Custo e tecnologia ainda afastam a internet do celular
15/05/2007, 14h50
Contar com a internet no celular, incluindo as facilidades da web 2.0, em que o usuário produz e disponibiliza conteúdo, começa a dar os primeiros passos. Mas para o mercado tornar-se viável, será necessário ultrapassar uma série de barreiras tecnológicas e também econômicas. A tela pequena do dispositivo móvel, browsers com poucos recursos, baterias com tempo curto de duração, a pouca difusão dos smartphones, o preço alto dos serviços e dos dispositivos ainda são os principais obstáculos. "Mas assim como o PC evoluiu do DOS para as atuais interfaces, o celular vai chegar lá a uma velocidade mais rápida do que imaginamos", disse o diretor da Claro, Marco Quatorze, que participou nesta terça-feira, 15, do 6º. Tela Viva Móvel, evento promovido pelas revistas TELA VIVA e TELETIME, em São Paulo.
Hoje no Brasil são vendidos entre 30 mil e 40 mil smartphones por mês, diz Quatorze. De Blackberrys, são 4 mil, enquanto nos Estados Unidos esse número chega a 200 mil. As operadoras acreditam que essa defasagem tende a cair com a difusão dos serviços, apostando na evolução e conseqüente queda de preços dos dispostivos. A Claro lançou recentemente um serviço de geração de conteúdo pelos assinantes com o envio de ringtones, fotos e vídeos com a que ficam disponíveis para a toda a base de usuários. "Nosso maior cuidado, nesse caso, é com a política de direitos autorais, fazendo um filtro dos conteúdos que devem ser inéditos", explicou Quatorze. Outra iniciativa da Claro que teve boa aceitação no mercado foi um serviço para os usuários do Orkut receberem mensagens de amigos por meio de torpedos. "Já nas primeiras duas semanas tivemos a adesão de 40 mil interessados e hoje já alcançamos 100 mil usuários cadastrados", afirma.
O custo do tráfego de dados também tende a cair, o que difundiria ainda mais os serviços. "Em uma rede GPRS o custo do gigabyte trafegado é de US$ 0,40. Nas novas redes 3G Edge esse preço cai para US$ 0,10", exemplifica Quatorze.
Para Fiamma Zarife, uma das responsáveis pela área de serviços de valor adicioonado da Oi, as operadoras estão buscando modelos de negócios que possam viabilizar mais serviços, como o desenvolvimento de links patrocinados, novas formas de revenue share e até a questão da remuneração do usuário que produz conteúdo. "Hoje apenas o cliente paga pelo tráfego. Podemos evoluir para um modelo onde o assinante seja remunerado de alguma forma por interagir com aquele conteúdo", disse a executiva. Ana Luiza Mahlmeister - PAY-TV News
6º Tela Viva Móvel
Para Microsoft, aplicações móveis usarão capacidade dos handsets
15/05/2007, 17h29
A Microsoft aposta na integração entre telefonia celular e Internet, e asim como faz no mundo banda larga, acredita que o modelo que prevalecerá integrará aplicações da rede com a capacidade de processamento dos handsets.
Pensando em melhorar a experiência de navegação da Web para telas e plataformas móveis, a empresa pretende lançar em breve o Deepfish, um browser para celular que coloca no formato da tela do dispositivo móvel qualquer site da internet, permitindo a navegação por meio de zooms na área que se quer pesquisar. O software, que funciona com o Windows Mobile, permite a experiência de navegar por qualquer site, mesmo que não tenha sido formatado para a tela do celular, explica Osvaldo Barbosa de Oliveira, country manager da divisão Microsoft Online Services. O produto está em beta teste e ainda não tem data para chegar ao mercado mundial. Barbosa foi palestrande do 6º Tela Viva Móvel, que acontece nesta terça e quarta (15 e 16), em São Paulo. O evento é promovido pelas revistas TELA VIVA e TELETIME, e discute o mercado de serviços de valor adicionado no Brasil.
Batalha dos browsers
Aliás, a busca por interfaces que aproximem o usuário da web do celular não é só uma preocupação da Microsoft. Também a Nokia aposta em uma plataforma de navegação que não limite o usuário de celular a sites formatados para pequenas telas. Bernardo Carvalho, channel manager do Fórum Nokia Americas apresentou, como conceito de evolução de handsets, a perspectiva de uso de browsers similares aos da web. No caso da plataforma S60, da Nokia, o browser tem como base o código do Safari, navegador da Apple.
Segundo Bernanrdo Carvalho, a tendência é que no celular se reproduzam as experiências de uso de Internet que se tem na banda larga, inclusive com a possibilidade de downloads de conteúdos sem a interferência da operadora ou de integradores. "A tendência é a diminuição do controle sobre a navegação", disse Carvalho, em debate durante o 6º Tela Viva Móvel. Da Redação - PAY-TV News
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