TV digital
TV paga deve ter quase 3 milhões de caixas digitais em 2007
09/05/2007, 19h01
Se as projeções dos dois principais operadores de TV paga terrestre no País estiverem corretas em relação ao volume de caixas digitais (set-tops) instaladas até o final do ano (1 milhão para a Net Serviços e 300 mil para a TVA), é possível que haja, ao final de 2007, nada menos do que 2,8 milhões de set-tops digitais na TV por assinatura brasileira.
Vale lembrar que será no final do ano que as emissoras de TV aberta da cidade de São Paulo começarão as transmissões de seus sinais digitais e que os primeiros equipamentos serão vendidos no mercado.
O DTH da Sky tem perto de 1,3 milhão de assinantes digitais. Net e TVA esperam ter, somadas, mais 1,3 milhão de caixas instaladas (o que inclui pontos extras). Existem ainda mais alguns operadores de MMDS com plataformas digitais, que somados devem chegar ao final do ano com um pouco menos de 100 mil assinantes; e a Telefônica e a Tecsat, cujos DTHs já somam hoje mais de 100 mil assinantes digitais. O mercado de TV paga deve fechar 2007 com 5 milhões de assinantes ao todo. Samuel Possebon - PAY-TV News
Operação
Net pode chegar a 1 milhão de caixas digitais em 2007
09/05/2007, 13h12
A Net Serviços fez, durante a NCTA Cable 2007, uma pequena apresentação sobre sua experiência de implementação do serviço de telefonia com o Net Fone via Embratel. O dado novo da apresentação, para o público brasileiro, é o volume de vendas do serviço: quase 40 mil por mês. A apresentação foi feita por Rodrigo Doclos, responsável direto pelo produto.
Segundo José Felix, diretor de operações da Net Serviços, a operadora hoje está totalmente concentrada em oferecer pacotes combinados dos três produtos (voz, dados e vídeo), e é esse um dos fatores que têm feito o Net Fone ter um crescimento tão significativo. Ele aponta ainda um dado curioso: a Net não consegue detectar uma tendência maior de adoção do pacote combinado em nenhuma cidade específica, o que indica que é um produto igualmente demandado em todas as cidades em que a empresa opera.
Um sinal interessante de como o Net Fone está ganhando peso, inclusive para a Embratel (acionista da Net e parceira operacional do produto), é que três executivos da empresa vieram pela primeira vez à NCTA Cable 2007.
Digital
Mas existem outras frentes da operação, além do Net Fone, em que Felix espera anunciar novidades em breve. No serviço de vídeo digital, o executivo prevê, até o final do ano, 1 milhão de caixas instaladas, o que é possível porque não são mais oferecidas caixas analógicas onde o serviço digital está disponível. Vale lembrar que para alguns assinantes (como aqueles que têm alguns canais à la carte) a Net está trocando gratuitamente a caixa, ainda que não signifique a migração do usuário para a caixa digital. Também nesse universo de 1 milhão de caixas estão pontos extras. De qualquer maneira, a escala que esse volume de caixas digitais da Net, aliados aos assinantes digitais da TVA (que também está estimulando a migração), ao DTH (que é 100% digital) e a outras operações de MMDS já digitais deve dar ao País o volume necessário para o surgimento de novos produtos, como vídeo sob demanda e jogos interativos via set-top boxes.
VOD
Felix ainda vê como fundamental uma caixa de baixo custo, que permita a entrada do assinante no universo digital e a migração da base sem pressão excessiva sobre os resultados da operação. Mas ele vê com bons olhos a implantação do serviço de vídeo sob demanda, que requer caixas mais avançadas, e dá uma dica: o serviço de DVR (digital video recorder) da Net será o primeiro passo para o VOD (video-on-demand) dentro da estratégia da operadora. "A dificuldade é que mesmo nos EUA não existe ainda um modelo claro para o 'push VOD' (que é a tecnologia que permite armazenar o conteúdo no DVR)". Felix não detalha a estratégia, mas diz acreditar na possibilidade de lançar pelo menos o serviço de DVR ainda este ano.
Em relação ao serviço de dados, o executivo diz que a empresa está testando, em laboratório, a tecnologia DOCSIS 3.0, que permite velocidades de até 150 Mbps, mas que ainda não tem horizonte de adoção de velocidades mais altas. "Hoje, ainda estamos muito à frente da tecnologia de banda larga concorrente", diz Felix. Ele explica que mesmo com a ênfase no serviço Megaflash (com velocidades acima de 2 Mbps) a Net não vê um estrangulamento do backbone, nem o surgimento de gargalos. "O que notamos com o Megaflash é que mesmo que você multiplique por oito a capacidade da conexão do usuário, o tráfego em si aumentou só 40%". Hoje, a maior parte (45%) dos assinantes de banda larga da Net ainda estão em velocidades entre 256 kbps e 512 kbps, mas 12% já estão com conexões acima de 2 Mbps. Samuel Possebon - PAY-TV News
Operação
TVA está perto de finalizar digitalização do MMDS
09/05/2007, 19h03
A TVA deve concluir nas próximas semanas a digitalização do MMDS de Curitiba (PR), e com isso passará a ter uma plataforma 100% digital na tecnologia. Segundo Leila Loria, principal executiva da operadora, hoje metade da base da TVA (cerca de 175 mil assinantes) já é usuária do serviço de cabo ou MMDS digital, e a expectativa é chegar a 300 mil caixas digitais até o final do ano.
