou o presidente da TIM, Mario Cesar Araujo, entrevistado nesta segunda-feira, 11, enquanto visitava o Mobile World Congress, em Barcelona, na Espanha.
Vale lembrar que a TIM foi a primeira operadora no Brasil a oferecer streaming de canais de TV sobre a rede celular, alguns anos atrás. O serviço, batizado de TIM TV, era gratuito e a pequena variedade de canais não propiciou grande sucesso. Questionado se na nova versão do serviço a TIM usará a tecnologia DVB-H, Araujo negou: "Vamos usar a rede 3G". Com velocidades maiores para download, a qualidade da imagem será melhor. Araujo minimizou o risco de sobrecarga na rede.
Para o presidente da TIM, é a oferta de conteúdo que fará a diferença no 3G. "Videochamada não tem apelo junto ao consumidor final", comentou. Ele aposta também no sucesso da banda larga móvel, com a venda de modems e laptops com chips embarcados. Fernando Paiva, de Barcelona - PAY-TV News

Conteúdos móveis é estratégico

Atuar em conteúdos móveis é estratégico, diz Freemantle
30/01/2008, 12h19
Conteúdo para dispositivos móveis é lucrativo? A resposta da Freemantle é outra pergunta: isso faz diferença? Para a gerente de licenciamento e desenvolvimento de novos negócios do grupo, Paola Giganti, estar nas mídias móveis é estratégico, independente do retorno. Todavia, a executiva apontou o crescimento de receitas do grupo na América Latina: US$ 27 milhões em 2007, contra US$ 14 milhões em 2006. Nos Estados Unidos, o faturamento da Freemantle com conteúdos para dispositivos móveis foi de US$ 148 milhões no último trimestre de 2006.
Naquele país, a produtora de formatos conta com um canal para telefones celulares, o Atomic Wedgie. Trata-se de um canal de humor voltado ao público masculino. "Alguns programas não derivam de conteúdos feitos para TV, e fazem sucesso", diz a executiva. Entre eles estão "Famous Farts", "Stupid Bar Tricks" e "Secret Girlfriend". Além destes, a Freemantle conta com conteúdos baseados em suas marcas, como "Baywatch".
Paola explica ainda que a produção para dispositivos móveis conta com especificidades, como não captar em alta definição, enquadramento fechado etc. Por isso, a Freemantle usa produtoras específicas para os dispositivos móveis. "Mesmo que o programa tenha uma versão para a TV, a versão para celulares é feita por outra produtora", explica.
A executiva falou no segundo dia do Mobile TV Latin America, evento que aconteceu no Rio de Janeiro reunindo cerca de 40 pessoas. Fernando Lauterjung - PAY-TV News

IPTV
ZTE quer fechar sete contratos este ano, incluindo Brasil
30/01/2008, 13h31
A ZTE quer ampliar de maneira significativa sua carteira de clientes em IPTV ao redor do mundo em 2008. Hoje, a fabricante chinesa tem quatro operadoras usando sua solução completa em quatro países: China, Tailândia, Bielorrússia e Colômbia. Juntas, essas operadoras somam 500 mil assinantes de IPTV. A principal delas é a China Telecom. Em 2008, a ZTE pretende fechar contratos de IPTV em sete novos países, e um deles é o Brasil, afirma o vice-presidente mundial de arquitetura de rede da companhia, Weijun Lee, em visita ao País esta semana. Embora a maioria das operadoras fixas brasileiras já tenha escolhido seus fornecedores de IPTV, a ZTE acredita que pode conseguir fechar contratos para complementar as atuais soluções. "Nosso produto é completo e funciona com padrões abertos, que permitem a interoperabilidade com equipamentos de outros fabricantes", explica Lee.

Valor adicionado

A experiência de IPTV na China vem mostrando o potencial de serviços de valor adicionado. Em Shanghai, um programa de TV que realizou uma votação em tempo real com seus espectadores provou que a participação de usuários de IPTV foi muito maior que a de usuários de TV a cabo. Enquanto os primeiros usavam o controle remoto para votar, os assinantes de cabo precisavam enviar o voto por SMS de seus celulares. Houve 5 mil votos de assinantes de IPTV, o que representa 5% da base de 100 mil clientes. Entre os usuários de TV a cabo, a participação representou apenas 0,2% da base: 40 mil votos para 20 milhões de assinantes.
Outros serviços de valor adicionado lançados na China com a plataforma da ZTE são jogos on-line, karaokê, internet browsing e network PVR (personal video recorder). Os preços são baratos. Para brincar com um jogo na TV durante um mês, o usuário paga apenas US$ 0,13. Para navegar pela internet o o valor é de apenas US$ 0,26/mês. O uso de PVR com os dados armazenados em um servidor da operadora custa US$ 0,66 por cada 100 Mb. Fernando Paiva - PAY-TV News

