quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Nova geração de redes vai mudar cenário competitivo

Nova geração de redes vai mudar cenário competitivo 5/9/2007 14:19:00
As redes da próxima geração (NGNs, na sigla em inglês) vão transformar o setor de telecomunicações e exigirão bilhões de dólares em novos investimentos em meio ao esforço das operadoras, em todo o mundo, para continuarem competitivas. A constatação é da União Internacional de Telecomunicações (UIT) em relatório no qual destaca modificação importante na maneira como as pessoas se comunicam e como as empresas do setor conduzem seus negócios.Órgão mundial no qual o setor publico e empresas se encontram para desenvolver redes e serviços de telecomunicações, a UIT nota que países europeus falam de dezenas de bilhões de dólares de investimentos necessários para ter as novas redes. Elas já engatinham, inclusive no Chile e Argentina.Representam a passagem do princípio "uma rede, um serviço", ao de uma única rede multisserviços. Do ponto de vista técnico, uma rede NGN se apóia numa nova arquitetura modificando ao mesmo tempo as partes centrais e o acesso de uma rede de telecomunicações, o que altera a maneira pela qual os serviços serão fornecidos ao consumidor final.As redes de telecomunicações atuais suportam serviços de voz e dados utilizando plataformas independentes. Nas NGNs, baseadas no protocolo de pacotes de internet (IP), os dados, a voz e as novas aplicações multimídia convergem em uma plataforma de transporte comum.Essas novas redes estão sendo desenvolvidas assim como o uso de várias tecnologias - redes de banda larga sem fio e serviços móveis, fibras e cabo, entre outras - ou melhorando as linhas atuais de cobre.Para a UIT, se os países ricos analisam atualmente a rentabilidade dos serviços NGNs como a TVIP ( TV sobre protocolo de internet) e a televisão móvel, países em desenvolvimento podem tirar proveito dos progressos tecnológicos atuais, queimando etapas para satisfazer a demanda refreada. Enquanto países desenvolvidos provavelmente vão utilizar redes fixas, a entidade estima que o acesso para NGN por países em desenvolvimento ocorrerá sobretudo por rede de conexão sem fio.A completa migração para as NGNs tomará tempo, talvez entre 2012 e 2020, mas parece inevitável. Existe a possibilidade de que novos operadores surjam, à medida que os atuais operadores no mercado otimizem seus investimentos na tecnologia atual.No plano internacional, a passagem às redes NGNs vai provocar nova baixa na repartição das tarifas de comunicações efetuadas entre os países, reduzindo o dinheiro recebido pelas nações em desenvolvimento. Basta ver que no pagamento do período 1993-1998, a UIT estimou que o fluxo líquido desses pagamentos de países ricos para os emergentes foi de US$ 40 bilhões. No entanto, o crescente volume do tráfego passa fora dos sistemas de contabilização, via voz sobre protocolo de internet ( VoIP, na sigla em inglês), ou é dirigido para explorar as rotas menos custosas, de forma que agora os países em desenvolvimento é que podem pagar US$ 3 bilhões às nações industrializadas. Esses custos podem aumentar, à medida que crescer o tráfego para redes NGNs. (AM) Fonte: Valor Econômico

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