Internet já faz o que a TV digital promete, diz Walter Longo
Os telespectadores brasileiros terão acesso ainda este ano às impressões iniciais sobre a TV digital. Com a mudança decretada e a despedida do sistema analógico, a expectativa sobre o novo modelo direciona apostas para o processo interativo entre a programação da emissora e o usuário, além de melhorias na qualidade de som e imagem.
Contudo, não se sabe, por enquanto, o nível de interatividade a ser alcançado por tal digitalização. As novas funcionalidades oferecidas pela TV dependem de acertos e regulamentações políticas. Ainda pairam, portanto, dúvidas sobre o que será prioridade entre tais melhorias.
O sistema japonês adotado pelo Brasil deve privilegiar a multiprogramação, que permite sintonizar até quatro canais diferentes ao mesmo tempo, em detrimento da melhor nitidez na imagem.
Dessa forma, à medida que se mudam os formatos, a tendência é prever alterações também nos meios de comercialização de marcas.
O mercado de publicidade vê com cautela tal adaptação. Porém, há quem diga que o processo não será assim tão revolucionário.
"O que a TV digital promete, a Internet já vem fazendo de alguns anos para cá", destaca o mentor de Estratégia e Inovação do Grupo Newcomm, Walter Longo.
Embora reconheça as mudanças da digitalização, o profissional prevê um tempo máximo para a implantação do modelo no Brasil. De acordo com Longo, se o processo de popularização do serviço se prolongar por mais de 5 anos, a Internet deve roubar a cena e incomodar o reinado da televisão.
"Mídia nova nunca matou mídia velha. Mas a editabilidade e instantaneidade oferecidas pela Web são atributos únicos.
Isto sim é uma revolução", aponta.Links para compras Longo cita como exemplo interativo o recente modelo de negócio em ambiente virtual chamado Plinking.
Pelo sistema é possível fazer publicidade a partir de um vídeo comum divulgado e assistido por meio da Internet.
O usuário pode interagir com o conteúdo e adquirir produtos que aparecem na tela do computador por meio de links associados. Ou seja, basta clicar e comprar.
Em tempos de inúmeras possibilidades de interação, o mentor do Grupo Newcomm aconselha às agências de propaganda que reinventem os paradigmas já desgastados. E a televisão também se insere neste contexto, tanto em termos comerciais quanto de conteúdo. Trata-se de uma parceria entre os dois segmentos.
Segundo ele, a nova geração consumidora de informação está longe de ser classificada como passiva. Os telespectadores são cada vez menos reféns da grade de programação e horários pré-estabelecidos."Se a publicidade e a TV não se recriarem, os 30 segundos do intervalo comercial tendem a enfrentar sérios problemas", enfatiza.Marcelo Gripa - Adnews
Comentário da "bloggista": A TV por assinatura já faz há tempo, e completo!
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