segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Fornecedor diz que receptores não passam de 120 mil

12/12/2008, 15h39
Um fornecedor de equipamentos para TV digital com grande conhecimento do mercado questiona os números oficiais divulgados pela Eletros e pelo Fórum do SBTVD sobre a TV digital terrestre.

"Não sei de onde tiraram os 470 mil", diz a fonte. "Pelas nossas contas, foram vendidos no máximo de 100 mil a 120 mil dispositivos", conta.

Segundo o executivo, e ao contrário do que a indústria afirma publicamente, o primeiro ano de implantação foi uma grande decepção. "Nossa projeção era de que a indústria toda vendesse cerca de 800 mil dispositivos (entre set-tops, TVs integradas e dispositivos móveis) em 2008", revela. André Mermelstein - PAY-TV News

BrT lança serviço de TV móvel

16/12/2008, 18h48
A Brasil Telecom (BrT) lançou um serviço de TV pela rede celular. Ao contrário da maioria das concorrentes, a operadora não oferece a opção de assinatura: a venda é feita sob demanda. "Notamos que o cliente tem aversão a ficar amarrado a uma assinatura", justificou o gerente de serviços de valor adicionado da BrT, Sergio Messiano. O usuário escolhe por quanto tempo deseja assistir. São três opções: 30 minutos, duas horas e 24 horas. Os preços são: R$ 1,90; R$ 4,90; e R$ 7,90, respectivamente. Os valores já incluem o custo do tráfego de dados. O tempo é contado a partir do momento da compra.

A BrT disponibilizou nove canais: CNN; Cartoon Network; Discovery Channel; Discovery Kids; Band; Band News; MTV Brasil; Whoohoo; e Sexy TV. Com a exceção de um ou outro canal, o line-up é muito parecido com aquele do Oi TV móvel. Por sinal, a fornecedora da plataforma de TV móvel da BrT é a mesma da Oi: a brasileira M1nd Corporation.

O serviço está disponível em toda a região de atuação da BrT e funciona tanto na rede 3G quanto na rede GSM. Porém, é compatível apenas com nove modelos de aparelhos 3G que usam o sistema Symbian. "A idéia é expandir para Java no futuro", disse Messiano. Para assistir aos canais, o usuário precisa baixar um player desenvolvido pela M1nd. O aplicativo está disponível no portal WAP da operadora, mas também pode ser acessado enviando um SMS com a palavra "TV" para o número 670.

Messiano disse que a empresa não tem ainda uma previsão de quantidade de usuários para o serviço de TV móvel. "Queremos em um primeiro momento analisar o comportamento do cliente no uso de TV no celular", explicou. Fernando Paiva - PAY-TV News

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

TV 2.0 - curso verão ESPM

De 5 a 8 de Janeiro na ESPM - São Paulo, curso abordando os principais novos recursos de comunicação utilizando a TV como plataforma básica.

O curso tem como objetivo apresentar e discutir a TV nas diversas plataformas: digital, IPTV, VoD, digital silent, e as novas tecnologias que surgirão no Brasil e no mundo, capacitando o participante a identificar as novas oportunidades de negócios na área. As aulas serão ministradas pela professora de mídia da ESPM Ana Lucia Fugulin, no período entre 5 e 8 de Janeiro.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site www.espm.br/ferias. Mais informações pelo telefone (11) 5085-4600 e-mail centralinfo@espm.br.
Informações e inscrições
ESPM - Campus Profº Francisco Gracioso
Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 - Vila Mariana - São Paulo
Tel. (11)5085-4600
centralinfo@espm.br
www.espm.br/ferias

Wimax = 4G

Sprint quer estimular WiMAX na América Latina
03/12/2008, 19h31
A Sprint, principal operadora de WiMAX nos EUA, quer estimular a adoção dessa tecnologia no mundo inteiro, especialmente na América Latina. Para tanto, a empresa pretende estreitar os laços comerciais com operadoras do continente. "Isso significa trocar informações, fazer certificação conjunta de dispositivos etc. Não basta que o WiMAX faça sucesso nos EUA. Queremos que essa tecnologia seja adotada no mundo inteiro", explicou a diretora de desenvolvimento global da Sprint, Teresa Kellet. A executiva descartou, contudo, que a Sprint participe de qualquer leilão de freqüência para WiMAX na América Latina por enquanto.
Teresa participou nesta quarta-feira, 3, do congresso latino-americano do WiMAX Forum, no Rio de Janeiro. Em sua apresentação, ela deu alguns conselhos para as novas operadoras WiMAX que surgem na América Latina. Um deles é a necessidade de se ter ofertas simples e facilmente compreensíveis pelo consumidor final. A Sprint tem basicamente três ofertas para uso de banda larga em sua rede WiMAX: 1) uso ilimitado por US$ 45 ao mês; 2) uso por apenas 30 dias, ao preço de US$ 45; 3) uso por apenas um dia, ao preço de US$ 10. Nos planos de uso sob demanda (mensal ou diária), o ideal é que o cliente adquira um modem USB ou um express card, que são portáteis e custam menos que o modem fixo.
Outro conselho dado por Teresa é que as operadoras enxerguem o 3G e o WiFi como aliados, não como competidores. A Sprint, aliás, tem planos de oferecer cartões de acesso em dual-mode EV-DO e WiMAX a partir deste mês. "O cliente será livre para escolher o que preferir. O 3G é bom para quem viaja, pois a cobertura é a maior. E o WiMAX é melhor para quem fica na cidade e quer mais velocidade", explicou.

Clearwire

A Xohm, marca criada pela Sprint para sua operação WiMAX, vai mudar de nome para Clear. E a operadora da rede se chamará Clearwire, empresa que tem como acionistas a Sprint, a antiga Clearwire (detentora de diversas licenças 3,5 GHz na Europa e EUA), a Google, a Intel e três operadoras de cabo norte-americanas, entre elas a Time Warner e Comcast, as duas maiores empresas do setor no país. Tanto a Sprint quanto as operadoras de cabo usarão a rede WiMAX da Clearwire como operadoras virtuais (MVNOs, na sigla em inglês).
A rede da Xohm está em operação por enquanto apenas em Baltimore, nos EUA. Mas será expandida para Chicago e Washington muito em breve. Ao todo, as três cidades terão mais de 2 mil ERBs. O número de assinantes em Baltimore não é divulgado. O lançamento nas outras duas cidades já deveria ter acontecido no começo deste ano. Fernando Paiva - PAY-TV News

Banda larga móvel
Quem lançar 4G primeiro levará vantagem, diz chairman do WiMAX Forum
03/12/2008, 19h36
Na abertura do congresso latino-americano do WiMAX Forum, nesta quarta-feira, 3, no Rio de Janeiro, coube ao chairman da associação homônima, Ron Resnick, o papel de provocar a tecnologia concorrente, o LTE (Long Term Evolution). "LTE não é exatamente uma 'evolução', como diz seu nome. Afinal, ele demanda espectro novo das operadoras", criticou. A apresentação do executivo centrou-se principalmente na vantagem de o WiMAX já estar disponível comercialmente no mundo, enquanto o LTE ainda se restringe aos laboratórios. Basicamente, Resnick acredita que as operadoras que lançarem 4G primeiro levarão vantagem sobre as demais. Ele usou o exemplo da Hutchinson com 3G na Inglaterra: "Saindo na frente você conquista muito clientes. A Hutchinson foi a primeira a lançar 3G na Inglaterra e tem até hoje a liderança em market share lá, com 3,5 milhões de usuários, mesmo enfrentando competidores fortes como a Vodafone", comparou.

Números

Segundo o WiMAX Forum, existem hoje 403 redes WiMAX construídas ou em construção em 133 países. Em 2012, a associação prevê que haverá 133 milhões de usuários de WiMAX e menos de 10 milhões de LTE. Atualmente, há cerca de 100 equipamentos certificados pelo WiMAX Forum. Em 2011 serão aproximadamente 430, prevê Resnick. Da Redação - PAY-TV News

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A TV que o consumidor quer

Não é nada de novo na verdade, ´são somente as possibilidades que já estão disponíveis nos outros equipamentos, tudo junto!

A TV flat está na lista de compras de 45% dos consumidores cariocas e paulistas das classes AB+, sendo que a maioria (98%) deve adquirir a TV fina pela primeira vez, revela um levantamento do realizada pelo Instituto Ipsos para a Philips do Brasil.

A pesquisa Brand Tracking Brazil, divulgada nesta terça-feira (02/12) mostra que 19% dos consumidores entrevistados já possuem uma TV flat e que um em cada quatro atualmente possui um sistema de Home Theater – outros 24% pretendem adquiri-lo no futuro próximo.


Os aspectos mais relevantes para a decisão de compra são tecnologia avançada, design moderno, qualidade e facilidade de uso e instalação, tanto no grupo dos usuários que já possuem TV flat quanto entre aqueles que pretendem comprá-la.

TV dos sonhos
Em outro estudo qualitativo, o Insight TV, a Philips observa que o brasileiro deseja televisores com funcionalidades interativas, maior controle sobre a programação e com recursos que permitam novas formas de comunicação, além de variações de design customizado para que a TV se integre à decoração dos ambientes da casa.


A pesquisa feita pela Voltage envolveu dois grupos da classe A, compostos por homens e mulheres moradores da cidade de São Paulo. O primeiro grupo foi formado por jovens solteiros, de 20 a 30 anos de idade, estudantes universitários ou que acabaram de se formar, com alto grau de envolvimento com tecnologia. Já o segundo grupo reuniu casados (com ou sem filhos), consumidores exigentes e dispostos a pagar preço premium por tecnologia “performance” (como alta qualidade de imagem ou som).


Aparalhos conectados à internet, que conversem com celulares e outros gadgets via Bluetooth e atendam a comandos de voz estão entre as necessidades apontadas pelos grupos.


Um outro desejo apontado pela pesquisa, especialmente entre os casados, é encontrar uma forma de reunir duas ou mais pessoas em frente à TV oferecendo uma programação diferente para acada um - em uma evolução da tecnologia PIP (Picture in Picture).

Mas por que a TV digital não pega?

Os preços dos conversores do sinal digital caíram bastante do ano passado para cá. Se em 2007 um set-top box custava pelo menos R$ 500, hoje é possível encontrar aparelhos na faixa dos R$ 300. Ainda assim, a TV digital chegou para apenas 0,5% da população brasileira desde janeiro, se nos basearmos nas expectativas de vendas de aparelhos da Eletros (associação que representa a indústria de eletrônicos). Segundo o órgão, foram vendidos cerca de 470 mil conversores até agora. E por que tão pouca gente assiste à televisão digital?

Para Valdecir Becker, diretor da ITV Produções Interativas, que desenvolve aplicações baseadas no middleware Ginga —software brasileiro produzido para a TV digital—, a principal explicação para a baixa adesão à TV digital é a ausência de conteúdo produzido para atender a nova tecnologia.

"Creio que o motivo seja o conteúdo. Além de ainda não termos interatividade, que deve começar no primeiro semestre do ano que vem, há pouco conteúdo em alta definição. Então, mesmo para quem tem condições financeiras de ter o equipamento, o investimento ainda não está valendo a pena", opina Becker, lembrando que as emissoras não são obrigadas a transmitir em sinal digital até 2013.

A Rede Globo, por exemplo, mesmo sendo a emissora líder no país, dispõe de apenas 13 horas semanais de programação em alta definição, de acordo com sua assessoria de imprensa.

Já para Walter Duran, diretor de Tecnologia da Philips para América Latina, a TV digital ainda não teve um 'boom' por outro motivo.

"A população em geral tende a ser reativa a toda introdução de produtos com tecnologia inovadora. Ela demora um tempo para reagir a essa inovação; muitas vezes reage negativamente. E não só no Brasil. Na Inglaterra e na Austrália, por exemplo, os primeiros meses da TV digital foram críticos", conta Duran, que em 1984 já estava envolvido no gerenciamento da TV em cores no Brasil.

A mesma desconfiança do consumidor, afirma ele, foi vista quando foi lançada a TV colorida, o videocassete e o DVD. "Em 1999, o primeiro ano do DVD no Brasil, todo o mercado vendeu 35 mil aparelhos, segundo números da Eletros. Ele só foi atingir a marca de 2 milhões de vendas em 2004".

PRODUÇÃO MAIS REFINADA Todos os especialistas consultados pela reportagem do UOL Tecnologia foram unânimes em dizer que a TV digital exigirá um refinamento das técnicas de produção das emissoras para atender aos padrões de alta definição de imagem. "O mundo da televisão começa a ser mais parecido com o mundo da definição de cinema", afirma José Chaves, engenheiro-técnico da TV Cultura. "Um erro no cenário, que não se percebe na televisão analógica, passa a ser visível". Assim, a produção exige maior cuidado. "Quando você passa para HD, tem que maquiar melhor, iluminar melhor, tudo tem que se fazer melhor. Os cenários não podem ter nenhum errinho", diz Carlos Fructuoso, do Fórum SBTVD.

"Os envolvidos no processo de implantação tinham a expectativa de que haveria uma grande demanda. E era o que se lia na imprensa", diz o executivo. "Eu acreditava numa demanda comedida muito relacionada ao fato de ser uma tecnologia nova".

No entanto, Walter Duran não acha que o desempenho da TV digital foi ruim em 2008. "Esse ano foi de muito sucesso. Bastante promissor para uma nova tecnologia", diz.

E a interatividade?

Assim como a fabricação de conversores equipados com o middleware Ginga, responsável por fazer o meio de campo entre o usuário e as aplicações interativas, investimentos em interatividade e multiprogramação também podem variar de emissora para emissora.

"Multiprogramação é modelo de negócio, cada emissora determina o seu. A Globo, que tem programação 'premium', jamais vai trabalhar com multiprogramação, o negócio dela é alta definição. Já a TV Senado ganha com a multiprogramação, porque pode exibir o plenário em um canal e as comissões em outro, já que quando tem CPI as comissões dão muito mais ibope que o plenário", prevê Carlos Fructuoso, integrante do Fórum SBTVD.

