quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Interatividade, TV Móvel e outros

Recursos de interatividade não são novidade para radiodifusores
29/01/2008, 19h00
Os recursos de interatividade não representam uma grande novidade para os radiodifusores, que já estão acostumados em receber contribuições da audiência, assim como o público sabe e interage com as TVs. Esta foi a conclusão apresentada pelo SBT durante o Mobile TV Latin America, que acontece nestas terça, 29, e quarta-feira, no Rio de Janeiro. Segundo Ana Paula Paes Leme, executiva de contas de novos negócios da emissora, o que muda com a TV digital e móvel é a tecnologia usada na interação. Para ela, esta será a contribuição das redes celulares na TV móvel no Brasil, o uso de suas redes como canal de retorno, já que os radiodifusores podem trafegar seus sinais de forma aberta para os dispositivos portáteis. Além da interatividade (através de cartas, votação por telefone, internet ou SMS), as emissoras estariam também acostumadas a entregar conteúdos adicionais ao seu público, como making of, entrevistas com atores etc., através da internet.
Assim, o maior desafio para os radiodifusores na TV móvel seria na adequação do conteúdo. "Muitos radiodifusores podem estar pensando em produzir e transmitir conteúdos específicos para a TV móvel, mas aí encontram dois desafios, o estratégico e o regulatório", disse, lembrando que no Brasil, ao menos por enquanto, o sinal para os dispositivos móveis deve ser igual ao sinal principal. Em relação à estratégia, Ana Paula lembrou que a audiência deve se comportar de forma diferente. Segundo ela, os picos devem ser entre 18h e 20h, seguidos do período entre 6h e 9h e no horário reservado para o almoço. Além disso, "a maneira de consumir televisão deve ser diferente. Programas para jovens certamente fariam maior sucesso", disse.

Produtores

Já a Warner Music, "cujo core business não é televisão", como lembra o diretor de new media para a América Latina, Alfonso Perez Soto, conta com uma oferta variada de conteúdos, pensando sempre no modelo de distribuição de conteúdo pelas redes das operadoras móveis. Segundo ele, o acervo da Warner Music poderia ser ainda maior, mas antes é preciso resolver algumas questões de direitos sobre as masters de vídeo, licenças de sincronização etc.
Contudo, a distribuidora de música pode oferecer conteúdo para dispositivos móveis de três formas: licenciando clipes de menos de cinco minutos de duração; licenciando programas de TV como shows e entrevistas; e com seus canais dedicados aos dispositivos móveis. O executivo lembrou que a Warner tem, para a América Latina, três canais para celulares: o RhinoTV, com clássicos do rock; o de humor Comedybox; e o canal teen WappoTV. Da Redação - PAY-TV News

TV móvel
TIM espera ter 1 milhão de assinantes em dois anos, na Itália
29/01/2008, 13h15
A TIM planeja ter 1 milhão de clientes de seu serviço de TV móvel via DVB-H dentro de dois anos na Itália. O serviço foi lançado comercialmente em junho de 2006. O tamanho atual da base não é revelado. A operadora italiana cobra 5 euros por mês para que seu cliente tenha acesso ilimitado a oito canais de TV, com transmissão 24 horas por dia. Eventos especiais, como jogos de futebol, são cobrados à parte.
De acordo com Giuseppe Persanteli, executivo da área de soluções de broadcast e inovação da TIM na Itália, o grande segredo da TV móvel é descobrir o equilíbrio entre o que deve ser oferecido como broadcast através da rede DVB-H e o que deve ser vendido sob demanda, através da rede celular.
Persanteli reconhece que a transmissão via DVB-H requer mais investimentos, em razão da construção de uma nova rede. Mas aponta como principal ponto fraco a pequena variedade de modelos de celulares disponíveis no mercado habilitados para essa tecnologia - há apenas quatro hoje na Itália. Por outro lado, o DVB-H não ocupa a rede de transmissão de dados das operadoras e é muito mais eficiente para broadcast. Fernando Paiva - PAY-TV News

TV móvel
TV norueguesa lançará propaganda personalizada no celular
29/01/2008, 13h14
Depois do sucesso obtido em um recente período de teste, a NRK, TV estatal da Noruega, decidiu lançar comercialmente em junho de 2008 o serviço de TV móvel usando uma plataforma de publicidade personalizada. O conteúdo da TV é transmitido em tempo real pela rede das operadoras celulares. E através de uma plataforma desenvolvida especialmente para este fim são enviados banners de propaganda diferentes para cada usuário, dependendo do seu perfil de uso e de dados cadastrais coletados pelas operadoras e pela NRK.

