terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mercado telefonia teve crescimento recorde em 2008

Total de cidades com celular tem expansão recorde em 2008
05/01/2009, 20h13
Em 2008, o mercado de telefonia móvel não teve uma expansão significativa apenas no número de assinantes, que chegou à marca de 150 milhões. Também na cobertura dos municípios por operadoras de telefonia celular a expansão foi a maior já registrada em termos percentuais desde 2000, segundo levantamento inédito do Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2009, editado pela TELETIME e que já está em circulação. No final de 2008, a cobertura das operadoras móveis chegava a 3.824 municípios, contra 3.357 de 2007. Percentualmente, a expansão foi de mais de 13%, o que é o ritmo mais intenso de expansão já registrado pelo levantamento feito para o Atlas desde o começo da década. A explicação é simples: as operadoras, para adquirirem as licenças de 3G, comprometeram-se a atender cidades de pouco ou nenhum atrativo econômico. Para se ter uma idéia, em 2007 a cobertura das móveis representava 96% do potencial de consumo nacional (IPC). Em 2008, o potencial econômico da área coberta, mesmo com a adição de quase 500 novos municípios, foi de apenas 0,7%. Em termos de população coberta, o esforço de crescimento também elevou em apenas 1,7 ponto percentual o já expressiva marca de atendimento registrada em anos anteriores. Em 2008, 91,7% da população brasileira estava em municípios onde há serviço de telefonia móvel. Ao longo de 2009 e 2010, cerca de 1,7 mil cidades que hoje não têm nenhuma cobertura ainda deverão ser atendidas pelas redes de telefonia celular por conta da política de expansão criada pela Anatel através dos editais de 3G. Em 2010, todos os municípios devem estar cobertos.

Banda larga

Outro destaque do mercado de telefonia móvel em 2008 foi a marca de mais de 355 municípios atendidos por redes HSPA (3G). Parece um número baixo, mas estes municípios representam, segundo levantamento do Atlas Brasileiro de Telecomunicações, 67% do potencial de consumo do Brasil (IPC), 100,8 milhões de habitantes, 28,7 milhões de domicílios, sendo 11 milhões de domicílios A/B (ou 73% do total). Além disso, a cobertura por redes de dados EDGE chegou à totalidade dos municípios em que hoje existe telefonia celular.

O Atlas Brasileiro de Telecomunicações pode ser obtido pelo telefone (11) 3138-4621 ou pelo email assine@convergecom.com.br .

Uma parte da análise do mercado de telefonia móvel está disponível para download no site TELETIME. A publicação impressa traz ainda dados completos sobre telefonia fixa, banda larga, TV por assinatura, redes metropolitanas, backbones, cobertura das redes de satélites e o mais completo levantamento dos serviços de telecomunicações e dados operacionais e sócio-demográficos em todos os municípios com mais de 24 mil assinantes no Brasil. Da Redação - PAY-TV News

Mercado Americano...

Transição nos Estados Unidos pode custar mais que o esperado
05/01/2009, 17h35
De acordo com noticiários locais, a transição para a TV digital nos Estados Unidos está fugindo do plano inicial. Os problemas começam a ficar mais evidentes com a aproximação da data de desligamento total dos sinais analógicos, o que acontece no dia 17 de fevereiro. Dentro do esforço de garantir que ninguém fique sem receber o sinal da TV aberta, o governo norte-americano vem distribuindo junto às famílias de baixa renda cupons que podem ser trocados por conversores de TV digital. Até o momento, 17,5 milhões foram trocados. Contudo, o comitê responsável pela distribuição dos cupons está pedindo mais recursos, temendo que nem todas as famílias sejam atendidas. Segundo dados da Nielsen, em dezembro, 6,8% dos lares norte-americanos estavam completamente despreparados para a transição. Em outras palavras, não tinham receptores digitais de TV aberta e nem assinavam nenhum serviço de TV paga.

O programa conta com recursos da ordem de US$ 1,5 bilhão, e está alertando o governo Bush que deve precisar de mais US$ 250 milhões a US$ 325 milhões. Os gastos vão além do investimento em cupons em si, já que estão sendo colocados recursos em campanhas para educar sobre os novos equipamentos e instalação de antenas externas em áreas rurais e nas residências de idosos e deficientes físicos.

Preço alto

Paralelamente, outro problema pode levar parte da população a perder os sinais da TV aberta: a falta de acordo entre operadores de cabo e emissoras abertas em relação ao preço da programação. Vale lembrar, a regra do must carry nos Estados Unidos obriga os operadores de cabo a carregar os sinais das emissoras locais que desejem abrir sua programação. Contudo, as emissoras não são obrigadas a abrir o sinal, podendo, inclusive, cobrar por ele.