Emissoras já têm projetos em andamento

Quanto à interatividade, Valdecir Becker, da ITV, acredita que ela ainda irá passar pela avaliação do público antes de se tornar comum na programação aberta. "Globo e Record, principalmente, têm desenvolvido muito conteúdo interativo. A questão é se eles vão implantar o modelo que a população vai querer", diz.

TV digital completa um ano no Brasil, mas somente 0,5% da população tem acesso

02/12/2008 - 07h00
SILVANA SALLES | Para o UOL Tecnologia

Nesta terça-feira (2), a TV digital completa um ano de vida no Brasil. Estimativas da Eletros, associação que representa a indústria de eletrônicos, apontam que em 2008 foram vendidos 470 mil aparelhos aptos a receber o sinal digital —entre set-top boxes, televisores com conversor embutido, celulares e conversores portáteis. A cifra atinge cerca de 907 mil brasileiros, se considerarmos que cada televisor é usado por três a quatro pessoas da mesma casa.

O número ainda é pequeno, já que em um universo de 183 milhões de habitantes, 94,8% dos domicílios no país possuem televisão (segundo projeção do IBGE em 2007).

Mas por que a TV digital não pega?

Mesmo assim, figuras ligadas à implantação do sistema digital insistem em dizer que o processo é um sucesso. "Não tenho dúvidas de que está adiantado", diz Frederico Nogueira, presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, organização responsável pela implantação do sinal digital no país.

Carlos Fructuoso, que também integra o Fórum e é participante da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão, concorda e acrescenta que "a penetração no Brasil está bem superior ao primeiro ano dos Estados Unidos". Vale lembrar que a transição do sistema analógico para o digital nos EUA deverá ser completa em fevereiro próximo, quase 13 anos após as primeiras regulamentações sobre TV digital no país, de dezembro de 1996.

"Ninguém começou (o processo de transição) tão rápido quanto nós, e fizemos tudo com muito menos recurso financeiro. Na Europa, tudo foi mais lento ou teve subsídio do governo. Aqui não tem subsídio nenhum. Está andando muito bem com o que temos", afirma Fructuoso.

Atrasos e adiantos

Um cronograma divulgado em 2007 pelo Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, responsável pela implantação, previa que, até o fim deste ano, 18 capitais, incluindo Brasília, tivessem transmissões em sinal digital funcionando. A meta não se concretizou. Até hoje, apenas oito cidades inauguraram o sinal digital: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Manaus e Salvador. Florianópolis já está em funcionamento pouco mais de um mês antes da previsão inicial, mas a inauguração em 26 de novembro foi adiada por conta das fortes chuvas em Santa Catarina.

Questionado sobre a disparidade entre o número previsto no ano passado e o divulgado agora, Nogueira nega que a implantação do sistema esteja se dando em passos mais lentos do que o previsto. "O Fórum nunca fez nenhum cronograma. O que existe é um cronograma do Ministério das Comunicações, que não é para a implementação e sim para a outorga", diz o presidente da entidade.

Além dos locais citados, Campinas (interior de SP) terá sua primeira transmissão digital amanhã(3), cinco meses antes do previsto, tornando-se a primeira cidade a contar com o sinal fora do circuito das capitais. Cuiabá (MT) também estréia sua TV digital ainda este mês, segundo Nogueira.

Novidades dependem das emissoras

Nem todas as emissoras destas cidades transmitem a programação no sinal. Somente São Paulo tem todas as emissoras abertas (Cultura, SBT, Globo, Record, Rede TV, Gazeta, Band, MTV e MixTV) disponíveis para os receptores digitais. No extremo oposto, Manaus conta com programação transmitida em modo digital apenas pela Amazon Sat. Nem mesmo a afiliada da Globo no Amazonas entrou no ar digitalmente.

Emissoras já têm projetos em andamento

O Ministério das Comunicações (MC) informou, por meio de sua assessoria, que a implementação em cada cidade ou região depende do pedido de outorga de cada emissora. Assim, mesmo que a previsão de uma determinada cidade fosse entrar no sistema digital em maio, isto dependeria do interesse e possibilidade de cada empresa radiodifusora em iniciar os testes seis meses antes dessa data, por exemplo.

Quanto ao cronograma de pedidos, o MC afirma que a autorização para realizar testes pode ser requerida pelas emissoras antes da data determinada por uma portaria assinada em 2006. Por isso, as previsões do Fórum SBTVD podem tanto falhar para mais quanto para menos.

O caso à parte apontado pelo ministério é a Brasília, onde as emissoras que pediram a outorga já estão preparadas para iniciar as transmissões experimentais. O problema é que a torre de transmissão da cidade não comporta mais equipamentos. Os brasilienses terão de esperar até que a nova torre seja construída pelo governo do Distrito Federal.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Reino Unido lidera em TV digital

GAZETA MERCANTIL - COMUNICAÇÃO - SÃO
PAULO - 26/11/08 - Pg. C2


Estudo sobre o desempenho da indústria mundial da comunicação feito pelo The
International Communications Market Report, da Ofcom, órgão que regula esse
setor do Reino Unido, aponta que a internet de alta velocidade foi a área
que mais avançou nos negócios, tanto em termos de conexões como de receita,
embora com ritmo menos acelerado do que em anos anteriores. No Reino Unido,
por exemplo, o crescimento em 2006 foi de 20%, enquanto o índice no ano
seguinte foi de 14%.


Do total de domicílios monitorados na pesquisa, 56% têm conexões de banda
larga, contra 12% em 2002. A Holanda lidera com 81% dos domicílios, contra
66% do Canadá, 62% da Suécia, 61% dos EUA e 60% do Reino Unido. De modo
geral, entretanto, as taxas de crescimento do setor estão declinando.


O Japão está na dianteira entre os países desenvolvidos no que se refere à
oferta da próxima geração das redes de acesso à banda larga, com 85% da
população já servida por fibra ótica até a porta das residências. O país
lidera em número de aparelhos 3G, usados por 83% dos usuários de celulares.
O índice representa um aumento de 50% desde 2004, quando apenas 13% tinham
conexões de terceira geração. Em seguida vêm os mercados da Itália (27%),
República da Irlanda (26%) e Reino Unido (17%).


TV digital


A adesão às tecnologias digitais cresce a cada ano em todos os maiores
mercados. O Reino Unido, segundo do ranking de penetração de celulares,
agora é o número um em abrangência de TV digital: 86% dos domicílios recebem
sinais digitalizados (crescimento de 9 pontos percentuais), contra 70% dos
EUA (ganho de 9 pontos) e 66% da França, que foi o país com maior expansão
(aumento de 13 pontos).


Populares


Os britânicos também lideram em gravadores digitais de vídeo (DVRs), que
permitem parar uma programação, gravar, armazenar e avançar atrações de TV.
O aparelho está em 30% dos domicílios do Reino Unido, comparados a 21% na
Itália e 20% nos EUA e Canadá. Os DVRs são menos populares na Alemanha (11%)
e no Japão (13%).


Graças à crescente popularidade dos serviços pagos de TV e à adesão aos
gravadores digitais, o relatório de 2007 trouxe um dado novo. Pela primeira
vez, a veiculação de propaganda originou menos de 50% da receita total de
TV, que recuou ligeiramente para 49% (US$ 162,2 bilhões). Já a receita de
assinaturas avançou 2%, para representar 43% do total (US$ 142,1 bilhões).


Pacotes


Quanto ao preço das assinaturas do chamado pacote "triple-play" -- TV,
telefonia e internet --, os britânicos também são os mais favorecidos. Um
típico pacote de serviços, que inclui uma linha fixa, quatro celulares, TV
por assinatura básica e banda larga custa US$ 208,20 mensais.

Futuro clube dos televisiona´rios

*O futuro clube dos televisionários *
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA FED. - ONLINE - 25/11/08


Carlos Alberto Teixeira


AESP - O Portal da Radiofusão


A convergência já é uma realidade. As diferentes mídias estão se afunilando
em dispositivos portáteis que até se parecem com os antigos telefones
celulares, mas que já são muito mais do que isso.


Smartphones? Computadores palmares? Minitransmissores de TV? Sim, sim e sim.
Trata-se de uma mistureba de engenhocas avançadas dispostas num
empacotamento que cabe na mão, misturando dezenas de funções, sendo que
apenas uma delas é telefonar sem fio. Mas e os sistemas que funcionam nos
bastidores? Que estrutura é essa capaz de proporcionar experiências reais de
convergência utilizando a tecnologia disponível hoje? Recentemente, na Barra
da Tijuca, esteve montado um road show para apresentar a solução da Ericsson
para o que a empresa chama de "Experiência Individual de TV".


A Ericsson recebeu nesse ambiente high-tech uma romaria de representantes de
operadoras de celular, emissoras de televisão e empresas de telecomunicações
- cada grupo em separado, é claro. Essa turma toda está de olho em soluções
completas de convergência e em breve desfrutaremos desses serviços avançados
- mediante pagamento, naturalmente.


Com a convergência, assistir à TV está deixando de ser uma experiência
passiva, tornando-se uma atividade interativa a ser desenvolvida a qualquer
hora, em qualquer lugar e num amplo leque de dispositivos preparados para
tal, independentemente de qual seja o fabricante do aparelho.


O usuário poderá assistir no celular, com razoável qualidade de imagem e
áudio, a uma atração na TV e, num dado momento préprogramado pela emissora
ou operadora, entrará na tela um banner clicável abrindo uma votação,
oferecendo um brinde ou vendendo um produto ou serviço relacionado ao tema
do programa sendo veiculado.


A experiência de TV interativa flutuará entre três modalidades de exibição -
o telão LCD da sala de estar, a tela do notebook e a telinha do celular. O
usuário passará a ser "prosumidor" (produtor e consumidor) de conteúdo
digital, podendo gerar imagens que alimentarão em tempo real as entradas de
vídeo e áudio de uma grande emissora.


Um dos subsistemas apresentados foi o MeOnTV, criado em parceria com a
Endemol, empresa holandesa criadora do formato "reality TV" de programas
como o Big Brother. Um laptop, funcionando como mesa de edição mediando as
várias entradas de áudio/vídeo, repassa videochamadas e exibe as imagens
captadas nas TVs dos espectadores.

Avaliação TV Digital no Brasil

Novo presidente do Fórum SBTVD faz avaliação positiva da transição
27/11/2008, 18h17
"O middleware é um grande alvancador da TV digital", diz Frederico Nogueira, novo presidente do Fórum SBTVD, ao explicar que esta é uma das questões prioritárias para o grupo nos próximos meses. Em relação à proposta de distribuir equipamentos com uma versão preliminar do Ginga, Nogueira diz que não descarta a alternativa, mas que é necessário ter cautela. "Não podemos correr o risco de deixar legado", diz. Segundo ele, as normas do middleware devem estar publicadas em 2009, com a chegada dos primeiros equipamentos ao mercado no final do ano.
Frederico Nogueira conta ainda que o Fórum deve lançar em janeiro uma campanha publicitária para divulgar os benefícios da TV digital. "Mostrar e diferença entre uma TV em cores e uma em preto e branco é fácil. A diferença entre 480 e 1080 linhas, é complicado até para profissionais do setor. Explicar o ganho é um trabalho de catequese", diz. Segundo ele, outra campanha deve ser lançada quando os equipamentos com o Ginga chegarem ao mercado.

Balanço

O novo presidente do Fórum SBTVD faz uma avaliação "altamente positiva" do primeiro ano da TV digital no Brasil. "Já existe transmissão digital em várias capitais. Semana que vem começa em Campinas, que será a primeira cidade do interior", diz. A meta é atingir as 27 capitais até o final de 2009. Questionado se a oferta de conteúdo em alta definição é suficiente para atrair o telespectador e fazer com que invista em um novo equipamento de recepção, Nogueira diz que a oferta é crescente. "Se não fosse assim, aí eu ficaria preocupado. Hoje há uma emissora 100% HD. Quando as redes lançarem suas novas programações, em abril, certamente a oferta de conteúdo em alta definição crescerá substancialmente", diz.
Para Nogueira, os dois primeiros anos do Fórum SBTVD foram para definir as regras do jogo. "Agora é o momento de jogar". Fernando Lauterjung - PAY-TV News

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Banda Larga nas Escolas

Programa já tem 9,6 mil escolas conectadas
25/11/2008, 19h10
Sobre o programa Banda Larga nas Escolas, o balanço parcial do terceiro trimestre é o seguinte: estavam conectadas pelo programa 9.644 mil escolas, sendo 4.476 pela Oi, 2.170 pela Telefônica, 2.758 pela Brasil Telecom, 309 pela CTBC e 54 pela Sercomtel. Há problemas com algumas prefeituras, que estão recusando a instalação dos acessos banda larga (caso de Porto Alegre), e também problemas com projetos estaduais semelhantes (como em São Paulo). Até o final do ano, a previsão é que o programa tenha chegado em 22 mil escolas. Samuel Possebon - PAY-TV News

Blockbuster lança set-top para video-on-demand nos EUA

25/11/2008, 17h15
A Blockbuster lançou nos EUA um set-top box que permite que seus usuários façam downloads de filmes em alta definição e assistam os conteúdos diretyamente em suas televisões.
A locadora vende o set-top, com um pacote de 25 filmes incluído, por US$ 99.
A rede ainda não divulgou quantos filmes estarão disponíveis no acervo para download. A Blockbuster já oferecia o serviço de "locação virtual" com o download de filmes para o computador. Com a nova caixa, o serviço se assemelha a um video-on-demand de TV a cabo.
A maior concorrente da Blockbuster nos EUA, a Netflix, que oferecia originalmente a entrega de DVDs pelo correio (serviço que mantém), conta com mais de 12 mil filmes em seu acervo para download, também diretamente ao set-top box.
A caixa da Blockbuster se conecta à rede por cabo ou Wi-Fi, e tem saídas de vídeo componente e HDMI. Da Redação - PAY-TV News

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Curso TV 2.0 - A Reinvenção da TV - janeiro 2009

De 5 a 8 de Janeiro 2009 acontecerá na ESPM o curso TV 2.0 - A reinvenção da TV, ministrado pela prof. Ana Lucia Fugulin.

