sexta-feira, 11 de abril de 2008

Casos de interatividade

Séries querem audiência fora da TV 11/4/2008 09:16:00

A interatividade está cada vez mais presente em séries de ficção na TV. O espectador, que antes se limitava a escolher o desfecho de um episódio em programas como o extinto "Você Decide", da Globo, pode agora definir os rumos de uma produção. Ele pode, inclusive, produzir material que se integra à série exibida na TV. De acordo com Brian Seth Hurst, especialista americano em cross-media que moderou, nesta quarta (8), debate sobre o tema na MIPTV, feira de conteúdo televisivo que acontece em Cannes, França, esse é o grande formato de entretenimento do futuro. "Esse tipo de experiência une o que há de melhor na TV, nos games e na Internet", diz Hurst.

Na série canadense "Regenesis", que está no ar em sua quarta temporada, os espectadores são "chamados à ação". Ao "ajudar" os pesquisadores do laboratório virtual NorBac a solucionar casos, numa espécie de game, os fãs interferem no enredo do programa.

Em alguns casos, os espectadores enviam "pistas", que podem, por exemplo, ser fotos tiradas em lugares que de fato existem. O material enviado pode fazer parte de cenas da série. Dependendo do grau de envolvimento do espectador nas investigações, ele pode se tornar um "agente Norbac" na comunidade do programa.

A norueguesa "Marika" também faz os espectadores participarem de uma investigação no "mundo real" que define os rumos da história. As pistas podem ser encontradas até pelo Google Earth. A série, aliás, deixa indefinidos os limites entre ficção e realidade. Baseada na "história real" do desaparecimento de 20 mil suecos em 1966, entre os quais estava a garota Marika, a série promove debates ao vivo, com um apresentador verdadeiro, que modera a discussão de atores desconhecidos.

Fonte: UOL

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