IPTV

Publicidade personalizada será principal fonte de receita
30/01/2008, 13h32
A possibilidade de gerar receita a partir de propaganda em serviços de IPTV faz brilhar os olhos dos executivos de telecomunicações. O assunto foi um dos mais abordados nas diversas palestras realizadas durante os dois dias do evento IPTV World Forum, realizado esta semana no Rio de Janeiro. A grande expectativa gira em torno da possibilidade que a IPTV oferece com o envio de propaganda diferenciada para cada assinante.
"Analisando o perfil de uso, dá para descobrir as preferências de cada usuário. São dados importantíssimos para a publicidade. No futuro, haverá um casamento entre IPTV e publicidade", afirmou o gerente de desenvolvimento de negócios da operadora chilena Telefónica del Sur, Aldo Labra. Sua empresa lançou IPTV em meados de 2007, mas ainda não explora publicidade focalizada, ou personalizada.
Outro dado que chama a atenção: uma pesquisa realizada pela Accenture com 341 executivos de teles, emissoras de TV, estúdios de cinema e provedores de serviços de valor adicionado na Europa, Ásia e América do Norte, revelou que 46,5% dos entrevistados afirmaram que a publicidade personalizada será uma das principais fontes de receita com IPTV no futuro. Em segundo lugar ficou a receita com assinaturas de conteúdo Premium, apontada por 40,2% dos entrevistados.
"As pessoas não querem mais aquele formato de 30 segundos de propaganda. Não é que elas queiram menos anúncios. Elas querem menos anúncios que não lhes interessam", avalia Afonso Gamboa, executivo da Accenture. O vice-presidente de arquitetura de rede da ZTE, Weijun Lee, acrescenta que é importante que as operadoras somem o maior número possível de assinantes logo no lançamento do serviço, para terem rapidamente uma massa crítica que atraia anunciantes.
Ainda de acordo com a pesquisa da Accenture, 42% dos entrevistados afirmaram que um dos principais objetivos para estarem lançando IPTV é a geração de novas fontes de receita. O segundo maior objetivo, apontado por 28% dos executivos, foi a obtenção de novos clientes. "Ninguém espera lucro rápido", resume Gamboa.

Obstáculos

A pesquisa da Accenture revela que nos próximos 12 meses o maior obstáculo à oferta de IPTV será a qualidade do serviço, segundo 25,4% dos entrevistados, seguido do alto preço da assinatura, de acordo com 19%. Quando considerado um prazo de três anos, 34,2% dos entrevistados responderam que o principal obstáculo será a competição com outros provedores de TV por assinatura, e 14% afirmaram que será a qualidade do serviço. Fernando Paiva - PAY-TV News

TV móvel é tendência forte

TV móvel é tendência e vai ser popular, apostam CNN e Ericsson 12/2/2008 17:26:00

A TV móvel deve passar por uma fase de grande crescimento baseado na demanda dos consumidores, já que o serviço é o principal aplicativo que usuários gostariam de ver nos seus telefones, de acordo com um estudo de comportamento entre consumidores realizado pela Ericsson e a maior emissora internacional de notícias, a CNN. Os resultados mostram que mais de um terço (34%) dos pesquisados elegeram a TV como aplicativo de maior demanda e praticamente metade (44%) dos pesquisados devem adotar a TV móvel num período de dois anos.

Os principais resultados revelam que mensagens com vídeos e fotos devem ser amplamente adotadas com a redução de tarifas e melhor funcionalidade. 57% dos pesquisados usam a tecnologia de fotos para enviar e receber imagens todos os meses, o que faz com que essa atividade seja a mais popular. Essa tendência também foi refletida na popularidade do serviço iReport, da CNN, um serviço de conteúdo gerado pelo usuário, lançado em 2006. O serviço recebeu 50,000 mensagens, que inclui imagens e vídeos de celulares de 189 países do mundo inteiro durante os primeiros 12 meses, impulsionando a tendência global do "jornalismo cidadão" e criando uma relação mais íntima entre a audiência e os veículos de comunicação.

De acordo com o relatório, praticamente um em cada quatro (24%) usuários de TV móvel utilizam o serviço todos os dias, e metade deles (52%) semanalmente. Com uma pontuação de 77%, as notícias dominam as preferências, seguidas por programas da TV aberta, com 48%.

"Os resultados dessa pesquisa reforçam o compromisso da CNN na liderança das tendências dinâmicas que influenciam a maneira pela qual nossa audiência consome conteúdo", diz Didier Mormesse, Vice-Presidente Sênior de Pesquisa para Venda de Propaganda, Desenvolvimento & Conhecimento da Audiência da CNN International. "O nosso negócio móvel cresceu bastante nos últimos anos e devemos continuar investindo em iniciativas pioneiras e novos serviços. Pesquisas como essa oferecem uma visão mais clara dos desejos do consumidor, e por esse motivo a nossa estratégia digital atende as necessidades do nosso público de conteúdo com notícias de alta qualidade num ambiente móvel."

Jan Wäreby, Vice-Presidente Mundial de Multimídia da Ericsson, diz: "Embora esteja no início, a TV móvel deve ser um serviço popular dentro de alguns anos. Baseado na demanda pelos serviços em conjunto com novos padrões de uso, a TV móvel representa uma das maiores oportunidades de multimídia em rede para operadoras de cabo e telecomunicações."