Objetivos: Apresentar e discutir, do ponto de vista de comunicação, as novas tecnologias que estão sendo disponibilizadas para o mercado. Entender quais os impactos da digitalização em várias áreas do conhecimento. Como explorar essas novas oportunidades do ponto de vista de comunicação e de educação.

Metodologia: apresentação e análises de conceitos, apresentação de players do mercado - palestras, discussão e debate dos temas tratados.

Programa – TV Digital, DVR, IPTV, TV Móvel, VoD – vídeo on demand, móbile marketing, digital silent, interatividade, tendências gerais de consumo das novas mídias.

Mais detalhes: www.espm.br/cursodeferias

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Conversor da NET traz TV a cabo em HD

18/11/08

O decodificador de TV a cabo do serviço NET Digital HD Max sintoniza TV digital sem precisar de antena e ainda grava o conteúdo de forma agendada ou instantânea, com direito a pausa ao vivo. Os menus intuitivos e a integração com a grade de programação tornam a operação facílima. A qualidade das imagens é excepcional.

Nos testes do INFOLAB, a recepção dos canais em HD foi quase sempre perfeita. Apenas em um filme com áudio 5.1 ocorreram breves congelamentos, mas não a ponto de comprometer a experiência. O ruim é que, além de 160 GB ser pouco para gravar atrações em alta definição, não dá para editar o material. Apesar de trazer portas Ethernet e USB, no momento, elas não têm função.

Para usufruir do NET Digital HD Max, é preciso ser assinante da NET Digital, pagar uma taxa de adesão (799 reais) e mais 19,90 reais por mês. O serviço está disponível nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Campinas, Curitiba e Florianópolis.

Fonte: Plantão INFO

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Publicidade chega às páginas do orkut

14/11/08

Após discussões exaustivas sobre publicidade no orkut, o Google resolveu implantá-la em massa nos perfis e comunidades do site.

O sucesso da rede social no Brasil parece finalmente ter encontrado uma forma para obter receita financeira, depois da gigante da internet ter enfrentado diversos problemas com a Justiça devido aos conteúdos inadequados postados por usuários.

Desde a última segunda-feira (14), o orkut publica anúncios no site. Anteriormente, a exibição de anúncios não era frequente e restrita à um grupo de testes.

A estréia da publicidade na rede social mais popular do país ocorreu sem alarde e obedece ao critério de palavras-chave do Google. Quem está em uma comunidade de empregos, visualizará anúncios de trabalho, por exemplo.

Com informações do Plantão INFO

"TV digital frustrou os brasileiros"

14/11/08
O diretor para a América do Sul da fabricante de chips que equipa os produtos da Proview, Ricardo Tortorella, afirmou que as vendas de conversores no país ainda não emplacaram e devem continuar no mesmo ritmo lento em 2009.

Em entrevista ao Plantão INFO, o executivo disse que uma grande expectativa foi criada em torno dos benefícios e da qualidade da TV digital antes de seu lançamento, mas os consumidores ficaram "frustrados após utilizá-la". Tortorella acredita que a propaganda boca-a-boca acabou prejudicando o comércio das peças.

Segundo ele, "toda tecnologia quando estréia leva um tempo para se popularizar e há poucas cidades transmitindo o conteúdo da programação em sinal digital". O diretor também afirma que a iniciativa do governo de baratear o custo dos aparelhos acabou contrariando as leis de mercado.

Apesar disso, Ricardo ainda enxerga três fatores que podem contribuir para a popularização da TV digital: a introdução das ferramentas de interatividade na TV, a melhor oferta de conteúdo e de sinal de qualidade e uma campanha que explique para a população o que é a TV digital e quais são seus benefícios. “Uma minoria da população conhece hoje o que a TV digital pode fazer”, diz Ricardo.

As projeções do Fórum Brasileiro de TV digital indicaram que, até o final deste ano o sinal das redes abertas atenderá 40 milhões de usuários, mas só uma minoria, cerca de 1,6% ou 650 mil usuários migrou para o sistema digital.

Redação Adnews

Tecnologia de Minority Report vira realidade

17/11/08

O sistema operacional g-speak, controlado por gestos das mãos, sai direto da tela do cinema para a vida real.

A startup Oblong Industries, que nasceu dentro Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), apresentou oficialmente nesta semana a tecnologia, que revoluciona a interface entre humanos e máquinas.

O vídeo exibido no site da empresa mostra pessoas arrastando objetos e manipulando imagens virtuais, sem tocar em nenhuma superfície real – mais ou menos como fazia o personagem de Tom Cruise, em Minority Report.

A semelhança não é mera coincidência. Segundo o site da Oblong, membros da equipe que produziu o longa de Steven Spielberg estiveram no MIT vendo como funcionava a tecnologia, que já vinha sendo estudada desde meados da década de 1990.

O g-speak é definido por seus criadores como um “ambiente operacional espacial”, que ajuda os programadores a escrever aplicativos que usam input gestual, que funcionam em grandes telas e com múltiplos usuários simultâneos. Um vídeo no site da Oblong dá uma boa idéia de como funciona a tecnologia.

As aplicações incluem análise de grandes grupos de dados, operação de interfaces de terceira dimensão, aplicações colaborativas, integração de múltiplos computadores em ambientes unificados de trabalho de grande escala e desenvolvimento de aplicativos que rodam interativamente sobre redes corporativas.

A empresa não detalha seu modelo comercial, mas afirma que o sistema já está em uso em empresas do ranking das 50 maiores da Fortune, no governo e em universidades.

O site diz ainda que o kit de desenvolvimento para o g-speak roda tanto em Linux quanto em Mac OS X e oferece contato para parcerias.

Fonte: Plantão INFO

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Disney lança versão em português de mundo virtual para criança

12/11/2008, 17h04
A Disney lançou oficialmente nesta quarta-feira, 12, em São Paulo, a versão em português do Club Penguin, mundo virtual criado em 2005 no Canadá e adquirido em 2007. No endereço www.clubpenguin.com/pt/ , os usuários escolhem um avatar de pingüim, jogam, batem papo e interagem com os amigos. "A versão em inglês de Club Penguin tem cerca de 500 mil usuários brasileiros, pensamos que fazia sentido lançar a primeira versão não-inglesa do site em português, com foco nas crianças brasileiras", disse Lane Marrifield, vice-presidente executivo e diretor geral da Disney Online Studios e um dos fundadores de Club Penguin. Segundo o executivo, nos próximos meses, o site deve ganhar versões também em outros idiomas. Os próximos devem ser o francês e o espanhol.
A atualização dos jogos e atividades é semanal e será feita simultaneamente em inglês e português. De acordo com Marrifield, há uma equipe de 250 pessoas espalhadas nos escritórios de Club Penguin em Kelowna (Canadá), Brighton (Reino Unido) e Sidney (Austrália), desenvolvendo atividades e monitorando a navegação dos cerca de 6 milhões de usuários do site. Uma equipe de 11 pessoas cuidará das operações do site no escritório de São Paulo. Os pais também podem visualizar o histórico de navegação dos filhos no site e programar o tempo que eles podem passar brincando no mundo virtual.

Offline

O registro e os jogos são gratuitos, mas para ter direito a certos recursos, como comprar roupas ou decorar um iglu, é preciso fazer uma assinatura mensal (R$8,95), semestral (R$44,95) ou anual (R$84,95). Não há anunciantes no mundo virtual e a assinatura é uma fonte de recursos para manter as operações. Outra fonte de receitas são os licenciamentos. Segundo Marrifield, os brinquedos de Club Penguin devem chegar no Brasil, mas ainda não há data definida. No final de novembro, será lançado o game Club Penguin para o Nintendo DS, em que o jogador terá as experiências do mundo virtual offline e poderá acumular moedas para usar também na Internet.
A edição de novembro da revista TELA VIVA, que circula na segunda quinzena do mês, trará uma reportagem sobre as iniciativas dos produtores de conteúdo audiovisual infantil em novas plataformas. Da Redação - PAY-TV News

Aneel libera banda larga na rede elétrica mesmo sem regras

Essas novidades poderão agilizar vários outros serviços!

Regulamentação
Aneel libera banda larga na rede elétrica mesmo sem regras
13/11/2008, 19h47
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pretende colocar em consulta pública uma proposta de regulamentação do serviço de transmissão de dados pela rede elétrica – conhecido pelas siglas PLC ou BPL. A consulta, no entanto, ainda não tem data para ser lançada.
O ponto principal a ser regulamentado, no entanto, diz respeito à utilização de radiofreqüência de modo que não interfira em outros serviços prestados na mesma faixa. A Anatel deu um importante passo nessa etapa com o consulta pública que terminou no dia 30 de setembro. A expectativa do setor é que no início do ano saia a regulamentação por parte da agência do setor de telecom. Do lado elétrico, a questão parece ser mais simples, tanto é que, conforme apurou este noticiário junto à agência, a Aneel permite que as empresas iniciem a oferta comercial do serviço mesmo sem a regulamentação da sua parte.
O ponto central sob o ponto de vista da concessão das empresas de energia é o uso compartilhado das redes. Como a legislação atual do setor elétrico impede os distribuidores de energia de prestarem qualquer serviço que não seja o de distribuição, é preciso definir quem vai explorar esse serviço, se empresa do mesmo grupo econômico da distribuidora ou terceiros. Outro ponto importante diz respeito à cobrança pelo uso da rede: se haverá livre negociação, como ocorre atualmente nos contratos de compartilhamento de infra-estrutura, ou se haverá regra específica sobre isso. Essa discussão terá que envolver, necessariamente, a Anatel, conforme nota da Aneel.
A agência ainda informa que com a introdução do PLC, as distribuidoras de energia conseguem outras fontes de receita com o aluguel das suas instalações, o que representa ganhos para as empresas que obrigatoriamente tem de se reverter em modicidade tarifária para os clientes. Helton Posseti - PAY-TV News

Banda larga
AES Eletropaulo entrará no mercado com rede PLC
13/11/2008, 16h53
A AES Eletropaulo Telecom anunciou nesta quinta-feira, 13, que oferecerá sua infra-estrutura a prestadores interessados na oferta de banda larga pela rede elétrica.
A empresa tem a tecnologia implantada em 300 prédios em São Paulo, com 150 clientes utilizando de fato o serviço em caráter de teste. A oferta comercial deve acontecer no primeiro trimestre de 2009. A companhia investiu R$ 20 milhões nos testes que incluem os equipamentos adquiridos da norte-americana Current, e uma expansão da rede óptica de cerca em 70 km.
A AES Eletropaulo não vai prestar o serviço diretamente ao cliente final, mas sim oferecer a infra-estrutura às operadoras e prestadoras de serviços interessadas em fazê-lo. Teresa Vernaglia, diretora-geral da Eletropaulo Telecom, afirma que não tem interesse em competir com os atuais clientes. A companhia hoje tem uma rede de fibra óptica com 2 mil quilômetros de extensão e fornece capacidade de backhaul e acesso às concessionárias de telefonia e às operadoras móveis.

Modelos

A companhia chama o serviço de BPL (Broadband Poweline) que é a nomenclatura européia, enquanto que PLC é mais usado nos EUA, conforme explica Teresa. Foram desenvolvidos dois modelos de topografia de rede para o uso da BPL. No modelo out build, o equipamento que insere o sinal de dados na rede elétrica fica no poste de energia, logo depois do transformador. Em São Paulo, cada transformador atende em média 1,8 edifício. Sendo assim, uma vez colocado o equipamento, todos os apartamentos desses prédios ficam automaticamente "iluminados". No modelo in-build, o equipamento é instalado na sala de medição do condomínio, iluminando todos os apartamentos automaticamente, já que o sinal de dados é distribuído junto com a energia. Para o serviço ser prestado nesse segundo modelo, a fibra óptica tem que chegar até o prédio. A vantagem do in-build é que os equipamentos já são homologados pela Anatel.

Consulta pública

A consulta pública que criou as especificações técnicas para o modelo out-build terminou em 30 de setembro. Teresa afirma que o importante da consulta é que ela determina as condições técnicas dos equipamentos, o que dá segurança aos fabricantes para produzi-los e garante a interoperabilidade entre os fornecedores. Com relação à Aneel (a agência reguladora do setor elétrico), Teresa explica que como a solução in-build não usa a rede elétrica pública (objeto da concessão), e sim a do prédio, não há problemas. Ela disse que Anatel e Aneel têm conversado sobre o modelo que usa a rede elétrica pública, mas até a Aneel não se pronunciou publicamente sobre o assunto.
Teresa não vê problema do serviço ser prestado em caráter secundário – conforme definido pela consulta pública. "Não consideramos que isso seja um fator crítico para adoção da tecnologia. O nível de interferência é muito baixo", diz ela.

Vantagens

A executiva explica que para as operadoras, a vantagem da solução é que ela pode chegar até áreas onde hoje a oferta de banda larga pelos meios tradicionais é deficiente. A executiva citou algumas regiões com essa características que poderiam ser atendidas pelo BPL como Granja Viana, Morumbi, Alphaville e Alto da Boa Vista – todas em São Paulo. Além disso, a solução tem a vantagem de não precisar de nenhum tipo de cabeamento nos prédios, o que é um fator crucial em edifícios mais antigos.
Do ponto de vista do usuário – conforme indicou pesquisa feita com os participantes do teste – um benefício apontado é que a banda larga fica disponível em qualquer tomada da casa. Teresa reconhece que com relação à mobilidade, na prática as pessoas podem colocar um roteador wi-fi, mas frisa que o benefício de ter a rede em todas as tomadas apareceu na pesquisa. Outro benefício levantado pelos usuários do teste é a ausência de cabos pela casa. A executiva afirma que foram criados filtros para impedir que os equipamentos elétricos interfiram no desempenho da rede de dados. Segundo ela, isso acontecia no começo. Outra questão importante é que a velocidade de download é a mesma que de upload, o que não acontece no ADSL.