A TVA também prepara para o segundo semestre o MMDS digital em Porto Alegre, e a expectativa é de intensificação do esforço comercial na cidade, onde hoje apenas a Net (e a Sky, no DTH) oferecem TV por assinatura. Leila Loria esteve na NCTA Cable 2007, e entre as suas missões estava a observação de plataformas de vídeo sob demanda. Da Redação - PAY-TV News
NCTA Cable 2007
Nos EUA, cabo quer mais publicidade com VOD
09/05/2007, 15h27
Na edição deste ano da NCTA Cable 2007, evento da indústria de TV a cabo que termina nesta semana, nos EUA, um espaço considerável, e inédito, foi dedicado ao tema publicidade. Muitas palestras e fornecedores de equipamentos basearam o marketing de suas soluções na possibilidade de oferecer formas mais flexíveis de propaganda, como a customizada praça a praça, ou mesmo segmentada em micro-regiões, e em alguns casos, usuário a usuário.
As razões para essa ênfase no tema publicidade é simples: primeiro, porque os canais de TV por assinatura conquistam uma audiência cada vez maior. Eles passaram as redes abertas em 1998, e hoje quase 77% da audiência já é de canais pagos, sendo que 50% dos canais têm publicidade.
Depois, porque o mercado de vídeo sob demanda (VOD) está crescendo de maneira assustadora nos EUA, assim como as plataformas de DVR (digital video recorders), e ambas as tecnologias abrem algumas possibilidades inéditas de se fazer publicidade. Hoje, há nos EUA 30 milhões de assinantes de cabo que podem usar serviços de vídeo sob demanda, e esse número deve dobrar em cinco anos. Há 19 milhões de DVRs instalados, número que deve dobrar também até 2011, segundo dados da Magna Global.
Para Landel Hobbs, COO da Time Warner, as possibilidades abertas pelos serviços de video-on-demand são gigantescas, primeiro porque permitem novos formatos de publicidade, depois porque o anunciante consegue saber exatamente quem está assistindo, e quando, um determinado conteúdo, e depois porque as pessoas (pelo menos na experiência da Time Warner) gostam tanto de VOD que elas aceitam mesmo que haja publicidade. E é cada vez mais comum nos EUA um determinado conteúdo sob demanda ser oferecido "gratuitamente" para o assinante, com um patrocinador.
Outro impulsionador da publicidade no cabo tem sido a interatividade, que permite interação com os conteúdos. "Isso faz com que a publicidade na TV passe a ter os mesmos atrativos da propaganda na internet", diz Lisa Gersh, presidente da Oxygen Media.
Mas existe uma pressão crescente dos operadores de cabo dos EUA para que os institutos de pesquisa de audiência adaptem seus mecanismos de mensuração aos novos tempos. A primeira queixa é que os medidores ainda estão concentrados, mesmo nos EUA, em apenas 10 praças mais importantes, e o cabo está presente em todos os municípios. Depois porque ainda não existem formas eficientes de medir o uso de DVRs e de video-on-demand.
"A Nielsen precisa evoluir", disse taxativamente David Zaslav, presidente da Discovery, em debate durante a Cable 2007.
TV ainda é forte
O Cable Advertising Bureau, uma espécie de associação para publicidade em TV por assinatura, apresentou durante a Cable 2007 dados de uma pesquisa mostrando que mesmo com novas tecnologias de vídeo, a publicidade de 30 segundos nos canais pagos continua crescendo e é o meio preferido dos anunciantes. Outra constatação importante é que o consumidor ainda é muito mais tolerante à publicidade quando o meio é a TV do que em outras mídias. No caso da TV, aceita-se publicidade de até 42 segundos, contra 18 segundos no PC, 12 em dispositivos móveis e apenas nove segundos no celular.