DMB

Paralelamente, a NRK pretende montar uma rede de broadcast de TV móvel com tecnologia DMB, a mesma usada na Coréia do Sul. Gunnar Garfors, diretor da NRK, explica por que a tecnologia DVB-H, preferida na maioria da Europa, foi preterida pela empresa: "o DVB-H não funciona bem na Noruega por causa da grande quantidade de montanhas no país."
Segundo Garfors, a emissora pretende oferecer publicidade personalizada também na distribuição via DMB. Tudo depende do player a ser usado nos celulares. Ele precisará comunicar-se com duas redes simultaneamente: com a de DMB, para receber os vídeos, e a rede celular, para realizar a interatividade e receber os banners de propaganda.

Modelo

Garfors acredita que a TV móvel no futuro terá que ser sustentada por publicidade, tal como acontece com a TV aberta hoje em dia. "Mesmo 5 euros de assinatura para TV móvel é caro para muita gente, até mesmo na Noruega", disse o executivo. Ele acredita que o consumidor somente pagará por conteúdo sob demanda e premium.
Os primeiros testes da NRK com TV móvel foram apresentados em matéria publicada na edição de dezembro da revista TELETIME. Garfors participou como palestrante do seminário Mobile TV Latin America, evento realizado nesta terça-feira, 29, no Rio de Janeiro, e que reuniu cerca de 40 pessoas. Fernando Paiva - PAY-TV News

Mobile TV
Alcatel-Lucent desenvolve plataforma de publicidade no celular
29/01/2008, 18h15
A Alcatel-Lucent desenvolveu uma plataforma dedicada a gerenciar publicidade em serviços de TV móvel. Batizada de "AD Selection One2One", a plataforma oferece, entre outras funcionalidades, a possibilidade de incluir logo de companhias durante os poucos segundos necessários para a troca de canais em uma aplicação de TV móvel. Outra alternativa é o gerenciamento de banners de publicidade veiculados na parte inferior da tela e transmitidos através das redes celulares. O produto é um complemento à plataforma da TV móvel da fabricante, que já foi adotada por algumas grandes operadoras ao redor do mundo, como a australiana Telstra. A "AD Selection One2One" será apresentada no estande da Alcatel-Lucent durante o Mobile World Congress, que será realizado em Barcelona, na Espanha, em fevereiro.

DVB-SH

No segmento de TV móvel, a fabricante aposta forte também na produção de equipamentos para redes DVB-SH, uma evolução do padrão DVB-H. "O DVB-SH consegue melhorar a cobertura indoor. Além disto, o custo de instalação da rede cai pela metade em comparação com o DVB-H", defende Pablo Torres, diretor de desenvolvimento de negócios da Alcatel-Lucent.
Essa tecnologia, contudo, ainda é pouco difundida no mundo. Apenas uma operadora está com um lançamento comercial programado até agora: a norte-americana ICO, que vende serviço de rádio via satélite. A operadora italiana 3 promete fazer um teste com a tecnologia em breve.
O DVB-SH pode funcionar em muito mais freqüências que o DVB-H. Uma das faixas que deve ser utilizada pelo DVB-SH na Europa é a de 2,2 GHz, que por ser próxima de 2,1 GHz do UMTS possibilitará o uso da mesma infra-estrutura. O DVB-SH permite também o uso de satélites para complementar a cobertura onde for necessário.
O grande problema do DVB-SH por enquanto é a falta de aparelhos. Há hoje apenas dois modelos compatíveis. Porém, segundo Torres, a adaptação de modelos DVB-H para DVB-SH é fácil e pode ser feita pelos fabricantes em seis meses. Fernando Paiva - PAY-TV News