Helton Posseti - PAY-TV News

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Globo vai produzir conteúdo para celular

27/03/2008 - 09h14
Globo vai produzir conteúdo para celular, diz Outro Canal
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da Folha Online

A Globo começará até o final do ano a produzir conteúdo para telefones celulares, confiante em boas vendas de telefones receptores de TV digital, a serem lançados nos próximos meses, informa na edição desta quinta-feira a coluna Outro Canal, de Daniel Castro, na Folha de S.Paulo --conteúdo na íntegra disponível para assinantes.

A expectativa da Globo está baseada em uma pesquisa, feita em São Paulo, que mostrou que 80% do público estaria disposto a comprar celulares receptores de TV.

Octavio Florisbal, diretor-geral da Globo, disse que a emissora precisa produzir o quanto antes conteúdo específico para celulares e miniTVs digitais. Ele informou ao colunista que o conteúdo seria composto de pequenos programas, que seriam inicialmente veiculados nos intervalos da programação tradicional.

"Éramos felizes e não sabíamos"

25/08/2008 - 08h52
"Éramos felizes e não sabíamos", diz diretor da Globo sobre novas mídias
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DIÓGENES MUNIZ
enviado especial da Folha Online ao Rio

A multiprogramação na TV digital não é uma opção para a Rede Globo, pois não trará mais anunciantes. A afirmação é do diretor de engenharia da emissora carioca, Fernando Bittencourt. Segundo o executivo, que debateu o assunto no Rio, os radiodifusores sentem saudades do tempo em que não havia ameaça das novas mídias ao seu modelo de negócios.

"No cenário de mídia, falando do passado, nós éramos felizes e não sabíamos. Isso há dez, 15 anos. A única forma de ver televisão era pelo ar", disse, lembrando o avanço da internet. Bittencourt participou na sexta-feira (22) do painel "Grandes Redes no Ambiente Digital", do 5º Fórum Internacional de TV Digital, ao lado de Frederico Nogueira, vice-presidente da Band, José Marcelo do Amaral, diretor de tecnologia da Record e Alexandre Sano, executivo de tecnologia do SBT.

Divulgação

"A TV aberta sobrevive de publicidade", lembra diretor global Fernando Bittencourt
O diretor global tentou convencer a platéia de que as emissoras não perdem audiência com as novas opções de informação e entretenimento --como DVDs e vídeos pela internet. Apresentando dados dos EUA, afirmou que a porcentagem de pessoas que vêem TV diminui, "mas a pizza da mídia cresce" --ou seja, fatiá-la em mais pedaços não teria afetado o número telespectadores.

Hoje, o Brasil tem quase 23 milhões de pessoas acessando a rede de casa. Segundo o Ibope, o crescimento no número de internautas tira pessoas da frente da TV no país.

Ao falar sobre a possibilidade de emissoras comerciais transmitirem mais de uma programação no mesmo espectro, o executivo recorreu à mesma metáfora culinária, mas para dizer o contrário. Segundo ele, não há motivo para as TVs oferecerem mais programações já que, neste caso, a "pizza continuará a mesma", com o mesmo número de anunciantes.

Milagre

Para a Globo, apesar de o sistema nipo-brasileiro de TV digital dar chance de transmitir quatro programações diferentes no mesmo espectro (em definição "standard", em vez de alta definição), isso está fora de cogitação.

"A TV aberta sobrevive de publicidade --essa não sabe se é analógica ou digital, quem sabe é a gente. Nós não temos dinheiro novo na TV digital. Então, se você assumir a multiprogramação, significa que o dinheiro que a gente tem é o mesmo para produzir mais de um, dois programas."

Julia Moraes/Folha Imagem

Para Globo, multiprogramação na TV digital não é uma opção comercialmente viável
De acordo com Bittencourt, "não tem muita razão a multiprogramação". "Com ela, você abre mão da alta definição --isso para mim é fatal. Entre uma e outra fico com a qualidade [de imagem]." Ao optar pela alta definição, as emissoras também evitam que novos "players" entrem em seu mercado.

Como de praxe, os representantes dos radiodifusores aproveitaram o evento para defender escolha do sistema nipo-brasileiro de TV digital com afinco, chegando a arrancar risadas da platéia. "É um milagre, gente", disse aos berros o vice-presidente da Band, Frederico Nogueira, sobre a nova transmissão.

A possibilidade de transmitir pelo menos quatro canais digitais na mesma radiofreqüência ainda está obscura mesmo para quem pretende empregar essa modalidade: as TVs públicas. Quase nove meses após o início das transmissões, há pouca definição governamental sobre o que pode ser feito para iniciar o uso de programações simultâneas por um mesmo radiodifusor.

O jornalista viajou a convite da IETV (Instituto de Estudos de Televisão)



Livro mostra como internet, jogos eletrônicos e celulares mudam nossa vida; leia introdução
Entenda os TEMAS ATUAIS da ciência em livro de Marcelo Gleiser

essa declaração de que não compensa uma emissora oferecer mais opções aos telespectadores mostra que a escolha do padrão japonês foi mais um erro cometido pelo brasil, foi para matar a mídia independente e manter a panelinha atual, mas se esse país evoluir como todos esperamos, o tiro vai sair pela culatra, a própria televisão brasileira vai enfraquecer, já que continuaremos tendo pouquíssimas opções na tv e o brasileiro mais endinheirado e mais culto vai ter nojo de tv (já acontece hj), ninguém mais vai ter o aparelho de tv em casa daqui 20 anos quando a web tiver conexão à 200 megas... pelo bem de todos nós.

TV Digital Interativa em 2009

Publicado em: 17/09/2008 10:49
Redação Portal IMPRENSA

Globo pretende implantar TV digital interativa em 2009 com "Big Brother Brasil"
A Rede Globo quer implantar a interatividade da TV digital no início de 2009 com o reality show "Big Brother Brasil". Segundo reportagem do site Tela Viva News, a emissora realiza reuniões diárias para criar uma definição do conteúdo e das telas interativas.

A Band também demonstra um movimento para começar a utilizar a interatividade. De acordo com o diretor Luis Renato Olivalves, a equipe responsável pela área já está começando a ser montada. Por enquanto os testes são feitos com o conteúdo jornalístico do canal, informou o site AdNews.

As duas emissoras não têm idéia de como a interatividade pode modificar seus modelos de publicidade atuais, o que tem gerado debates nas duas redes de televisão.

A Band já definiu que a interatividade nos intervalos comerciais não poderá ter tela cheia, para que os próximos comerciais programados sejam exibidos. Apenas o último comercial do break poderá ter interatividade em tela cheia e a interatividade dos programas será cortada quando os intervalos entrarem no ar.

Na TV Globo ainda não se teria chegado a um consenso a respeito da interação digital.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O futuro da TV está mesmo na internet

31/10/08

A era do vídeo na internet tem sido cada vez mais aproveitada pelas emissoras de TV. Novos modelos de negócio atraem publicidade e marketing, de olho na grandiosa visibilidade de sites como YouTube, que por mês recebe cerca de 300 milhões de acessos.

O tema virou reportagem publicada pelo portal Exame e assinada por Camila Fusco.

Confira na íntegra:

"A verdadeira TV digital

É difícil acreditar, mas o YouTube nasceu há apenas três anos e meio. Nesse curtíssimo período, tornou-se arma fundamental das campanhas políticas, virou uma fonte de inovação na publicidade e no marketing, deu origem a um bocado de celebridades improváveis - e representou a perda de alguns pontos nas estatísticas de produtividade. Comprado pelo Google em 2006 por 1,65 bilhão de dólares, o YouTube recebe 300 milhões de visitas por mês. Por ano, o site exibe 4,2 bilhões de vídeos. Os números de audiência são grandiosos, mas os resultados nem tanto.

O portal deve faturar neste ano entre 200 milhões e 250 milhões de dólares, uma pequena fração dos cerca de mais de 15 bilhões de dólares que o Google deve faturar neste ano. Mas a primeira fase dos vídeos online, marcada por grandes volumes de acesso e pouco dinheiro, está ficando para trás. Chegou a vez do vídeo 2.0. Depois de assistir à dolorosa transição das gravadoras para o mundo digital, estúdios de cinema e emissoras de televisão testam fórmulas para colocar seus conteúdos na rede de forma segura e rentável. nullAs perspectivas são animadoras.

O site americano Hulu é um dos melhores exemplos de que chegou a vez do conteúdo profissional na internet. Criado no ano passado pelas emissoras Fox e NBC Universal e colocado no ar oficialmente em março, o portal - por enquanto limitado aos Estados Unidos - reúne trechos e episódios completos de programas como Saturday Night Live, Friends, Os Simpsons e Heroes. O usuário acessa de graça pelo navegador de internet mais de 900 vídeos de cerca de 100 parceiros, e, em alguns casos, logo no dia seguinte da exibição do programa na TV. Mensalmente, o Hulu exibe mais de 120 milhões de vídeos, quase sempre acompanhados de alguma publicidade.

O resultado será um faturamento de 90 milhões de dólares já em seu primeiro ano de operação. É uma quantia ínfima diante das receitas de uma emissora aberta, mas muito mais importante que as receitas, neste momento, é acertar no equilíbrio entre a proteção dos direitos autorais e a conveniência do usuário. Nesse ponto, o Hulu é sucesso absoluto. Os anúncios não irritam o usuário, em virtude da política de colocar até um quarto do volume de publicidade tradicional da TV no site. nullProdutores que eram reticentes em divulgar seus conteúdos na internet descobriram que a rede pode ser uma poderosa aliada.

No ano passado, a audiência mundial de vídeos online chegou a 137,5 milhões de internautas e a projeção é de 190 milhões em 2012. "Sites como o Hulu tendem a servir de inspiração. Os produtores e as emissoras querem ter controle sobre seus conteúdos na internet, querem saber sobre como eles são monetizados e como está a experiência do usuário. Assim, devem criar os próprios portais", diz James McQuivey, vice-presidente de pesquisas da consultoria Forrester Research. No Brasil ainda não existe nenhum Hulu, mas emissoras e portais de internet já arriscam seus próprios modelos.

O site de vídeo de conteúdo profissional com maior popularidade é o Globo Vídeos, que registrou 8,2 milhões de usuários em junho, segundo a empresa de pesquisa comScore. O site abriga 90% da programação da Rede Globo e da Globosat e tem quase 100 milhões de vídeos visualizados por mês.

Somente os assinantes do portal Globo.com, porém, acessam a íntegra dos programas. O portal Terra tem investido em parcerias com emissoras como ESPN e CNN, estúdios como Walt Disney e Warner, além de séries de grande sucesso, entre elas Lost e Desperate Housewives. Uma das apostas do portal tem sido as transmissões ao vivo, como os jogos dos campeonatos alemão e português de futebol e os grandes eventos esportivos.

"A Copa do Mundo, dois anos atrás, foi o pontapé inicial para a massificação desse conteúdo produzido profissionalmente e os Jogos Olímpicos vieram consolidar esse momento", diz Paulo Castro, diretor-geral do Terra. Neste ano, durante os Jogos de Pequim, 15 milhões de internautas acessaram 28,5 milhões de vezes os vídeos no portal. Para o ano que vem, o Terra deve estrear um modelo inédito no país. Um contrato com a Disney prevê que, assim que o episódio de uma série for ao ar nas emissoras a cabo, ele será imediatamente colocado online e ficará disponível por uma semana. "Será a forma mais imediata de o usuário que perdeu o episódio na TV assistir pela internet", afirma Castro.

Os limites entre televisão e internet também estão cada vez mais estreitos no que diz respeito à qualidade da imagem. Novas tecnologias têm contribuído para essa experiência, como o Silverlight, da Microsoft, que promete melhorar a visualização de animações, gráficos e aplicações de áudio e vídeo. O Hulu tem uma galeria com conteúdo em alta definição e permite que o usuário conecte o PC ao televisor e assista aos programas acomodado no sofá. Para quem produz os vídeos, as novas tecnologias são favoráveis por permitirem a criação de novos formatos de publicidade.

"Veremos um duelo cada vez maior entre tecnologias pela publicidade online", diz Reynaldo Fagundes, diretor da LabOne, empresa de tecnologia para mídias online. Mas, ao mesmo tempo que novas tecnologias melhoram a qualidade do vídeo online, ter uma infra-estrutura apropriada de internet de alta velocidade é necessário para disseminar a cultura do consumo desse material. No fim do segundo trimestre, o Brasil tinha quase 9 milhões de conexões de banda larga, volume pequeno para os mais de 40 milhões de usuários de internet no país.

A deficiência interfere no consumo médio de vídeos online: os brasileiros navegam 7,9 minutos por visita a esses sites, atrás da média mundial de 11,2 minutos. Segundo Alex Banks, diretor da comScore para a América Latina, enquanto a massificação de banda larga não acontecer, não será fácil existirem serviços gratuitos de vídeo parecidos com o Hulu, já que o investimento no conteúdo pode não compensar em virtude do alcance. Serviços pagos de música e vídeo como o iTunes, da Apple, também podem não estrear por falta de escala. "O Brasil está no radar de emissoras e estúdios, mas para compensar a aposta seria necessário mais banda larga", diz. Enquanto os sites de vídeos produzidos começam a decolar, surgem perguntas sobre o futuro dos sites de conteúdo gerado pelo usuário, como o YouTube. "Muitos anunciantes não querem ser associados a seus vídeos.

Por outro lado, quem anuncia no Hulu ou no Joost - outro serviço americano de conteúdo profissional - está satisfeito de estar próximo de conteúdos não populares", afirma McQuivey, da Forrester. O YouTube já tem parcerias com emissoras para canais dedicados à programação - como Globo e Band, no Brasil. Esse é um dos trunfos para selecionar o conteúdo no qual os anúncios vão aparecer. Em outubro, criou nos Estados Unidos outros quatro formatos de anúncio. "É um começo, mas não é o suficiente", diz McQuivey.