Parceria para VOD
Para ilustrar o momento que o vídeo sob demanda vive nos EUA, vale ressaltar que a Disney e a rede de TV aberta ABC, a ESPN e a operadora de cabo Cox lançaram esta semana uma parceria para testar um modelo de VOD na Califórnia, incluindo modelo com inserção dinâmica de publicidade (publicidade customizada por assinante). O conteúdo da ABC também estará disponível no portal banda larga da Cox (Cox.net) permitindo que os usuários de banda larga baixem episódios de Lost e Grey's Anatomy, sucessos da emissora. Os episódios também estarão disponíveis on demand assim que exibidos, gratuitamente, mas com publicidade. Será desabilitada a opção de "fast forward" (avanço rápido) durante os comerciais. A idéia da parceria é desenvolver modelos de distribuição de conteúdo sob demanda, com publicidade. Samuel Possebon, de Las Vegas - PAY-TV News
NCTA Cable 2007
TV a cabo digital e voz crescem nos EUA
09/05/2007, 14h08
Alguns dados interessantes da indústria de TV a cabo dos EUA divulgados pela NCTA durante a Cable 2007, evento da indústria que termina hoje. A NCTA é a associação de operadores de cabo:
* Os investimentos gerais da indústria estão crescendo. Eram de US$ 10,6 bilhões em 2005, US$ 12,4 bilhões em 2006 e devem chegar a US$ 13,70 bilhões em 2007. Basicamente, os investimentos são nas redes de vídeo digital e na comercialização dos serviços.
* Eram, em 2006, 32 milhões de usuários digitais, de um total de 65 milhões de usuários de TV a cabo. Em 2005, eram 28,5 milhões de assinantes digitais. Isso significa que em termos de serviço de TV, o cabo não tem conquistado novos clientes, mas tem conseguido vender mais serviços para o mesmo usuário. Este semestre os EUA chegarão à marca de um serviço digital disponível, por redes de cabo, em 100% dos domicílios atendidos pelas redes (o que significa que todas as operadoras já têm serviços digitais). Em cerca de 85% dos lares servidos por TV a cabo, há serviço de vídeo sob demanda disponível e quase 25% dos assinantes de serviços digitais já tem DVR.
* Os assinanantes de banda larga por cable modem nos EUA já passam de 30 milhões, eram 28,9 milhões no final de 2006 e 25,4 milhões no final de 2005. O cabo voltou a vender mais assinantes de banda larga do que as teles, com o ADSL.
* Os usuários de telefonia por redes de cabo já são mais de 10 milhões, eram 9,5 milhões no final de 2006 e 5,9 milhões em 2005. É o novo serviço que cresce a taxas mais altas. Samuel Possebon, de Las Vegas - PAY-TV News
Internet
Crescimento de acessos em banda larga desacelera no 1º trimestre
09/05/2007, 18h48
O número total de conexões ativas de banda larga no primeiro trimestre deste ano atingiu a marca de 6 milhões, o que representa um acréscimo de 300 mil novos usuários em relação ao último trimestre de 2006. Este foi menor crescimento em termos nominais registrado nos últimos quatro trimestres, de acordo com a quinta edição do estudo Barômetro Cisco de Banda Larga, realizado pelo IDC Brasil com o patrocínio da Cisco.
A evolução do número de usuários no País registrou uma desaceleração no primeiro trimestre, com crescimento de apenas 5,26%, o menor em termos nominais registrado nos últimos quatro trimestres. No primeiro trimestre do ano passado foram 1,643 milhão de novas conexões.
Para o diretor de pesquisas da IDC Brasil, Mauro Peres, a desaceleração é normal para esta época do ano, e também porque há um atraso de cerca de seis meses entre a compra do computador pelo usuário e sua conexão à internet. "Boa parte dos PCs adquiridos no Natal só devem começar a ser plugados à rede nesses próximos meses", avalia ele, embora admita uma tendência de diminuição no ritmo de crescimento.
Um dos fatores apontados pelo analista da IDC para essa redução é que os preços, apesar de terem caído, ainda são um impeditivo para a compra da classe C para baixo, faixa na qual a internet compete com prioridades como alimentação e educação. Os preços das conexões, segundo o Barômetro, caíram 13% na média dos últimos 12 meses. No caso de velocidades maiores, entre 2 Mbps e 8 Mbps, os preços tiveram queda ainda mais acentuada, de 26,7%, enquanto que nas velocidades entre 128 Kbps e 256 Kbps a redução foi menor, de 4,7%.
De acordo com o Barômetro, a região Sudeste é a que possui a maior penetração de banda larga do País, com 61,2% do total, sendo que somente o Estado de São Paulo representa 39,6% das conexões. Ainda conforme o estudo, 50% das novas conexões no primeiro trimestre foram por cabo, que totalizaram, em março, 18,9% dos acessos em banda larga no Brasil. Entretanto, a tecnologia xDSL continua a liderar com 77% do total de acessos. A queda constante de participação de mercado dessa tecnologia gira em torno de 0,7% ao trimestre.
A razão do crescimento, segundo o presidente da Cisco do Brasil, Pedro Ripper, se deve à concorrência acirrada entre as operadoras de telefonia e de TV por assinatura. "E estas últimas foram bastante agressivas e bem-sucedidas em suas oferta, baseadas em pacotes de serviços que incluem dados, voz e vídeo e novas ofertas de 2 Mbps e 8 Mbps de velocidade." Erivelto Tadeu - PAY-TV News
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