quinta-feira, 13 de março de 2008

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segunda-feira, 3 de março de 2008

Confusão na TV digital afasta consumidores

28/2/2008 14:19:00

Lançada há três meses, a TV digital ainda confunde o consumidor. As
emissoras e a indústria fizeram uma campanha para o lançamento em 2 de
dezembro, na Grande São Paulo, mas, mesmo assim, o desconhecimento
segura o mercado. "Tem muita gente que compra uma antena parabólica
porque não recebe um bom sinal analógico, quando poderia comprar um
set-top box (também chamado de conversor), que custa quase o mesmo
preço", afirmou o professor Gunnar Bedicks Jr, da Universidade
Mackenzie. "Eles não sabem que podem ligar seu set-top box na TV
analógica, e ter uma imagem melhor." Um estudo do Mackenzie mostrou
56% das residências na Grande São Paulo recebem um sinal analógico
ruim. A qualidade de recepção poderia ser um argumento de venda
importante para a indústria e o varejo, mas a mensagem, até agora, tem
se concentrado na alta definição, que depende de televisores de alto
custo, com telas de plasma ou cristal líquido (LCD).

No lançamento, em dezembro, houve problemas de equipamentos fora da
norma, que tiveram que ser modificados pelos fabricantes. Um
importador, por exemplo, trouxe televisores portáteis que não
conseguiam reproduzir o som do sistema brasileiro. Os programas de TV
ficavam mudos. "Estamos remontando o grupo que reúne as emissoras e a
Eletros (associação de fabricantes), para lançarmos uma campanha de
sustentação", explicou Roberto Franco, presidente do Fórum do Sistema
Brasileiro de TV Digital Terrestre. A idéia é, além de retomar a
campanha publicitária, trabalhar com varejistas, instaladores e
antenistas. A intenção é lançar a campanha o mais rápido possível, até
o começo de abril.

A TV digital oferece som e imagens melhores que a analógica. Ela
também permite mobilidade e interatividade. A mobilidade está no ar,
mas os celulares que recebem TV aberta ainda não estão disponíveis. A
interatividade depende do software Ginga, desenvolvido no Brasil, que
não está presente nos equipamentos atualmente no mercado. Quem vê a TV
aberta e não quer trocar de aparelho, pode comprar um conversor, que
custa a partir de R$ 500.
Em dezembro, foram vendidos cerca de 48 mil equipamentos, segundo
estimativas da indústria. De lá para cá, houve anúncios de conversores
de R$ 180, que não chegaram ao mercado. "Não tenho nenhum número sobre
o mercado", disse Franco. "Mas ninguém esperava um estouro de
vendas."

Ele destacou que em outros mercados a introdução da TV digital não foi
rápida. O Japão ficou quase três anos com transmissões experimentais.
Na Inglaterra, uma das empresas quebrou e o governo teve que modificar
o modelo de negócios. Nos Estados Unidos, onde o sinal analógico vai
ser desligado em 17 de fevereiro de 2009, o governo está oferecendo
até dois cupons de US$ 40 para que as pessoas que ainda dependem do
sinal analógico possam migrar. Lá, existem conversores a partir de US$
50. "Na Europa também foi dado subsídio", afirmou Franco.

Um estudo da Nielsen, divulgado este mês, mostrou que 13 milhões de
residências americanas não estão prontas para a TV digital. Outras 6
milhões de residências tinham aparelhos de televisão, que não eram os
principais, que só recebiam sinal analógico. Durante o período de
transição, as emissoras veiculam os sinais analógico e digital,
simultaneamente. Nos EUA, o sinal analógico será desligado no ano que
vem. No Brasil, a previsão é 2016. A próxima cidade a receber a TV
digital deve ser o Rio de Janeiro, mas as emissoras não ainda não
conseguiram fechar uma data única de lançamento, como aconteceu em São
Paulo. A perspectiva é que as primeiras transmissões ocorram em abril
ou maio. Mas a maioria das emissoras deve começar somente no segundo
semestre.

Fonte: O Estado de S.Paulo