A publicidade em vídeos online atingirá 1,2 bilhão de dólares neste ano e pode chegar a 4,5 bilhões em 2012, segundo a consultoria eMarketer. Isso significa que a internet ficará cada vez mais poderosa. Os vídeos online vão mudar a relação dos usuários com a internet e também a experiência da TV, ditando as regras sobre quem e como ganhará dinheiro. Quem tiver o modelo de negócios bem elaborado será inevitavelmente o campeão de bilheteria."

Por Camila Fusco - Revista Exame

TV digital atinge apenas 0,3% da população

04/11/08

Dados divulgados pelo Fórum SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital) nesta terça-feira (4) mostraram que apenas 645 mil espectadores terão acesso à TV digital até o final de 2008. Dessa forma, o sistema de transmissão completará um ano em operação atingindo somente 0,3% da população brasileira .

As informações foram baseadas em dados da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).

Os dados ainda incluem as estimativas de vendas de receptores fixos até dezembro. A associação prevê a venda de mais 150 mil receptores. Calcula-se que cada aparelho seja utilizado por 3,3 telespectadores. Também foram considerados 150 mil receptores móveis (como de celulares).

Segundo o Fórum SBTVD, a a transmissão chegará mas não será interativa. Isso porque o sistema de interatividade Ginga ainda está em fase de especificações.

Redação Adnews, com informações da Folha Online.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Debate Interativo

Queria compartilhar com vcs algumas observações de recentes inovações na TV nossa do dia a dia.

No debate de ontem dos "presidenciáveis" dos EUA transmitido pela CNN, seguiu o formato ''town hall meeting'' (em tradução literal, “um encontro na prefeitura”), uma expressão para designar um debate com a participação da platéia.

Além disso, houve a possibilidade dos telespectadores que estavam assistindo em HD votarem no painel de aceitação, que ficava ao vivo, direto, com visualização em gráfico no vídeo (parte inferior) . Além deles, um grupo de eleitores indecisos (25) , que ficaram em uma sala em outra cidade, tb influenciavam o placar. Era dividido por sexo, assim, o público podia ver quais temas e assuntos interessavam mais ao público masculino e feminino.

Foi muito interessante ver a interação ao vivo no ar.

No início tb foi apresentado um painel digital interativo, com movimentos semelhantes ao do filme Minority Report. Muito legal.

Outras emissoras tb transmitiram o debate (BandNews, CNN Espanõl) mas sem esse painel interativo. Na CNN Espanõl tb havia grupos de eleitores indecisos, que discutiram antes e depois do debate, mostrando um exercício democrático muito rico.
Foi interessante ver a influência de algumas palavras, temas, e a reação por sexo.

Essa não foi a primeira vez. Em 2007, no primeiro debate ainda com a participação da Hilary Clinton, houve interatividade com YouTube. E a principal crítica foi - falta de interatividade.

Aqui no Brasil, esse tipo de interação acontece na TV aberta, no programa do Datena da Bandeirantes, por exemplo. É um pouco mais simples, mas é quase o mesmo conceito, realizado via SMS ou telefone.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ginga

Empresas de software querem a liberação do Ginga 1.0
24/09/2008, 17h58
Na busca por criar uma escala de consumo a partir do desenvolvimento de sistemas de interatividade para a TV digital, as empresas de software querem que a especificação do Ginga 1.0, que conta apenas com a parte da linguagem NCL-LUA funcionando, seja liberada até o fim do ano pelo Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Caso isso seja feito, a tendência é que em 2009 os set-top boxes para TV digital já contenham o middleware para interatividade, abrindo grande campo de atuação para as empresas de software especializadas nesse segmento. Vale lembrar, a proposta surgiu no Congresso da SET, em agosto, quando o assessor especial da Casa Civil André Barbosa questionou se o middleware sem a linguagem Java (que só deve ficar pronto em novembro) seria funcional.
As associações de empresas de software como a Brasscom, Abes e Softex subscreveram um documento solicitando que o Fórum SBTVD libere o quanto antes a versão 1.0 do Ginga para ser utilizada no mercado. "Escrevemos o documento, e como não podemos fazer parte do fórum por sermos associações, este foi apresentado pelas empresas que representam o setor de software dentro do fórum", disse John Lemos, diretor de capacitação.
A interatividade é fundamental para as empresas de software terem mercado para atuar com a TV dgital, por meio de middleware e aplicações. "Sem a interatividade, não teremos mercado. Esta deve ser colocada em uma versão inicial para possibilitar as receitas com softwares para esse segmento", disse Nelson Wortsman, diretor da Brasscom, em um debate promovido pela associação nesta quarta, 24.
Wortsman diz que a idéia é que todas as cadeias envolvidas no processo, como os fabricantes de set-top boxes e as emissoras de radiodifusão, cheguem a um consenso em relação ao assunto. "A questão é liberar o Ginga 1.0 e lançar caixas compatíveis com as partes de Java que serão criadas", frisou o executivo.
O presidente do Fórum SBTVD, Roberto Franco, disse que estão sendo discutidas as possibilidades da liberação do Ginga 1.0 dentro do fórum, mas admitiu que existe resistências para aprová-la devido ao receio de que os conversores lançados com a versão inicial deixem um legado no mercado. "Nós esperamos resolver isso em breve. O fórum vai liberar a especificação desde que atenda a demanda. Temos de garantir que essa solução não iniba os novos set-top boxes", observou Franco, referindo-se à especificação de Java. Victor Hugo Cardoso Alves - PAY-TV News

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Potencial da TV Digital no Brasil

24/09/08

A TV digital vem sendo implantada por todo o mundo com o objetivo de facilitar o acesso às informações e apresentar novos padrões de interatividade e qualidade.

No Brasil, não apenas o novo padrão de transmissão mas também o desenvolvimento de plataformas que ofereçam suporte à essa tecnologia, têm feito com que empresas do setor de comunicação e desenvolvedoras de softwares se unam com o intuito de auxiliar a implementação dessa forma de convergência digital.

Durante o encontro "TV Digital: Uma nova oportunidade para as empresas de software", realizado em parceria pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), Assespro SP (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) e Softex, foram discutidos e apresentados modelos de negócios para o setor.

Estavam presentes no evento Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD, Nelson Wortsmann, consultor da Brasscom, além de representantes e executivos de empresas como Sun e TQTVD, que já estão explorando oportunidades nessa área.

Um dos grande destaques foi a apresentação do middleware Ginga, desenvolvido no Brasil pela PUC - RJ e Universidade Federal da Paraíba.

Baseado em padrões de tecnologia abertos, o Ginga otimiza os recursos e aplicações da TV digital com baixo processamento de memória. Outro diferencial apresentado é a interatividade e o sincronismo com as mídias. O middleware brasileiro possui suporte tanto para linguagem Java quanto Lua, e promete ser uma alternativa ao padrão MHP.

Roberto Franco, afirmou que o projeto atende requisitos únicos e permite desenvolvimento de aplicações interativas independentes da plataforma de hardware dos fabricantes dos set-top boxes.
Segundo Franco, o middleware totalmente desenvolvido no país representa uma grande oportunidade para as empresas que desenvolvem de softwares que poderão explorar tanto no mercado nacional quanto internacional novas formas de interatividade. Além disso, poderão aprimorar serviços como T-banking, T-commerce, T-advertising e T-government, que prometem mudar o cotidiano dos telespectadores.

Já para David Britto, diretor da Quality Software, o grande desafio tem sido conseguir o apoio de empresas detentoras de padrões que possam auxiliar no desenvolvimento dessas aplicações e no aperfeiçoamento do Ginga. De acordo com ele, essas empresas não querem participar do projeto por não aceitarem os termos de exploração livre das tecnologias.

Christiane Aguiar - Redação Adnews

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Parque TV aberta Digital - 130 mil receptores HD devem ser vendidos este ano

29/08/2008, 14h07
Cerca de 15 empresas fabricam receptores de TV digital no Brasil, entre receptores 1-SEG, set-top boxes, televisores e telefones celulares. Segundo a Eletros, entre 60 e 70 mil receptores de televisão full-SEG (recepção fixa) foram vendidos no País dede a implantação da TV digital, em dezembro de 2007. O número foi apresentado por Carlos Goya, da Eletros, no último dia do Congresso da SET, nesta sexta, 29.
Benjamin Sicsú, da Samsung, apresentou uma projeção de mercado para 2008. Segundo ele, este ano serão vendidos 80 mil televisores com recepção digital embutida, 60 mil set-top boxes, 150 mil receptores 1-SEG (portáteis e móveis) e 140 mil celulares com TV digital embutida. Sicsú diz que as vendas no Brasil crescem, desde abril deste ano, 20% ao mês, o que estaria acima do esperado. Goya concorda. Segundo ele, as vendas estão acima das expectativas da Eletros.

Escala

Para a Eletros, o ganho de escala pode ser mais rápido se o sinal digital for disponibilizado mais rapidamente em outras cidades. Além disso, a desoneração fiscal também ajudaria a derrubar os preços dos equipamentos. Por fim, Goya apontou a necessidade de campanhas educativas, que deveriam ser uma ação conjunta entre emissoras, governo e indústria. "O consumidor está muito confuso", disse Carlos Goya. Segundo ele, tal confusão se deu com declarações do tipo "não compre agora porque o preço do set-top box vai cair". Vale lembrar, esta declaração é do ministro Hélio Costa, no momento do lançamento das transmissões digitais.
Sicsú também aponta a necessidade de campanhas. "O governo precisa divulgar mais a TV digital", disse.
Segundo o executivo da Samsung, atualmente só é possível vender receptores por menos de R$ 500 se o fabricante não amortizar o custo de pesquisa e desenvolvimento, se houver redução de impostos, ou se governo ajudar a negociar com o varejo, "como fez com os equipamentos de informática". "É um setor extremamente competitivo. O que houver de incentivo, será repassado ao consumidor", disse.
Sicsú pregou ainda a obrigatoriedade de inclusão de receptores nos televisores. Segundo ele, o aumento de custo fica entre 10% e 15%, o que poderia ser bancado por um incentivo tributário.

Celulares

Por fim, Benjamin Sicsú afirmou que a Samsung lançará, até o fim deste ano, um novo modelo de telefone celular com recepção de TV digital móvel integrado. O novo modelo, diz, será mais popular do que o existente no mercado. Ao longo de 2009, afirma, deve haver uma linha completa de celulares com recepção 1-SEG. Fernando Lauterjung - PAY-TV News

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Banda larga no Brasil cresce 464%!

Banda larga móvel cresce 464% no ano
20/08/2008, 19h53
A banda larga móvel cresceu 464% em um ano, chegando a 1,314 milhão de acessos em igual em julho de 2008, de acordo com a pesquisa Barômetro Cisco de Banda Larga, realizada pela IDC. Mas a banda larga fixa também apresentou resultado surpreendente. A base de 10 milhões de conexões já foi atingida. O crescimento total foi de 48,3% na comparação anual. Pedro Ripper, presidente da Cisco, reconhece que o gigantesco aumento da banda larga móvel ocorreu porque a base era pequena. Mas mesmo assim, o serviço representou cerca de um terço do crescimento total. No segundo trimestre do ano passado, as ofertas de banda larga móvel eram o TIM Web da TIM em 2,5G, o serviço da Vivo sobre a rede CDMA e o 3G da Claro em 850 MHz.
De acordo com Ripper, o crescimento da banda larga móvel teria sido ainda maior se as empresas não tivessem subdimensionado a demanda e, conseqüentemente, a capacidade das suas redes. No primeiro trimestre do ano foram adicionados 500 mil novas conexões móveis, mas no segundo apenas 200 mil. O executivo explica que as operadoras tiveram que "desligar a máquina de vendas", porque faltou modem e as redes IP foram cinco vezes subestimadas, segundo ele. "Todas as operadoras fizeram compras emergenciais. Alguns projetos já foram concluídos, outros devem ser concluídos nos próximos dois meses", diz ele.
Para os próximos trimestres - especialmente o quarto que compreende o período natalino –, Ripper acredita que as operadoras vão retomar a agressividade nas vendas. Na verdade, esse movimento parece que já começou. A Claro anunciou recentemente uma parceira com a Microboard, cujo notebook vem com um chip 3G integrado; caso o cliente ative o serviço, ele tem conexão de 1 Mbps gratuita durante um ano.

Banda larga pré-paga

Para o segmento de baixa renda, o executivo acredita que as operadoras móveis devem criar ainda este ano produtos de banda larga móvel pré-paga. Muitas vezes, o usuário da classe C e D que está adquirindo seu primeiro computador não tem nem linha fixa em casa, então esse produto seria ideal para ele. "Esse produto é matador para o Brasil, vai matar as fixas porque pega justamente a classe que hoje não é atendida", afirma.
Na oferta das incumbents, esse cliente inevitavelmente teria que arcar com a assinatura básica da telefonia fixa; na oferta das operadoras de cabo ele teria um pacote com TV por assinatura, o que pode não ser do seu interesse, considerando, é claro, que ele tenha o cabo passando na sua rua.
Na avaliação de Ripper, a concorrência com as redes 3G levará as operadoras fixas a aumentarem as suas velocidades, mais ou menos como hoje já acontece onde existe a concorrência do cabo com as incumbents. A velocidade pode ser o diferencial para as fixas. "Para as móveis é mais difícil aumentar a velocidade", afirma.

High end

No segmento de alta renda, entretanto, Ripper acredita que as operadoras de cabo levarão vantagem na oferta de altas velocidades como 20 Mbps, 50 Mbps ou 100 Mbps. Isso porque a infra-estrutura de cabo já permite oferecer 20 Mbps e exige investimentos menores para velocidades superiores. Já no caso das incumbents, o único caminho é a fibra, que é mais cara. Dentro de 12 meses, já devem aparecer as primeiras ofertas de 20 Mbps, segundo Ripper.

