quinta-feira, 5 de julho de 2007

iPhone movimenta US$ 186,1 milhões nos EUA

Apple e AT&T comercializaram 700 mil unidades no último fim de semana, o dobro das previsões iniciais; rentabilidade do aparelho supera a das rivais
Cibele Santos 04/07 - 12:28
Segundo estimativas da empresa de pesquisa iSuppli e da corretora de valores Goldman Sachs Group Inc., as lojas da Apple e da AT&T nos Estados Unidos venderam 700 mil iPhones entre a noite do lançamento, na sexta-feira, 29 de junho, até o domingo, 1º de julho. A versão de 8 gigabytes, de US$ 599 (três vezes o preço de lançamento do Q, da Motorola) contribuiu em grande parte para que as vendas dos aparelhos somassem US$ 186,1 milhões no fim de semana, superando de longe as projeções iniciais do mercado. O modelo mais barato, de 4 gigas, custa US$ 499.Os analistas ouvidos ra pela Bloomberg divergem quanto ao número real de vendas unitárias, mas, de modo geral, estas ultrapassaram em mais de duas vezes as previsões iniciais - tanto na avaliação da Goldman Sachs (700 mil versus 350 mil) quanto da Piper Jaffray & Co. (500 mil contra 200 mil). O fato é que, na segunda-feira, 2, mais da metade das lojas Apple tinha esgotado o seu estoque, o mesmo acontecendo na esmagadora maioria das 1,8 mil revendedoras AT&T (provedora exclusiva do serviço wireless do aparelho). Como resultado, as ações da Apple, que até este momento do ano já saltaram 50%, bateram o recorde de crescimento dos últimos seis meses (avanço de 4,9%, ou de US$ 5,91) na terça-feira 3, fechando a US$ 127,17 na Bolsa Nasdaq de Nova York. Margens dobradas Como apontado pela iSuppli, o preço de venda do produto supera em mais de duas vezes o seu custo total de produção, tornando-o mais lucrativo que os celulares das líderes mundiais, a finlandesa Nokia Oyj e a americana Motorola Inc.. Na avaliação da iSuppli, o preço de fabricação do modelo de US$ 599 é de apenas US$ 265,83 - o que se traduz em margem bruta (diferença entre o preço de venda e o custo da mercadoria) superior a 55%. Em comparação, a Research In Motion Ltd., fabricante do BlackBerry, reportou margem de 51,8% no último trimestre; a Palm Inc., que produz o Treo, 38,2%; e os celulares da Motorola, menos de 30%. O iPhone teve um ótimo começo, disse à Bloomberg o analista Bill Choi, da Jefferies: "Eles estão sendo vendidos por muito dinheiro e são muito rentáveis em termos de margem bruta". Por outro lado, ressalva, o fato de a margem ser maior do que a de alguns concorrentes não determina, isoladamente, o nível de lucratividade de um produto, na medida em que as empresas também investem em logística, royalties, marketing, pesquisa e desenvolvimento. "A Apple ainda precisa vender uma ’massa crítica’ de iPhones para cobrir os custos de desenvolvimento", observou. Componentes Depois de abrir um iPhone de 8 gigabytes para pesquisar seus componentes, a iSuppli verificou que a sul-coreana Samsung Electronics Co. é a maior fornecedora do supercelular, sendo que seus chips de memória e processadores respondem por 30,5% do custo das peças.

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