quarta-feira, 31 de outubro de 2007

TV 2.0

TV 2.0Globo quer novas mídias para fortalecer a Globo30/10/2007, 13h41De que maneira o principal grupo de comunicação brasileiro, a Globo, está olhando o futuro da televisão? De que maneira ela acredita que a internet e o celular afetarão a forma de ver e consumir TV? Algumas respostas a esta pergunta começaram a ficar mais claras durante o Congresso TV 2.0, realizado nesta terça e quarta, em São Paulo, com promoção das revistas TELA VIVA e TELETIME.Juarez Queiroz, diretor do portal Globo.com e um dos responsáveis pelas estratégias de novas mídias da Globo deixou claro que o objetivo do grupo é "trazer a magia da internet e do celular para dentro da plataforma criativa e de produção de conteúdo que a Globo tem". Isso significa, segundo ele, que o percentual de 95% do conteúdo produzido internamente que hoje vigora para a TV aberta deve se manter nas novas tecnologias. O executivo explicou que a dificuldade é encontrar as linguagens adequadas. "O que queremos (com a internet e o celular) é aumentar o envolvimento do telespectador com a nossa programação", diz Queiroz. Por "nossa programação", entenda-se a programação do carro-chefe, a TV Globo. "A grande preocupação é capturar a atenção das pessoas no mundo da Internet, onde a audiência é fragmentada. Estamos na fase de experimentar", explica o executivo. "Outro objetivo que temos com os novos meios é aumentar o relacionamento do nosso espectador com a publicidade", diz Queiroz.481 milhões de vídeosEle dá alguns números importantes do que significa a Globo na internet hoje: já foram vistos mais de 481 milhões de vídeos no Globo.com de janeiro até setembro, sendo 40,5 milhões só em setembro (o site YouTube tem 120 milhões de vídeos assistidos por dia com 60% da audiência de vídeo em toda a web). O tempo que o internauta passa assistindo a vídeos na internet, na experiência da Globo, em média, não passa de 1 minuto e 33 segundos, com máximos de 15 minutos para programas na íntegra e 16 minutos para transmissões ao vivo. Durante a Copa, foram assistidos 12,5 milhões de vídeos, sendo que 2,4 milhões de pessoas assistiram a jogos ao vivo. O último "Big Brother" gerou 237 milhões de acessos a seus vídeos. E o dado mais importante: apenas 5% do conteúdo do Globo.com geram 80% do total de acessos. Juarez Queiroz apresentou esse dado ao responder se a teoria do "long tail" de fato tem encontrado comprovação na experiência da Globo. "A grande dificuldade do modelo de cauda longa é o custo de armazenamento do conteúdo de baixo acesso. Isso vai acontecer, mas ainda precisamos encontrar uma maneira de viabilizar a infra-estrutura", explicou, citando o exemplo da necessidade de digitalização e armazenamento para web de novelas mais antigas, que também enfrentam a questão dos direitos de imagem que precisam ser renegociados.Ao ser questionado sobre as razões pelas quais o Globo.com não disponibiliza os conteúdos exclusivos de esportes detidos pela Globo para acesso ao vivo na Internet, Queiroz explicou que existe uma preferência do usuário de assistir esses jogos nas opções tradicionais, quando elas estão disponíveis simultaneamente. "A audiência seria muito pequena", disse o executivo, que depois explicou a esse noticiário que existe um modelo de negócios da TV aberta e da TV paga (que vende os jogos em pay-per-view) a ser preservado. Sobre as variáveis que podem fazer com que a TV mude no futuro, Juarez Queiroz diz acreditar que a principal delas será a TV digital móvel. "Isso nos obriga a pensar na forma de fazer televisão", explicou. Ele aponta também o celular como a principal ferramenta de interação com a TV. "Hoje, 80% da nossa interatividade com a programação vem do celular, em programas como Big Brother, por exemplo". Samuel Possebon - PAY-TV News
TV 2.0BrT prevê dobrar oferta de conteúdo on demand do Videon30/10/2007, 17h43A Brasil Telecom prevê dobrar em menos de um ano a oferta de conteúdo do Videon, serviço de video-on-demand (VOD) lançado em setembro. Hoje o portfolio inclui 550 horas de conteúdo entre séries, músicas, desenhos e 140 filmes de longa-metragem. "Só para se ter uma idéia, as TVs abertas contam com um acervo de no máximo 40 a 50 filmes por ano", destaca o diretor de operação móvel e desenvolvimento de negócios da Brasil Telecom, Carlos Watanabe, que participou nesta terça-feira, 30, do Congresso TV 2.0, promovido pela Converge Comunicação e as revistas TELETIME e TELA VIVA.Outra aposta da BrT é acrescentar interatividade. Para isso deve integrar ao serviço a plataforma de conteúdo do iG (do grupo Brasil Telecom). O portal será customizado para o consumidor de TV, com mais vídeo e formas mais simples de navegação, mas mantendo as características do portal.A empresa não informa o número de assinantes do Videon, mas tem hoje 1,5 milhão de usuários de banda larga, sendo que 50% deles contam com o ADSL2+, que oferece velocidades de até 8 Mbps, plataforma considerada ideal para o recebimento de vídeo. Watanabe considera que a BrT está preparada para o próximo passo da IPTV: a oferta de uma grade de programação similar à TV por assinatura, assim que a regulamentação permitir, mas a TV em alta definição está, por enquanto, fora das possibilidades tecnológicas, porque requer uma conexão de 10 Mbps garantidos, o que só será possível com a tecnologia VDSL. Sobre a concorrência com outros serviços de VOD, como o console de videogame XBox, da Microsoft, com oferta similar (vídeo, séries, música etc) chamada Marketplace, ainda sem previsão de lançamento no Brasil, Watanabe acredita que há espaço para todos os públicos. "No caso da Brasil Telecom, o Videon agrega valor à banda larga que o cliente já recebe em casa, o que facilitaria sua difusão", destaca o executivo. Ana Luiza Mahlmeister - PAY-TV News