América Latina

O Brasil apresenta 4,3% de penetração do serviço de banda larga, atrás da Argentina e do Chile que têm respectivamente 6,6% e 8,8%. Por outro lado, está à frente do México, por exemplo, que tem índice de apenas 2,3%. Ripper afirma que a classe média mexicana é muito maior que a brasileira, mas tem menos competição – basicamente todas as ofertas pertencem ao grupo Telmex. "Um efeito anula o outro", diz ele. Para comparação, a penetração da banda larga na Espanha é de 17%; nos EUA, 19%. A América Latina conta com 17 milhões de conexões banda larga. Helton Posseti - PAY-TV News

IPTV na Espanha - Imagenio

Telefonica lança serviço de IPTV a três euros na Espanha
19/08/2008, 19h29
A Telefónica de España lançou na semana passada uma oferta agressiva de seu serviço de vídeo Imagenio aos seus 4,5 milhões de assinantes de banda larga por ADSL no país europeu.
Os assinantes poderão receber um pacote de canais por apenas três euros por mês (além da assinatura da banda larga). O pacote completo sai a partir de 43,9 euros mensais.
O pacote Trío Conexión Imagenio traz basicamente os canais abertos, inclusive os digitais, além de filmes e esportes em pay-per-view. A Telefónica não cobra pelo set-top box de IPTV.
O Imagenio tem hoje cerca de 570 mil assinantes na Espanha. Trata-se da segunda maior operação de TV paga do grupo, só perdendo para as operações de cabo e DTH da Telefônica no Peru.

TV móvel é esperada por 77% da população!

TV móvel
Telgent lança chip para recepção de canais analógicos
26/08/2008, 18h26
Com investimento inferior a US$ 10 por chip, os fabricantes de celulares podem experimentar como funciona o negócio de TV móvel analógica no Brasil com a solução da Telegent Systems, fundada em 2004, com sede na cidade norte-americana de Sunnyalle, Califórnia. A companhia chega agora ao País e anuncia que o mercado local receberá ainda este ano novos aparelhos que oferecerão acesso gratuito a todos os canais de TV aberta existentes no território brasileiro.
A tese que a Telegent quer demonstrar ao mercado é que com esse pequeno investimento os fabricantes poderão ter mais vendas e mais lucros e explorar o mercado analógico até a migração total para a TV digital, o que dá uma folga para negócios com esse chip até 2016. A empresa não revelou os planos para lançar chip para TV digital, embora trabalhe nesse projeto.
Para reforçar isso, a empresa divulga dados de pesquisas realizadas no País que identificaram o interesse de 77% da população na possibilidade de assistir à programação de TV pelo celular.
Os executivos da empresa calculam que o Brasil é o 5º maior mercado de telefonia celular no mundo. "O Brasil é uma das nossas prioridades", afirma Carlos Kirjner, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Telegent Systems. A ZTE Brasil será a primeira fabricante de celular a lançar o novo modelo de aparelho. Para isso, já obteve certificação junto à Anatel. Procurada por este noticiário, a empresa chinesa não conseguiu localizar o porta-voz para esse assunto nesta terça-feira. A Telgent negocia também com outros fornecedores de aparelhos.
Dentro do modelo de negócios defendido pela Telegent, nem operadoras e nem usuários precisam fazer qualquer investimento para ter acesso ao conteúdo da TV aberta analógica. Aparelho com chip custa menos de US$ 100 na Ásia e Oriente Médio.
De acordo com Kirjner, a tecnologia da Telegent, lançada em 2007, está presente em mais de 5 milhões de aparelhos, em apenas seis meses, na Ásia e no Oriente Médio. Pesquisa da In-Stat aponta que esse número pode chegar a 34 milhões ainda em 2008. Da Redação - PAY-TV News

Futuro: a TV estará lá?

Reflexão e acompanhamento interessante.

EXECUTIVE SESSION WITH RISHAD TOBBACOWALA

Last Mass Medium Standing Could Be TV

TVNEWSDAY, Aug 26 2008, 8:44 AM ET

With the decline of newspapers and radio, Rishad Tobaccowala believes TV may be the only mass medium left in a few years

That opinion should give TV broadcasters some comfort. Tobaccowala keeps a close eye on new media as the chief innovation officer at Publicis Groupe Media, one of the world's leading advertising conglomerates. Through Starcom MediaVest Group and Zenith Optimedia media buying networks, it accounts for some $45 billion in spending annually around the world.

Tobaccowala is also CEO of Denuo, a branch of Publicis that he helped launch more than two years ago that focuses on cutting-edge forms of advertising.

To help it peer into the future, Denuo has also taken on an advisory role at more than three dozen nascent companies, and receives investment options for that service. Among the companies are Brightcove (enabling video on Web sites), Sling Media (essentially turning computers and smart phones into clones of your living room TV) and Daylife (a customizable online news service).

Armed with the insights afforded by those firms, Denuo's team of experts works with clients like Dupont, Purina, Hewlett-Packard and Conde Nast, giving them new research, strategies and tools to engage their target consumer groups more effectively.

In this interview with TVNewsday Contributing Editor Janet Stilson, Tobaccowala not only makes his mass-media prediction, but also says that he believes TV stations can have a vibrant future if they capitalize on some strategic opportunities. However, he does envision new rivals on the local video front.

Tobaccowala also discussed how Denuo will maintain its importance in a day and age when at least two of its clients, General Motors and Procter & Gamble, are in cutback mode.

An edited transcript:

Where do broadcast stations stand, in the minds of advertisers, when you consider the massive migration of video content to other media? Are stations still of value to them?

Sure, absolutely. The world is basically consuming more and more video rather than less and less video. And a broadcast station has to recognize that it is less of a broadcast station and more in the business of delivering of video.

For an advertiser, what the broadcast part of this does is deliver large audiences at scale. Let's say you want to reach 25 percent of the market. There is no better way of doing it besides using traditional media, which in the local market tends to basically mean spot television or newspapers. The difference is, people are still watching lots of television, but they are watching or using less and less newspapers.

How do TV stations become of more value to advertisers?

They need to figure out how to leverage their Internet and other media presence, because what may begin to happen is people will say, "Yes I'd like to see what happened on my local news, but I'd like to see what happened on my local news long after the local news is broadcast. And I'd like to see more depth of information," which you can't do in a 30-minute broadcast.

The networks and the stations have to recognize that they're in the video information and entertainment-delivery business. A broadcast station limits what they can actually do.

So you don't think that mass media is dying on the vine?

No, not at all. In fact, my sense of this whole idea of mass media's death is massively premature. The people who are talking about dying will die before the media dies.

Traditional mass media is not a growth business, and so to continue to resonate and be relevant, broadcast stations need to basically embrace digital media, including the Web. You'll actually continue to have a healthy, viable broadcast business, but you have to accept it's not growing, and it's becoming less and less relevant to particular target audiences.

You once predicted that, at some point, it's going to be more expensive to buy advertising on Google than on network television. Do you still feel that's the case?

It has actually become far more expensive to buy advertising on Google than on network television. Google has a product called AdWords, which marketers use to bid on a particular key word [that consumers might type in during an Internet search]. On average, across all categories, it tends to be about 50 cents.

So 50 cents every time someone clicks on a certain advertisement triggered by a search.

Right. Let's say on television you get a $20 cost-per-thousand rate. Fifty cents a click is equal to $500 cost per thousand. You can see how much more expensive it is, but the difference is there's some sort of action.

Do you think the TV CPM rates will decline?

I don't necessarily think that the cost of television is going to decline because, in a few years, it's going to be the only mass medium available.

So radio isn't mass media?

No. Radio is basically a niche media. In fact, I think radio is a declining media. You can see that with declining values of radio stations. There are three major competitors to radio. The first is a small little thing from Apple called the iPod. Radio gets listened to in three places. It gets listened to in the car, right? Well, increasingly, cars come with iPod connectors.

The second place is the office. When people listen in the office, they listen to stuff on the Internet, but they don't necessarily listen to Internet radio stations. They listen to things like Pandora and Lost.fm, which basically allow them to customize their music. And they listen to satellite radio, most of which is commercial free.

I believe that newspapers and radio are a couple of fast-declining businesses. I believe that large segments of magazines will also start declining. I believe that television and out-of-home and the Internet will be OK.

What other things should TV stations be doing when you consider new opportunities that are either here today or about to take place?

My basic belief is that local television stations' biggest single advantage is that they happen to be local. There are things that they can give to people that are unique. The first is to become involved in local events. Radio stations are used to doing that, but I think TV stations need to do that more.

Like concerts and festivals?

Concerts, festivals, remote broadcasting, coverage of events. In the old days it was easier to broadcast remotely with radio versus TV. But now with digital video you can go anywhere you want. What you put together doesn't have to actually be broadcast on TV. It can be broadcast on the TV station's Web site.

The second thing they can do is to let local people get famous by covering things like local sports. People like becoming famous, and there's nothing that makes people feel more famous than saying that they were on TV. That's the reason why you have all these thousands of people waving like crazy at Good Morning America and The Today Show.

TV stations have created channels on YouTube to showcase their video content. But some of them have noted that while they're getting a lot of traffic on YouTube, it's not being monetized. Do you have any thoughts about when operations like that will start to really make money for broadcast stations?

I don't understand why they would go and put their stuff on YouTube. I don't think of it as a place that I go to look for local information. The way you build your brand, in the case of the local station, is to say, "Hey, look — I've got my own Web site, which has all this local information."

If I'm looking for Chicago information, let's say Chicago newspaper information, will I go to the Associated Press or will I go to The Chicago Tribune site? What people are forgetting — as they think about all this technology — is what would people do?

Let's talk about Canoe Ventures, the new cable business that's building a national platform for advanced advertising. Is that more of a threat or opportunity to TV stations?

If it works, it will probably be both. It will simply allow people to get a national footprint, and my sense is national advertising is not competitive with local advertising.

Today, spot cable basically sort of sits in between the worst of the programming, and it's hard to buy. Canoe is partly about making it easier to buy. Part of it is basically going to be make it more measurable. Local stations will have both the opportunity of trying to figure out how to be more measurable, and the threat that they've got some other measurable media [competition].

Denuo has equity stakes in a lot of different technology companies with futuristic agendas. Are there any among them that will really change the game for TV?

Inherently, almost everything that we are sort of aligned with does two or three things. They allow for better targeting or more consumer control over video. I truly believe that the Internet is the best way to get better targeting and better control over your video, and most of these companies are Internet-based technologies.

The single biggest encouragement I would give to local broadcast companies is to pay a lot of attention to your Internet presence. Through it, you can sample all these new technologies and see for yourself what's an opportunity or a threat. Because the reality of it is, there's very little technological innovation that takes place on television. But there's a lot of stuff that's taking place on the Web about how to play with, adapt and target video.

One of your clients, General Motors, recently asked agencies to cut their fees back by 20 percent. And another Denuo client, Procter & Gamble, is on an austerity push. How you deal with that?

The key is, if you actually watch what all these folks are doing, they're not randomly deciding to cut budgets or scale back. What they're basically saying is, "We are going to be more careful. We're going to only fund things that have either a history or a chance of working or that are going to be increasingly important in the future."

A lot of what Denuo is doing is going toward that direction. So we're not seeing that as a problem for our small world.

If the market contracts more than it already has, will it affect the way that your company does business?

The only potential negative I can see is if there was a certain part of our business that was looked at by clients as experimental. The experimental tends to get cut whenever there is a budget shortfall. I never want to be in an experimental bucket.

Whenever there is a budget cut, there are two different things that go on. Some market leaders decide to stay or increase spending because they've discovered that the best time to pick up share is when other people begin to start cutting back. You will see certain market leaders continuing to do that. Then you will see other people basically cut back, but they will cut back on things that are not working. They will always move to stuff that's more target-able, more focused, more measurable. And they will put a massive amount of pressure on pricing.

Of the clients that you're working with, which ones do you consider to be the most ambitious when it comes to testing out new ways of getting their messages across?

I would not pick between my current clients because they're all ambitious in different ways. But, in general, two types of clients are intensely ambitious. One type of client is where the underlying behavior in how consumers buy their product is changing pretty dramatically. Those tend to be in the areas of automotive, technology, travel and, to a certain extent, finance. Those businesses have been changed by technology.

The other group of people are marketers who may not be in those categories, but who are finding that their key audiences are changing their media behaviors dramatically. So, for instance, the college students today in America probably spend more time on the Internet than watching television.

It's been a little over two years since Denuo was formed. As things have progressed in the business as a whole, were there any new twists and turns that took you by surprise?

Two-and-a-half years ago, clients wanted guidance of what was happening and what were some of the things that they should do. And today they're far more interested in finding out how to do the things that they know they should do.

Can you elaborate on that a little?

What tends to basically happen is you may tell somebody that they need to be more involved in word-of-mouth and social media. Two-and-a-half years ago, you may have had to convince people that that was important. Now they understand that, but they say, "How do we do it?"

The second big difference is that the content businesses, like the television stations, have started voicing interest in working with us.

Are there any changes that are very likely to happen that will dramatically alter the advertising landscape and, in particular, change things for the TV stations?

I think the Internet video experience will become more and more wonderful, and people will tend to watch more and more video via the Internet. So the share of eyeballs will shift. Second, consumers will spend more time with mobile Internet devices.

The third thing is, there may be at some particular stage a new generation of competition where the best parts of broadcast television, like the news, may find their competitors coming from Internet-delivered stations.