IPTV
Mais duas teles latino-americanas preparam lançamentos
29/01/2008, 18h18
Duas operadoras de telefonia fixa da América Latina anunciaram planos de lançar serviços de IPTV. A colombiana Une EPM planeja lançar o serviço comercial em março. No mesmo mês, a Telecom Argentina iniciará um teste. Ambas são operadoras de telefonia fixa.
A Une vem testando IPTV há dois anos. "Não dá para lançar esse serviço da noite para o dia", explica o diretor de IPTV da operadora, Andres Betancur. Em 2006, a companhia testou o serviço com cem clientes usando MPEG2 e rede ADSL+2. Depois, em 2007, fez um segundo teste, então com mil clientes, usando MPEG4, H.264 e ADSL+2. Foram feitos fortes investimentos na rede para reduzir para até 500 metros a distância entre as centrais telefônicas e as residências dos clientes. "A velocidade mínima para IPTV precisa ser de 6 Mbps", afirma o executivo.
Em uma primeira fase, a Une oferecerá 200 canais de vídeo e áudio empacotados de várias formas diferentes. Nessa fase também haverá vídeo sob demanda, pay-per-view e serviço de controle de acesso ao conteúdo pelos pais. Em uma segunda fase a empresa oferecerá PVR (personal vídeo recorder), e-mail TV e páginas da web na TV. A terceira fase consistirá na oferta de HDTV, jogos na TV, SMS na TV, além de outros serviços de valor adicionado.
A expectativa de retorno para o investimento é de sete anos. "Os custos do conteúdo são altos. Em alguns casos os provedores ficam com 75% e a operadora com 25%", reclama Betancur. Além disso, os preços de TV por assinatura na Colômbia são baixos. Há ofertas de US$ 12 por mês. E outras, ilegais, por US$ 5 ao mês.
A Telecom Argentina, por sua vez, fará seu primeiro teste em março de 2008 para aperfeiçoar o know-how de seus técnicos, integrar o OSS e o BSS, além de testar diferentes arquiteturas de rede. Será utilizadp MPEG4, H.264 e transmissão em SDTV e HDTV. Fernando Paiva - PAY-TV News

Mobilidade
Pesquisa indica pessimismo em relação a serviços convergentes
29/01/2008, 21h03
Uma pesquisa realizada pela Valista, estabelecida na Irlanda e nos Estados Unidos, em relação ao mercado de banda larga, trouxe resultados surpreendentes. A sondagem com integrantes do setor móvel revelou que 46% dos provedores acreditam que o desenvolvimento de estratégias de negócios para capitalizar a convergência será um grande desafio em 2008. E isto será seguido de perto pelo declínio da receita média por usuário (Arpu), em 30%. A capitalização com base na convergência pode tornar-se ainda mais desafiadora quando confrontada com o pessimismo no segmento de banda larga e TV a cabo, onde três quartos dos pesquisados previram que menos de 10% dos provedores de banda larga e de TV a cabo oferecerão programação por meios móveis neste ano. Isto mostra que a convergência entre os provedores de serviços móveis e de banda larga ainda é vista pelo setor como um negócio prematuro.
Além disso, segundo a Valista, quase metade dos pesquisados oriundos do setor de mídia e entretenimento respondeu que o maior problema este ano será o desenvolvimento de novos modelos de negócios para novos canais, seguido de perto pela manutenção de receitas de publicidade na faixa de 33%. Apenas 11% acreditam que o maior desafio, ao contrário, será o gerenciamento e proteção de conteúdo.
Para Fran Heeran, CTO da Valista, é preciso esperar para ver se realmente 2008 será o ano em que a área de serviço móvel, da banda larga e da mídia e entretenimento alinharão seus negócios para lucrar em cima da convergência.
Em relação à publicidade móvel, 36% dos entrevistados acreditam que há significativas oportunidades neste segmento, com quase um quarto mostrando-se otimista com a produção de conteúdo e mídia móvel pelos usuários.
Sobre meios de pagamento pelo uso do conteúdo móvel, 45% dos entrevistados acreditam que o método que prevalecerá tanto para banda larga quanto TV a cabo será o de pagamento direto na conta telefônica em 2008; 27% apostam no pagamento cuja autorização é um SMS (ou Premium Short-Message Service); e 5% votaram no cartão de crédito. Da Redação - PAY-TV News

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