GAZETA MERCANTIL - COMUNICAÇÃO - SÃO
PAULO - 26/11/08 - Pg. C2
Estudo sobre o desempenho da indústria mundial da comunicação feito pelo The
International Communications Market Report, da Ofcom, órgão que regula esse
setor do Reino Unido, aponta que a internet de alta velocidade foi a área
que mais avançou nos negócios, tanto em termos de conexões como de receita,
embora com ritmo menos acelerado do que em anos anteriores. No Reino Unido,
por exemplo, o crescimento em 2006 foi de 20%, enquanto o índice no ano
seguinte foi de 14%.
Do total de domicílios monitorados na pesquisa, 56% têm conexões de banda
larga, contra 12% em 2002. A Holanda lidera com 81% dos domicílios, contra
66% do Canadá, 62% da Suécia, 61% dos EUA e 60% do Reino Unido. De modo
geral, entretanto, as taxas de crescimento do setor estão declinando.
O Japão está na dianteira entre os países desenvolvidos no que se refere à
oferta da próxima geração das redes de acesso à banda larga, com 85% da
população já servida por fibra ótica até a porta das residências. O país
lidera em número de aparelhos 3G, usados por 83% dos usuários de celulares.
O índice representa um aumento de 50% desde 2004, quando apenas 13% tinham
conexões de terceira geração. Em seguida vêm os mercados da Itália (27%),
República da Irlanda (26%) e Reino Unido (17%).
TV digital
A adesão às tecnologias digitais cresce a cada ano em todos os maiores
mercados. O Reino Unido, segundo do ranking de penetração de celulares,
agora é o número um em abrangência de TV digital: 86% dos domicílios recebem
sinais digitalizados (crescimento de 9 pontos percentuais), contra 70% dos
EUA (ganho de 9 pontos) e 66% da França, que foi o país com maior expansão
(aumento de 13 pontos).
Populares
Os britânicos também lideram em gravadores digitais de vídeo (DVRs), que
permitem parar uma programação, gravar, armazenar e avançar atrações de TV.
O aparelho está em 30% dos domicílios do Reino Unido, comparados a 21% na
Itália e 20% nos EUA e Canadá. Os DVRs são menos populares na Alemanha (11%)
e no Japão (13%).
Graças à crescente popularidade dos serviços pagos de TV e à adesão aos
gravadores digitais, o relatório de 2007 trouxe um dado novo. Pela primeira
vez, a veiculação de propaganda originou menos de 50% da receita total de
TV, que recuou ligeiramente para 49% (US$ 162,2 bilhões). Já a receita de
assinaturas avançou 2%, para representar 43% do total (US$ 142,1 bilhões).
Pacotes
Quanto ao preço das assinaturas do chamado pacote "triple-play" -- TV,
telefonia e internet --, os britânicos também são os mais favorecidos. Um
típico pacote de serviços, que inclui uma linha fixa, quatro celulares, TV
por assinatura básica e banda larga custa US$ 208,20 mensais.
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