Suffice it to say that if TV stations don't get serious about the Internet, someone in the local market can get serious and compete with them. The next generation of local news may actually come from the Internet and not from a TV station.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Media center da LG terá Blu-ray e vídeos da Netflix

31/07/2008, 18h13
A LG prepara um set-top box que, além de reproduzir discos Blu-ray, de alta definição, possibilitará assistir vídeos da locadora virtual Netflix. A informação é da edição de hoje do Wall Street Journal.
A Netflix é um serviço popular de envio de DVDs por correio nos EUA, que está mudando seu modelo de distribuição, através da oferta de vídeos em streaming pela banda larga.
O usuário poderá assistir seus discos Blu-ray ou comprar vídeos on-demand da página da Netflix. Poderá também conectar o set-top a sua rede doméstica para ver outras mídias em sua TV. O dispositivo deve custar menos de US$ 500, segundo o jornal.
O serviço da Netflix está disponível apenas nos EUA. Da Redação - PAY-TV News

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vendas de modems USB superam celulares 3G

29/07/2008, 17h27
As vendas de modems USB para acesso em banda larga móvel superam as de celulares 3G no Brasil. A tendência já foi verificada na Claro e na Brasil Telecom, por exemplo, segundo a diretora de serviços de valor agregado da Claro, Fiamma Zarife, e o gerente de marketing de produtos da Brasil Telecom, Rivo Manhães. Calcula-se que hoje exista mais de 1 milhão de usuários de banda larga móvel no País e estima-se que essa base alcance 3 milhões até dezembro. "No final do ano, o mercado brasileiro estará vendendo mais acessos de banda larga móvel que fixa", prevê o diretor de planejamento estratégico e novos negócios da TIM, Renato Ciuchini. O assunto é tema de matéria na edição de julho da revista TELETIME.
O crescimento do mercado brasileiro tem levado os fabricantes de modems a produzir no Brasil. A italiana Onda, que fornece para a TIM, começou a fabricar seus modens no País em abril, com a Celéstica. A Huawei também iniciou a produção de modens USB no Brasil no primeiro semestre, em contrato com a Flextronics. O mesmo passo foi dado pela ZTE, que em abril começou a produzir modems aqui em parceria com a Celéstica e a Evadin.

Avanços

Incentivados pelo bom momento nas vendas, os fabricantes planejam o lançamento de modems com novas funcionalidades agregadas. Uma novidade que deve chegar em breve ao mercado brasileiro através de diferentes fabricantes é o modem que serve como pendrive e vem com entrada para cartão de memória.
Outro passo esperado é a inclusão nos softwares de conexão da possibilidade de realizar chamadas de voz e de vídeo usando o microfone e a câmera do computador ao qual o modem está conectado. A maioria dos fabricantes está preparada para fazer isso e só dependeria da aprovação das operadoras, já que os equipamentos ainda não são vendidos diretamente para o varejo.
É planejado também o lançamento de um modem com antena para recepção de TV digital no padrão brasileiro. Quem tem esse projeto é a Onda. O lançamento pode acontecer ainda este ano. Fernando Paiva - PAY-TV News

Retificação
Proposta da Abril para Sky não previa canais gratuitamente
29/07/2008, 19h38
Uma informação imprecisa foi coloca por este noticiário ao noticiar a decisão do Cade de não aceitar um recurso apresentado pela Abril para que fosse reavaliada a denúncia feita pelo grupo de suposta ingerência da Globo na compra de conteúdos nacionais pela operadora de TV por assinatura Sky. Este noticiário escreveu equivocadamente que "a reclamação da Abril foi provocada porque a Sky recusou-se a adquirir os canais Fiz e Ideal, mesmo depois de o grupo oferecê-los de graça à operadora de TV por assinatura". O caso é mais complexo. O que houve é que no processo de negociação dos canais da Abril (MTV, Ideal e FizTV), foi colocado para a Sky um aumento de preço no canal MTV e a negociação combinada com os outros dois canais. De outro lado, havia na mesa também uma proposta de permuta publicitária para Sky na própria MTV e em veículos impressos do grupo Abril, de forma a compensar o aumento. A Sky não aceitou a proposta e retirou o sinal da MTV do ar, exceto na cidade de São Paulo. A disputa agora é se o sinal deve ou não ser retirado também nessa cidade. Da Redação - PAY-TV News

terça-feira, 29 de julho de 2008

Set - top box a R$ 199

Será que desta vez vai? Nosso parque digital ainda esta tão baixo!

Proview lança set-top-box popular por R$ 199
15/07/2008, 19h56
Enfim saiu um conversor de TV digital que atende aos anseios do ministro das Comunicações, Hélio Costa. A Proview anunciou nesta terça-feira, 15, o lançamento de um conversor para TV digital que custará para o consumidor final R$ 199. A expectativa é que o produto esteja nas lojas no início de agosto. Este modelo não tem conexão HDMI - que permite assistir a programação em alta definição, nem acesso à internet. Mas a Proview lança também mais dois modelos, sendo um deles com acesso à internet e entrada HDMI e o outro apenas com a conexão para alta definição. Os preços sugeridos são R$ 299 e R$ 249, respectivamente.
O presidente da Proview, Tseng Ling Yun, explica que os modelos com acesso à internet têm um mini browser, que permitem acessar sites da internet pelo set-top-box. Para o futuro, a empresa pensa em lançar um produto com Wifi, que dispensaria o uso de cabos. O middleware usado nos produtos ainda não é o Ginga, uma vez que há questões de royalties a serem equacionadas.
O ministro Hélio Costa esteve presente na cerimônia de lançamento do produto, acompanhado do governador do Amazonas, Eduardo Braga. Hélio Costa disse que o governo estadual fez a parte dele para baixar o preço dos equipamentos - a desoneração do ICMS. Agora, faltaria uma iniciativa do governo federal para que os preços caiam ainda mais. "O governo federal tem que fazer a sua parte e retirar o PIS/Cofins", declarou o ministro. Segundo ele, em pelo menos duas ocasiões o tema foi tratado em reuniões junto à Casa Civil.
A Proview estima que o mercado brasileiro deve chegar a 300 mil conversores por mês, considerando que as emissoras ampliam a cobertura do sinal digital. A capacidade da fábrica da Proview é de 100 mil unidades por mês. "Este vai ser o grande brinquedo do Natal deste ano", disse o ministro.

Financiamento

O Banco do Brasil e o Banco Postal - ligado aos Correios - já têm uma linha de crédito especial para set-top-boxes de TV Digital. O ministro não soube informar a taxa de juros acordada com os bancos, mas a idéia é que as parcelas fiquem entre R$ 7 e R$ 10. Os financiamentos estarão disponíveis dentro de 20 ou 30 dias. O ministro informou também que mais três fabricantes estão preparando receptores na mesma faixa de preço. Helton Posseti - PAY-TV News

domingo, 27 de julho de 2008

Geração Digital desafia empresas

Domingo, 9 março de 2008

Comportamento da geração digital desafia empresas
Rede de amigos influencia mais o consumo dos jovens do que confiança em marcas e varejistas

Ana Paula Lacerda e Renato Cruz

Os jovens vivem em rede. A facilidade que eles têm de utilizar a tecnologia modifica seus hábitos de consumo. Quando vão às compras, são mais fiéis à indicação dos amigos do que a marcas ou redes de varejo. Pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que eles chegam a usar o celular para consultar os amigos até no momento da compra. Apesar da proximidade desses consumidores com a tecnologia, as empresas precisam tomar cuidado: jovens com perfis diferentes se relacionam de forma diversa com o mundo digital.

O estudante de fisioterapia Fernando Nascimento compra, quase que mensalmente, pela internet, miniaturas de plástico para montar. Não raro, compra também eletrônicos, DVDs ou livros em sites estrangeiros. “Em muitos casos, é mais barato importar do que comprar em lojas físicas aqui no Brasil, mesmo com todos os impostos absurdos.”

Mas Nascimento não compra nenhum tipo de comida pela internet. “Para a comida, sou meio conservador, não confio muito, não.” Aliás, confiança é o requisito básico para fazer compras pela internet. “Um site bonitinho ajuda, um preço razoável e promoções, também. Mas se não rolar confiança na loja, desencana.” O site preferido do estudante para comprar as miniaturas, por exemplo, faz a negociação por e-mail. “É muito tosco, mas sempre funcionou.” O site foi indicado por amigos.

Existem alguns mitos sobre a relação dos jovens com a tecnologia. “As empresas tratam os jovens como se fossem um enigma”, afirmou Raquel Siqueira, diretora da Ipsos Gestão do Conhecimento. “Na verdade, os anseios, desejos e valores são muito parecidos com os de outras gerações. O invólucro é diferente, mas a essência é muito parecida.”

A internet comercial chegou ao Brasil em 1995. Para quem tem 13 anos, a rede mundial sempre existiu. Para o estudo Jovens na Era Go Global - Interatividade e Interconectividade, a Ipsos ouviu jovens de 13 a 24 anos em nove áreas metropolitanas do País.

Uma das visões que não se confirmaram é que o jovem entende de tudo sobre tecnologia. “Uma mãe chamava a filha quando o computador dava pau, mas a menina não sabia resolver”, exemplificou Raquel. “Não é por ter 15 ou 16 anos que ela saberia mexer no sistema operacional.”

Cada grupo se relaciona de um jeito diferente com os eletrônicos e a internet. “Alguns jovens são mais centrados, sabem até programar. Outros usam a tecnologia para continuar, com os amigos, a fofoca que começou na escola. Não adianta uma marca que quer atingir o jovem que gosta de balada fazer uma campanha no Second Life. Esse jovem vai para a balada, não para o Second Life.”

Rogério de Paula, gerente de Pesquisas Etnográficas da Intel, também destacou essa tendência. “Um blogueiro prefere um laptop porque quer estar conectado em qualquer lugar”, exemplificou. “O gamer (que gosta de jogos) está interessado em máquinas mais rápidas, com o melhor processador que houver. Uma criança, hoje, está mais próxima de um especialista e não deve ser tratada como iniciante.”

A nova geração é multitarefa. “Os jovens consomem vários tipos de mídia ao mesmo tempo, o que é um desafio para as agências”, disse Raquel. “O consumidor mais novo é supercrítico e, se a marca faz marketing viral errado, ele a detona.”

Geração Digital

Geração digital
Os consumidores jovens vivem, se divertem e se relacionam online. Como as empresas tentam conquistá-los

Julia, 16 anos, Lucas, 14, Ernesto, 19, e Luisa, 15: a mídia faz parte da vida deles
Por Ricardo Cesar

