segunda-feira, 17 de setembro de 2007

TV Digital Móvel...

Governo exigirá que canal móvel tenha mesmo conteúdo do fixo14/09/2007, 15h36Um novo problema promete esquentar os debates do Fórum de TV Digital. Trata-se da transmissão para dispositivos móveis e portáteis (transmissão pelo stream de vídeo 1 SEG). Segundo André Barbosa, assessor especial da Casa Civil, a posição do governo, que deve ser manifestada aos radiodifusores, é que a transmissão pelo 1 SEG é obrigatória assim que começarem as transmissões digitais. Assim, as emissoras que iniciarem seu processo de digitalização terão que colocar no ar um sinal digital (que pode ser em definição standard ou em alta definição), um analógico (que já é transmitido hoje) e um sinal para dispositivos portáteis e móveis (1 SEG). E mais: o governo lembrará aos radiodifusores que os conteúdos nos três sinais têm que ser coincidentes e simultâneos. "Esse foi o pedido original dos radiodifusores. Eles sempre disseram que a vantagem da transmissão móvel seria levar o sinal da TV aberta a outros dispositivos. Então, pelo menos uma transmissão 1 SEG terá que ser idêntica em conteúdo ao sinal analógico", diz Barbosa. Ele lembra que as emissoras podem optar por fazer multiprogramação tanto no sinal SD ou HD quanto no sinal 1 SEG. "Nesse caso, nem todos os canais serão iguais, mas é preciso manter pelo menos um canal em comum entre o sinal digital, o analógico e o 1 SEG".O assunto é delicado pelo seguinte motivo: o consórcio formado pela Encore, Telavo e Teikon está prometendo entregar um set-top para recepção digital a R$ 200. Só que esse set-top recebe justamente o sinal 1 SEG, que tem resolução mais baixa que a apresentada pela TV analógica atualmente, mas que apresenta melhor qualidade de recepção de sinal. É uma solução vista com bons olhos pelo governo, porque acelera a adoção da TV digital, mas não é algo que as emissoras de TV e os fabricantes de televisor estejam comemorando, porque tornará mais lenta a curva de adoção de aparelhos para alta definição. Se os radiodifusores optarem por fazer a transmissão móvel com conteúdos diferentes daqueles que estarão no sinal digital e no sinal analógico, usuários desse tipo de set-top seriam prejudicados.Acontece que as emissoras sabem que a pequena tela do celular ou do dispositivo portátil poderia ser melhor aproveitada com formatos específicos e conteúdos customizados para as limitações que o usuário de um celular ou receptor móvel terá. Programas mais curtos, outros formatos de publicidade, interação com serviços pagos das teles celulares, tudo isso poderia ser usado na transmissão 1 SEG. Agora, quem quiser fazer isso precisará partir para um modelo de multiprogramação, a prevalecer essa posição do governo.No Japão a regra é igual à que vem defendendo a Casa Civil para o Brasil. Um dos motivos seria garantir espaço para serviços diferenciados de vídeo prestados pelas operadoras de telefonia móvel. Samuel Possebon - PAY-TV News
Leia mais sobre este assunto Set-top box de R$ 200 não receberá sinal de alta definição Multiprogramação será permitida desde o começo, diz Minicom Costa aposta em set-top a R$ 200; Telavo confirma
TV digitalABTA e Fórum de TV Digital devem ter ações conjuntas14/09/2007, 19h20A ABTA fez nesta quinta, 13, uma apresentação ao Fórum de TV Digital. Foi a primeira apresentação oficial da associação de TV paga para o grupo de que coordena o padrão brasileiro.Segundo Alexandre Annenberg, diretor executivo da ABTA, o resultado do encontro foi positivo. Ficou acertado que os operadores de TV paga e o Fórum de TV Digital tratarão de aspectos técnicos e da divulgação da TV digital.Em outubro, o Fórum incia uma campanha de grandes proporções para começar a esclarecer a população sobre a TV digital, cujas transmissões comerciais se iniciarão em dezembro, em São Paulo. No plano original de divulgação, a TV paga não era nem mencionada, o que certamente geraria muita confusão entre os quase 5 milhões de assianntes de cabo, MMDS e DTH que não recebem os sinal pela TV aberta exclusivamente. O que ficou acertado é que serão buscadas formas de a TV paga ser incluída nesse plano de comunicação. O outro aspecto da discussão será o técnico, buscando soluções tecnológicas comuns para facilitar a vida do usuário e permitir uma melhor integração entre a TV aberta e a TV paga.Annenberg lembrou aos integrantes do Fórum de TV Digital que a TV paga e a radiodifusão são complementares, inclusive no universo digital, e não concorrentes.A TV por assinatura, além de já ter boa parte de seus assinantes atendidos por sistemas digitais (ainda que não em alta definição), tem clientes com maior poder aquisitivo, que tendem a ser os primeiros a adotarem a TV digital aberta, daí a preocupação da ABTA. Além disso, até o final do ano, as operadoras de TV paga devem dar mais ênfase a conteúdos em alta definição. "Sem a coordenação, seríamos obrigados a passar todas as reclamações que viessem dos nossos assinantes para os fabricantes de equipamento e para as emissoras de televisão, o que obviamente não é o nosso objetivo". Samuel Possebon - PAY-TV News

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