quinta-feira, 28 de junho de 2007

iPhone

Invento da Apple é quase tão bom quanto sua publicidade 28/6/2007 09:39:00
Se o assunto é como divulgar um produto, o Apple iPhone nos últimos seis meses foi tema de 11 mil artigos na imprensa, e uma busca no Google usando o nome do produto atrai 69 milhões de retornos. Os adeptos mais devotados da marca estão acampados diante das lojas Apple, blogs apelidaram o aparelho de "Jesus dos celulares" - e tudo isso antes que um único consumidor encostasse um dedo no celular. O fato é que boa parte dos exageros e algumas das críticas quanto ao iPhone são perfeitamente justificados. O iPhone é revolucionário - e imperfeito. Tem substância e tem estilo. Faz coisas que nenhum celular foi capaz de fazer; carece de recursos disponíveis até mesmo nos mais básicos dos concorrentes. A menos que você tenha passado os seis últimos meses trancado em um tanque de isolamento sensorial, deve saber o que é o iPhone: um pequeno e lindo computador de mão cuja tela é feita de vidro sensível ao toque.Os dois modelos, ao preço de US$ 500 e US$ 600, têm respectivamente quatro e oito gigas de memória ou espaço para 825 e 1.825 canções. (Em ambos os casos, 700 megabytes são ocupados pelo software do aparelho.) O preço é alto, mas, por outro lado, inclui um celular, um iPod capaz de executar vídeo, um terminal de e-mail, um navegador de Internet, uma câmera, um despertador, um organizador pessoal semelhante aos Palms e, acima de tudo, serve como um tremendo símbolo de status.

O aparelho é tão esguio, tão fino, que faz com que Treos e Blackberrys pareçam obesos em comparação. É fácil manchar o vidro - e ele pode ser limpo com a manga da camisa -, mas não é fácil arranhá-lo. Estou andando com um iPhone no bolso há duas semanas, sem proteção (o iPhone, quero dizer, não eu), e o aparelho não mostra nem mesmo uma marca.Mas a maior realização é o software. É rápido, bonito, não precisa de menus e é mortalmente fácil de operar. Não há como perder o rumo, porque o único botão físico com que o aparelho está equipado conduz o usuário de volta à tela inicial, na qual estão exibidos os ícones para as 16 funções do iPhone.É provável que você tenha visto os comerciais da Apple, mostrando a física peculiar que rege as coisas que o iPhone exibe em sua lista. É possível percorrer uma lista movendo apenas um dedo; as capas de CDs se abrem quando você as toca; as mensagens de e-mail rejeitadas "caem" em uma cesta de lixo. É claro que tudo isso é só enfeite. Mas são características que tornam o aparelho divertido de usar, algo que dificilmente se poderia dizer sobre a maioria dos celulares.A Apple escolheu a AT&T (ex-Cingular) como operadora exclusiva do iPhone nos primeiros anos do produto, em parte porque a empresa deu carta branca ao fabricante para redesenhar tudo aquilo que as pessoas odeiam sobre os celulares convencionais.Por exemplo, quando o aparelho enfim for colocado à venda, na sexta-feira, o usuário não precisará assinar o serviço em uma loja de celulares, sob pressão dos vendedores.

Poderá levá-lo para casa e escolher o plano que preferir com calma, usando o software iTunes que já vem instalado.O melhor é que acesso ilimitado à Internet só eleva em US$ 20 ao mês o preço do plano de voz oferecido pela AT&T, cerca de metade do que os proprietários de Treos e Blackberrys pagam por serviço semelhante. Por exemplo, o plano de US$ 60 ao mês oferece 450 minutos de voz, 200 mensagens de texto e acesso ilimitado à Internet, enquanto o de US$ 80 mensais dobra o número de minutos. Comprar um iPhone requer escolher um desses planos de voz e Internet, com prazo mínimo de dois anos. Fonte: The New York Times

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