EXAME
Dia de calor e trânsito carregado em São Paulo. A cidade tenta se reorganizar após uma greve de metrô na véspera. Mas isso é lá fora. E o que se passa lá fora pouco interessa a Julia Rocha, uma paulistana de 16 anos, desde que ela botou os pés em casa e grudou os olhos no computador, como sempre faz ao chegar do colégio. Em sua página pessoal no site de relacionamento Orkut, as amigas deixaram recados e mais recados. "Vamos na festa, sim!", diz uma delas. "Descobri umas coisas... babado forte", escreve outra. Mais um segundo e estão todas conectadas pelo comunicador instantâneo Windows Live Messenger. O malabarismo de diálogos e janelas piscantes pode parecer caótico, mas, para Julia, é tão natural quanto participar de uma roda de conversa. Entre o colégio e a academia, o tempo livre que sobra para Luisa Sottili, de 15 anos, é dedicado ao computador. Ela procura as músicas que vai ouvir no seu tocador de MP3. Lucas Meyer, de 14, fica no máximo 3 horas por dia conectado, entre o fim da tarde e o começo da noite. O limite é imposto pelo pai. Se pudesse, ficaria outras 3 horas, mas é preciso reservar tempo para estudar. Ernesto Cassavia, de 19 anos, mantém contato com mais de 350 jovens no Orkut. É pela rede que ele organiza as festas que promove regularmente. Para os quatro, o tempo para TV ficou espremido entre uma espiada nas fotos mais recentes dos amigos e a ronda diária dos blogs. Em meio à programação, eles respondem a mensagens de texto que chegaram pelo celular. Esses adolescentes fazem parte de uma geração que, apesar do dinheiro contado no bolso, tem influência decisiva nas compras da família. Dentro de alguns anos, serão jovens adultos, o grupo mais desejado pela indústria de bens de consumo e pelas fornecedoras de serviços -- e o marketing das empresas que quiserem conquistá-lo jamais será o mesmo.
A geração de Julia, Luisa, Lucas e Ernesto representa uma ruptura essencial. Para seus pais, a tecnologia é apenas um complemento de sua vida. Serve para comparar o preço de um eletrodoméstico, acessar o site do banco ou agilizar a comunicação no escritório. Mas, na maior parte do tempo, as tarefas e as interações do dia-a-dia são feitas pelo bom e velho telefone fixo ou, melhor ainda, pessoalmente. Para os quatro adolescentes, essa separação entre o real e o virtual é imperceptível. Eles nasceram e cresceram na rede -- e, mais importante, em rede. A conversa começa na sala de aula e termina em casa, pelo Messenger. Os detalhes da ida ao cinema são acertados numa troca de mensagens de texto pelo celular. As reclamações sobre a prova do dia anterior ficam registradas na comunidade do professor de física que os colegas criaram no Orkut. Para a geração digital, sem celular, comunidades online ou blogs não há vida. Isso quer dizer pouca coisa para uma companhia como a Votorantim, para a Vale do Rio Doce ou para a área de grãos do grupo Bunge. Mas para operadoras de celular, bancos, montadoras de automóveis, fabricantes de desodorantes e jeans, vendedores de CDs e de protetores solares -- entre milhares de outros produtos e serviços -- já é vital entender a importância e a profundidade dessa transformação cultural e aprender a lidar com ela. A internet não é a panacéia para os problemas de marketing das empresas -- a relação entre negócios e esses jovens consumidores é nova e, normalmente, difícil. Ela também não varrerá da história as outras mídias -- provavelmente se integrará a elas na luta pelo coração e pela mente do consumidor. Mas é certo que sua importância e alcance só aumentarão daqui para a frente. Neste ano, as vendas de PCs no Brasil crescerão cerca de 30%. Uma parte disso deve-se às classes C e D, beneficiadas pelo maior acesso ao crédito. No primeiro semestre, o comércio eletrônico brasileiro movimentou 1,7 bilhão de reais, 80% mais do que no mesmo período do ano passado.
Os investimentos em publicidade movimentam 428 bilhões de dólares em todo o mundo e 16 bilhões de reais no Brasil. Mas a divisão dessa montanha de dinheiro já não corresponde ao tempo que boa parte dos consumidores, especialmente os mais jovens, dedica ao crescente número de mídias à sua disposição. Um recente estudo mostrou que os adolescentes americanos passam, em média, 6 horas e meia por dia assistindo à TV, jogando videogames e navegando na internet. Durante um terço desse tempo, a atenção fica dividida entre duas atividades: teclando com um amigo com a televisão ligada, por exemplo. Qual dos dois canais é o mais eficiente para atingi-lo? Provavelmente ambos. E mesmo assim é mais que razoável supor que haverá dezenas de flancos abertos. A tecnologia digital permite que o mundo de informações seja fatiado em pedaços cada vez menores, que representam somente o interesse individual de cada consumidor. E não se iluda: ninguém organiza o caos de informação da Era da Internet como os jovens. Um adulto pode chamar esse comportamento de síndrome do déficit de atenção. Um adolescente vai dizer que é apenas seu estilo de vida.
Admirável mundo novo
Até bem pouco tempo atrás, atingir o público com campanhas massificadas era uma tarefa muito mais simples. Com a fragmentação da mídia — e da atenção dos consumidores —, a vida dos homens de marketing ficou complexa. Confira
O consumidor de ontem O consumidor de amanhã
Estava preso a alguns poucos canais da TV aberta e a emissoras de rádio — e suas respectivas grades de programação Tem infinitas opções de entretenimento eletrônico, com controle individual sobre o que assistirá e quando
Era submetido a programas criados para agradar à média e atingir o maior número possível de telespectadores Encontra programas mais adequados a seu gosto — muitas vezes, esse conteúdo é doméstico, produzido por gente como a gente
Recebia informação apenas dos grandes veículos Divide sua atenção entre os veículos tradicionais e blogs, fotologs, podcasts e videoblogs
Era alvo da comunicação massiva das grandes marcas Interage com as grandes marcas de maneira voluntária, buscando sua publicidade preferida na internet
Estava preocupado apenas em seguir o padrão da maioria Deseja ser único — e mostra isso participando de comunidades e criando sua marca online
Consumia a mídia predominantemente nos momentos de lazer Sua vida existe em torno da mídia: do relacionamento com amigos no Orkut ao telefone celular
Não há lugar melhor para entender a geração digital do que a rede de relacionamentos Orkut, serviço do Google que em menos de três anos se tornou o mais visitado, mais abrangente e mais comentado site da internet em língua portuguesa. Como se sabe, o Orkut é uma enorme teia de páginas pessoais. Cada usuário cria um perfil individual, no qual coloca um retrato, suas informações básicas e seus interesses, como músicas, livros e filmes prediletos. Há um espaço para exibir os amigos e outro dedicado a listar as comunidades, que podem ser criadas por qualquer usuário e são simplesmente uma versão mais refinada dos interesses pessoais. O grupo intitulado "Eu amo chocolate", por exemplo, tinha mais de 1,6 milhão de membros na última contagem. No trimestre encerrado em julho, o Orkut exibiu mais de 28 bilhões de páginas no Brasil. Todos os outros serviços do Google somados, incluindo a ferramenta de busca, não chegaram a 4,5 bilhões. Os 13 milhões de internautas residenciais brasileiros ficaram, em média, 10 horas e 8 minutos navegando pelo Orkut. O portal UOL, distante segundo colocado, segurou a atenção dos internautas por 2 horas e 50 minutos. Esses dados foram medidos pelo serviço Ibope NetRatings e levam em conta somente os usuários residenciais. A vantagem do Orkut, portanto, talvez esteja exagerada -- mas não muito, afinal de contas, o site é campeão de popularidade entre os que querem matar o tempo no escritório e no colégio.
Kd vc?
Os jovens de 12 a 17 anos de idade respondem por uma parcela importante da audiência de alguns dos sites mais acessados do país
Fotolog.net
Exibição de fotografias pessoais
31,7% Youtube
Compartilhamento de vídeos
27,4% Wikipedia
Enciclopédia online
22,5% Orkut
Rede de relacionamentos online
21,4% Windows Live Messenger
Comunicador instantâneo
21%
Fonte: IbopeNetRatings
Anunciar no Orkut, então, é um bom começo para chamar a atenção dos consumidores conectados, especialmente os mais jovens, que são 21% dos usuários da rede de relacionamentos. Ou melhor, seria um bom começo. O Orkut não veicula nenhum tipo de publicidade. Nada. O serviço não rende um único centavo de receita. A mais valorizada propriedade da internet para os brasileiros é uma área livre de anúncios, talvez o maior espaço virtual do mundo em que publicidade não entra. "Embora seja muito grande no Brasil, o Orkut é uma operação relativamente pequena para o Google mundial", diz Alexandre Hohagen, responsável pela subsidiária brasileira da companhia. De acordo com Hohagen, não há perspectiva de que essa situação vá mudar no futuro próximo. Para as empresas que gostariam de comunicar-se com jovens consumidores por meio do Orkut, a porta está fechada.
Vídeos do YouTube
O site que permite postar e assistir a filmes começa a ser explorado como ferramenta de publicidade
Joga Bonito
Uma única peça da campanha da Nike, com Ronaldinho Gaúcho, foi vista mais de 8 milhões de vezes — sem custo nenhum para a empresa.
Folgers
A Procter & Gamble postou no YouTube uma propaganda de seu café solúvel. O tom de humor negro caiu no gosto dos jovens consumidores.
Twix
A propaganda do chocolate foi lançada no YouTube e depois chegou à televisão. Foi sucesso instantâneo: cerca de 90 000 pessoas já assistiram ao vídeo.
O serviço inteiro, diga-se, pode fechar as portas. No final de agosto, o Ministério Público Federal entrou com uma ação na Justiça brasileira exigindo indenização de 130 milhões do Google do Brasil pela veiculação de conteúdo ilegal no site, como mensagens de pedofilia e racismo, além de multas pela não-abertura do sigilo de usuários responsáveis por esses crimes. O Google afirma que as informações estão armazenadas nos Estados Unidos e que, portanto, estão sujeitas à legislação daquele país. O site MySpace, lançado em julho de 2003 nos Estados Unidos, tem um modelo muito semelhante ao do Orkut e conta com 100 milhões de usuários cadastrados. Lá como cá, a gigantesca teia de relacionamentos online surgiu no subterrâneo da rede e tornou-se um fenômeno cultural cujas implicações ainda não foram inteiramente compreendidas. Mas o que os empresários americanos já descobriram é que as redes de relacionamentos valem dinheiro -- e muito.
Há um ano, o MySpace foi comprado por Rupert Murdoch, dono do grupo de mídia News Corp., por 580 milhões de dólares. Aos 75 anos, o empresário australiano foi o primeiro a perceber que redes como o MySpace e o Orkut são uma transformação enorme para o negócio de comunicação. "Sociedades ou empresas que esperam que um passado glorioso as proteja das forças das mudanças movidas pelo avanço tecnológico vão fracassar e cair. Uma nova geração de consumidores de mídia surgiu demandando que o conteúdo seja entregue quando eles quiserem, como quiserem e exatamente onde quiserem", disse Murdoch num discurso proferido em março. Ele não ficou somente nas palavras. Recentemente, o MySpace anunciou que vai receber 900 milhões de dólares do Google. A mesma empresa que não quer publicidade no Orkut será a fornecedora exclusiva de buscas e links patrocinados dentro do MySpace. Companhias como Unilever, Disney, Fox e Pepsi também criam comunidades para suas marcas e aproveitam as celebridades do MySpace como garotos-propaganda. A outrora anônima Christina Dolce reuniu mais de 900 000 amigos. Com uma rede desse tamanho, ela foi contratada para promover o desodorante Axe, da Unilever. Christina também se valeu da fama para lançar uma grife de jeans. "No Orkut, o usuário é protagonista, personagem. Não é apenas um telespectador", diz Pedro Cabral, presidente da AgênciaClick, uma das maiores agências de publicidade online do país. "É natural que isso seja mais atraente do que ver a novela das 7."
O cinema não morreu com o videocassete, o rádio não sucumbiu à televisão, e todos vão sobreviver à internet. Mas os hábitos mudam com velocidade cada vez maior -- e será preciso que o mundo dos negócios se adapte a eles. Um estudo feito em conjunto pelas consultorias IDC e RKM Research com pessoas de 15 a 24 anos que usam ativamente a internet no Brasil, nos Estados Unidos e na Rússia mostrou que a TV é mais associada a conceitos negativos, como "inconveniente" e "entediante". Mas os entrevistados derreteram-se em adjetivos positivos para a web, classificando-a de "divertida" e "necessária". É claro que por aqui a juventude conectada faz parte de uma minoria privilegiada. Mas já são 32 milhões de brasileiros que usam a internet, dos quais 9 milhões têm banda larga em casa. Os computadores estão tomando o lugar dos celulares como objetos de desejo das classes C e D. Isso ajuda a explicar por que uma pesquisa de campo encomendada há poucos meses por uma grande empresa para verificar os hábitos dos jovens da periferia do Rio de Janeiro trouxe um resultado surpreendente. Ao lado de respostas esperadas, como freqüentar bailes funk, a internet apareceu como uma das opções de lazer preferidas desse público. Além disso, os brasileiros são campeões mundiais em horas mensais de acesso à rede, à frente de japoneses e americanos. E são os mais novos que puxam a média para cima. Em junho, os brasileiros com idade entre 12 e 17 anos ficaram conectados 28 horas e 30 minutos em casa, segundo o Ibope NetRatings. Já os internautas com idade entre 45 e 54 anos navegaram 16 horas e 47 minutos no mesmo período. Por tudo isso, o Brasil pode ser enquadrado entre os países em que essa mudança de comportamento é uma realidade.
As transformações na forma como os negócios se relacionam com esse público ocorrem num ritmo mais lento -- tanto aqui como no resto do mundo. Para as empresas, a internet ainda é um território desconhecido e, portanto, inseguro. Sabe-se que nem tudo o que elas fizerem para conquistar a atenção desse novo consumidor dará certo. Hoje, apenas 1,7% do bolo publicitário nacional vai para a web. A televisão fica com 60% dos recursos. Nos Estados Unidos, a propaganda online responde por apenas 6% do total. Mas, até por partir de uma base modesta, a publicidade interativa cresce a taxas anuais superiores a 30% tanto no Brasil como no mercado americano. "A internet responde por mais de 25% do tempo de consumo de mídia nos Estados Unidos", diz Jeff Lanctot, vice-presidente da agência de mídia digital Avenue A Razorfish. Os tradicionais banners publicados em sites de grande audiência ainda são a regra, mas começam a aparecer formatos realmente inovadores. O McDonald's criou uma promoção com o jogo online Ragnarök, um universo virtual pelo qual já passaram mais de 1,5 milhão de jogadores e que conta com 200 000 assinantes só no Brasil. O Ragnarök mistura jogo com conversas instantâneas. Cada jogador assume uma personalidade online e pode circular livremente pelo universo, encontrando amigos, participando de disputas e acumulando pontos. Os clientes da rede de lanchonetes recebiam créditos de acesso gratuito nas lojas e, uma vez dentro do jogo, ganhavam poderes especiais se comprassem um sorvete de casquinha nos quiosques virtuais.
Discutindo o relacionamento
Empresas brasileiras estão experimentando maneiras diferentes de comunicar-se e de entender os anseios dos consumidores jovens
Skol
A cervejaria criou um “mini-Orkut” para promover o festival de música Skol Beats, que aconteceu em maio. Os usuários também podiam montar uma grade de programação do evento e baixá-la no celular
Gradiente
Para lançar um modelo de celular, a empresa criou uma competição dentro do Windows Live Messenger para eleger os melhores vídeos feitos com telefones móveis
O Boticário
No ano passado, a companhia contratou a consultoria especializada e-Life para monitorar o que os consumidores falam de seus produtos na internet, sobretudo em blogs e no Orkut
McDonald’s
No início do ano, um sorvete comprado nas lojas do McDonald’s dava direito a um dia de acesso gratuito ao jogo online Ragnarök. Dentro do game, adquirir uma casquinha de sorvete garantia poderes especiais
O Ragnarök tem um alcance pequeno perto do Windows Live Messenger. O comunicador instantâneo da Microsoft, antigamente chamado MSN Messenger, é um dos maiores fenômenos de mídia no Brasil. Com 20 milhões de contas ativas no mês de julho, o país fica atrás apenas dos Estados Unidos em usuários do programa. Quem usa o Messenger para conversar fica quase 5 horas por mês conectado ao programa, de acordo com o Ibope NetRatings. A cada dia, cerca de 800 milhões de mensagens instantâneas circulam pela rede brasileira do Messenger -- e cada uma delas tem espaço reservado para publicidade. "A Microsoft está se transformando numa empresa de mídia", diz Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor do MSN no Brasil. Companhias tão diferentes como Bradesco, Nivea, Intel ou Coca-Cola também fizeram ações promocionais e interativas no software de comunicação. No último ano fiscal, a divisão MSN faturou 2,3 bilhões de dólares mundialmente.
Para o lançamento de um novo modelo de telefone celular capaz de gravar vídeos, a Gradiente destinou 30% da verba de 6 milhões de reais de publicidade para a Microsoft. Mas o problema de capturar a atenção dos clientes não se resolve com uma simples divisão de recursos. Internet significa interatividade, e escapar de uma campanha malfeita é mais simples do que apertar um botão no controle remoto. Para atrair os consumidores, a Gradiente criou um concurso de vídeos feitos com celulares, com votação dos próprios usuários. Nos primeiros 40 dias da campanha, o serviço teve mais de 1 milhão de acessos. "Antes os anunciantes impunham o que ia ser visto e quando ia ser visto. Agora as pessoas escolhem -- e até produzem o próprio conteúdo. É uma grande mudança", disse a EXAME Brian Fetherstonhaugh, presidente mundial e executivo-chefe da OgilvyOne, braço de mídia interativa do grupo Ogilvy, um dos gigantes mundiais do marketing. "O consumidor assumiu o controle."