TV 2.0Estúdios e independentes têm espaço no VOD30/10/2007, 18h10Alguns conteúdos brasileiros já começam a fazer parte do acervo do primeiro serviço de video on demand e de IPTV, o Videon, da Brasil Telecom. Conforme apresentou Carlos Watanabe, diretor de operação móvel e desenvolvimento de negócios da Brasil Telecom, no Congresso TV 2.0 nesta terça, 30, em São Paulo, a operadora já tem contratos assinados com alguns dos grandes estúdios internacionais, programadoras de TV por assinatura, além de TV Cultura, Ministério da Educação e Lumiére. Os longas-metragens oferecidos no serviço custam, para uma diária, entre R$ 6,90 (para lançamentos) e R$ 1,90 (produtos de catálogo). Entre os títulos Premium do Videon está o longa brasileiro "O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias". Para Watanabe, a IPTV abre uma nova janela para a produção independente. "Estamos conversando com estes produtores de conteúdo para podermos oferecer a quantidade mais variada possível de produtos", disse o executivo da Brasil Telecom. Segundo ele, na IPTV não há limitação de espaço no line-up das operadoras e na grade das programadoras, já que o conteúdo é recebido pelo usuário por streaming. "Nossa limitação é o espaço disponível em nossos servidores", explica.Em relação ao modelo de negócios, Watanabe diz que alguns estão em teste: revenue share, valor fixo por assinante e conteúdo patrocinado.Evolução naturalPara Antônio Barreto, CEO da Digital Latin America (DLA), o vídeo on demand, modelo oferecido pela Brasil Telecom, é a conseqüência natural da evolução das redes digitais. Segundo ele, modalidade de venda de conteúdo, assim como o pay-per-view, alavanca a plataforma de TV por assinatura. Segundo ele, o vídeo on demand, quando disponível na rede de TV por assinatura, vende oito vezes mais que o pay-per-view. Questionado sobre onde o usuário deixa de gastar para gastar mais com a operadora de TV por assinatura, Barreto brincou: "Sei lá. Talvez consuma menos gasolina. Nosso negócio já é tão difícil que, se cresce, ninguém quer saber da onde vem este dinheiro."Sem exclusividadeNo mesmo painel do evento, Carlos Canhestro, da Warner, afirmou que não há sentido em vender conteúdo para VOD com exclusividade. "O consumidor busca o 'Harry Potter', não a Warner, por que o operador iria querer exclusividade?" Em relação à possibilidade de haver um canibalismo neste tipo de serviço, que poderia engolir o mercado de home vídeo, Canhestro disse que "quanto mais consumo, melhor. As novas mídias só aumentam o mercado". Para ele, há "espaço para tudo: TV aberta e por assinatura, vídeo on demand, DVD. Há diferentes mercados no Brasil, cada um mais alinhado a uma mídia". Da Redação - PAY-TV News
TV 2.0Novas plataformas quebram oligopólios, diz Chris Deering30/10/2007, 13h37"Todas as mudanças na mídia, desde o cinema falado, acontecem por conta de uma ruptura tecnológica." É como Chris Deering, chairman do portal de distribuição de vídeo Jalipo abriu o Congresso TV 2.0, que acontece nesta terça e quarta-feira, promovido pelas revistas TELA VIVA e TELETIME. Se o mercado sobrevive ou não a esta mudança, tudo depende do valor de seu conteúdo ao usuário. "A ruptura na indústria musical cortou pela metade o valor deste mercado. Tínhamos que comprar 12 músicas mesmo que quiséssemos apenas cinco, o que não é mais necessário", explica Deering. Para o executivo, a era em que havia controle sobre o conteúdo acessado pelos usuários se foi. "Programadores e produtores não estão fora do jogo, mas precisam ser diferentes".Segundo ele, a grande revolução dos modelos de distribuição de vídeo que usam a Internet é a possibilidade de trabalhar com menor escala de público. "Distribuir conteúdo por satélite tem um custo fixo, não importa para quantas pessoas esse conteúdo seja distribuído. Na Internet, o custo de distribuição é variável", disse. Para o executivo, com as novas plataformas, os oligopólios de distribuição devem ser quebrados, abrindo oportunidades para novos players, como o próprio Jalipo. A empresa se apresenta como uma infra-estrutura de distribuição, mas que não compra os direitos do conteúdo que distribuí. "O detentor vende seu conteúdo diretamente ao usuário, sem ter de ceder direitos para terceiros", explicou. A Jalipo cobra 20% de comissão sobre o conteúdo comercializado em sua rede.Dentro das novas plataformas, Deering aposta que deve haver um aumento de demanda por conteúdo long tail com exibição ao vivo. "Há mais de 10 milhões de fãs de vôlei na Europa, mas virtualmente nenhuma transmissão comercial na televisão", justificou.IPTVPara Deering, a IPTV "está dirigindo a próxima onda de crescimento da banda larga para conteúdos de alta qualidade, com direitos controlados". Segundo o executivo, a IPTV diminuiria o churn da banda larga das redes de telecom, que representam, como mostrou, um mercado de 38 bilhões de libras no Reino Unido, contra um mercado de televisão de 11 bilhões de libras. "Veremos uma presença mais forte das operadoras de Telecom neste mercado com o tempo", disse. Mas ele ressaltou que as operadoras de IPTV estão apenas reproduzindo os modelos existentes de TV por assinatura. "Por enquanto, é apenas uma outra forma de entregar o conteúdo". Da Redação - PAY-TV News

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