quarta-feira, 16 de maio de 2007

Internet e celular

Internet e celular dão o tom no Tela Viva Móvel 15/5/2007 14:09:00
Começou hoje em São Paulo a sexta edição do Tela Viva Móvel, encontro dedicado a discutir os serviços de valor agregado (SVA) para dispositivos móveis. O tema deste ano é o casamento entre internet e celular e as infinitas possibilidades de negócios que esta união proporciona àsagências de publicidade , produtoras de conteúdo, operadoras de celular, fornecedores de plataformas tecnológicas convergentes, entre outros. Uma das empresas que espera lucrar ainda mais com a consolidação da nova plataforma é a Google, que oferece hoje 600 bilhões de páginas na Web em idiomas dos mais diversos, incluindo o quechua, utilizado por tribo indígena. Nas palavras do presidente do Google no Brasil, Alexandre Hohagen, a empresa pretende ser o grande semáforo para este meio.Durante a palestra, a primeira do evento, ele ofereceu um panorama atual da internet. Mostrou que o Broadcast, cujo foco é a comunicação em massa, está cada vez mais sendo suplantado pelo narrowcasting, voltado para o público segmentado e lovecasting, que nasceu na web 2.0. Neste último caso, o usuário se comporta de maneira específica - cria o próprio conteúdo, define tendências, decide o que vai consumir e influencia outros.A previsão do Google é de que o lovecasting encontre no celular sua plataforma perfeita. Nos Estados Unidos, a empresa já oferece serviço de busca associado ao GPS. O usuário em São Francisco consegue buscar um tipo de estabelecimento e encontrar no Google o lugar mais próximo de onde ele está. Na seqüência, o serviço também mostra como chegar ao destino desejado e oferece um link que contacta, via voz, o estabelecimento.As novidades do Google não param por aí. Receber scraps do orkut via celular- uma parceria da empresa com a operadora Claro, exercer o chamado revenue share com usuários dispostos a produzir conteúdo para sites como o Youtube deverão ser algumas das grandes fontes de renda no novo cenário. Já a criação do Google Phone , Hohagen afirmou não ter nada definido. "Sãoapenas rumores".O futuro promete, em pouco tempo, ser promissor para as empresas que apostarem neste novo, e conveniente, formato de mídia. Os vídeos mais vistos do YouTube, por exemplo, recebem mais clicks via celular do que via computadores convencionais. Até 2010, especialistas do setor estimam que o volume mundial de transações financeiras efetuadas através de aparelhos será de US$ 10 bilhões. O Brasil lidera o ranking de celulares na América Latina com 102 milhões de anuários (fonte- Anatel; abril). Mas alguns cuidados, na visão de Hohagen, são necessários. A experiência do usuário deve ser sempre colocada como o maior valor da empresa. É o usuário quem vai decidir cada vez mais o que permanecerá definitivamente na mídia dosmobiles.Produtores de conteúdoDe acordo com Fiamma Zarife, gerente de Conteúdos e Aplicações da Oi e Marcos Quatorze, diretor de Serviços de Valor Agregado da Claro, a idéia incial será formar uma grande parceria por meio do revenue share entre operadoras e produtores, que incluem os próprios usuários.Produção de ringtones e vídeos e a comercialização via downloads se consolidarão de diversas formas. Uma deles poderá ser através de pagamento via créditos de celular, outras, através de campanhas de incentivo. A Claro lançou um programa que premia os clientes que fornecem os melhores conteúdos. Os campeões de ringtones, por exemplo, ganham clip na MTV com o tom produzido. O movie maker vencedor tem a chance de conhecer os estúdios da MTV nos EUA. São parcerias atrás de parcerias. Esta tem sido a lógica deste modelo de negócio.O grande obstáculo, na visão de Marcos Quatorze, ainda são as leis de direitos autorais. Para ele, ganhar dinheiro com conteúdo está complicado. As operadoras não conseguem controlar a procedência das inúmeras produções dos usuários e as leis brasileiras são rígidas. O grande modelo que deverá se consolidar como vencedor é o de link patrocinado. As operadoras, oGoogle e os fornecedores de plataforma são unânimes em afirmar que o modelo será dominante. O cliente não precisa pagar nada para ter acesso ao conteúdos quando existe um anunciante, o que aumenta a divulgação e a interatividade. São pilares da web 2.0.Marina Ferriello - Adnews

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