Recentemente, a Viacom e a Time Warner Cable travaram, publicamente, uma disputa neste sentido. Embora as duas gigantes tenham chegado a um acordo, há ainda a ameaça do corte do sinal da TV aberta para os assinantes de outras operadoras de cabo. A American Cable Association (ACA), que reúne operadores independentes de cabo, reclama que muitos canais locais estão cobrando mais para liberar seus sinais, como forma de compensar os investimentos na digitalização e os efeitos da crise. Por enquanto, a associação diz que a maioria dos operadores acaba aceitando os preços mais altos, já que o corte dos sinais locais poderia implicar perda de assinantes. Contudo, em algumas localidades os sinais locais foram cortados. No DTH, o mesmo vem acontecendo. Tanto a DirecTV quanto a Dish Network deixaram de transmitir alguns canais.

A ACA diz que o custo dos sinais abertos varia de US$ 0,25 a US$ 0,60 por assinante. O sinal, na maioria dos casos, era entregue gratuitamente. Da Redação - PAY-TV News

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Celular já se conecta até com outdoor

Nova tecnologia de código de barras traz usos inovadores para o aparelho

Mariana Barbosa

Símbolo quase banal da sociedade de consumo, o código de barras ganhou uma nova e "descolada" dimensão. Na forma de um quadrado com inúmeros quadradinhos de diferentes tamanhos dentro, o QR Code (código de resposta rápida, da sigla em inglês) permite a um usuário de celular com câmara acessar conteúdo na internet com apenas um clique.

No país mais obcecado por celular do mundo, o Japão, o QR Code virou mania. Impresso em outdoors, camisetas, cartões de visita, classificados ou embalagens, o código é capaz de armazenar 7 mil caracteres de informação, incluindo músicas, imagens, endereços de internet e de e-mails. Basta que o código seja fotografado para que seu conteúdo seja "lido" pelo browser do celular. As possibilidades são infinitas, tanto em termos de comércio eletrônico como para a publicidade.

Cerca de 40% dos japoneses já acessaram conteúdo por meio do código de barras. O uso no Japão é tão generalizado que até os túmulos estão ganhando códigos bidimensional, permitindo acessar informação sobre o morto. O código a ser fotografado por estar impresso em qualquer lugar - em outdoors, tecido ou na tela do computador. É possível, por exemplo, comprar um ingresso mirando o celular para um outdoor com a propagando de um show.

Fora do Japão, contudo, o uso ainda é experimental. A emissora britânica BBC iniciou recentemente a venda de DVDs pelo celular utilizando o QR Code. A foto do código faz baixar no celular um trailer do filme e permite também realizar a compra. Em Paris, os códigos foram espalhados em pontos de ônibus e permitem acessar informações sobre horários e trajetos. Em um museu de Viena, algumas placas para identificação de obras também ganharam códigos, permitindo aos interessados obter mais informações no celular.

"O uso do QR Code é um caminho sem volta", diz a diretora de serviços de valor agregado da Claro, Fiamma Zarife. "Temos uma equipe grande para desmistificar esse mercado."

A operadora lançou uma campanha neste fim de ano baseada no QR code, impresso em anúncios em jornais e revistas. Ao ler o código com o celular, o usuário era levado para um hotsite onde ele podia baixar a trilha da campanha. No material impresso, a operadora dava a dica de como baixar o leitor do código no celular. A operadora não revela quantos usuários acessaram o hotsite, mas a diretora diz ter ficado "bastante surpresa com o índice de curiosidade" despertado pela campanha. "Essa foi nossa campanha mais impactante do ano e teve também o objetivo de associar nossa imagem à inovação e tecnologia", diz Fiamma. Além de realizar campanhas "educativas" sobre o uso do QR Code, a Claro começa a trabalhar parcerias com anunciantes.

Com base na crença de que o brasileiro adora novas tecnologias, começam a surgir no País empresas dedicadas a desenvolver novos usos para o QR Code. Com esse objetivo nasceu a Flash Click, empresa de tecnologia que oferece serviços de comércio eletrônico e de publicidade baseados na interação do celular com o QR Code.

Um dos serviços oferecidos pela FlashClick permite a venda de música pelo celular, em parceria com a Labone (empresa que fornece tecnologia para download de música) e a Paggo (empresa que transforma o celular em meio de pagamento). "Queremos desmistificar o uso do QR Code, oferecendo serviços prontos para as empresas usarem essa tecnologia", diz o fundador da Flash Click, Carlos Teixeira, que também é assessor de inovação da Gol.

O QR Code é visto também como uma plataforma de convergência da mídia impressa pra mídia digital. Recentemente, o jornal baiano A Tarde e a revista Viagem e Turismo se tornaram as primeiras publicações jornalísticas a fazer o link imediato entre o conteúdo de papel para a internet. Anúncios com o código também começam a surgir na imprensa especializada, como a revista de publicidade Meio & Mensagem.

Mas o uso do QR Code no Brasil esbarra na questão tecnológica. O Brasil é o quinto maior mercado para celular no mundo, com 144,8 milhões de aparelhos em operação. Mas apenas 5% desses aparelhos (7,24 milhões) acessam a internet. Por outro lado, enquanto no mundo um terço das pessoas troca de celular a cada 18 meses, no Brasil metade das pessoas troca de aparelho nesse mesmo período.
Postado por luiz alfredo motta fontana às 08:55:00