24/09/08
A TV digital vem sendo implantada por todo o mundo com o objetivo de facilitar o acesso às informações e apresentar novos padrões de interatividade e qualidade.
No Brasil, não apenas o novo padrão de transmissão mas também o desenvolvimento de plataformas que ofereçam suporte à essa tecnologia, têm feito com que empresas do setor de comunicação e desenvolvedoras de softwares se unam com o intuito de auxiliar a implementação dessa forma de convergência digital.
Durante o encontro "TV Digital: Uma nova oportunidade para as empresas de software", realizado em parceria pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), Assespro SP (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet) e Softex, foram discutidos e apresentados modelos de negócios para o setor.
Estavam presentes no evento Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD, Nelson Wortsmann, consultor da Brasscom, além de representantes e executivos de empresas como Sun e TQTVD, que já estão explorando oportunidades nessa área.
Um dos grande destaques foi a apresentação do middleware Ginga, desenvolvido no Brasil pela PUC - RJ e Universidade Federal da Paraíba.
Baseado em padrões de tecnologia abertos, o Ginga otimiza os recursos e aplicações da TV digital com baixo processamento de memória. Outro diferencial apresentado é a interatividade e o sincronismo com as mídias. O middleware brasileiro possui suporte tanto para linguagem Java quanto Lua, e promete ser uma alternativa ao padrão MHP.
Roberto Franco, afirmou que o projeto atende requisitos únicos e permite desenvolvimento de aplicações interativas independentes da plataforma de hardware dos fabricantes dos set-top boxes.
Segundo Franco, o middleware totalmente desenvolvido no país representa uma grande oportunidade para as empresas que desenvolvem de softwares que poderão explorar tanto no mercado nacional quanto internacional novas formas de interatividade. Além disso, poderão aprimorar serviços como T-banking, T-commerce, T-advertising e T-government, que prometem mudar o cotidiano dos telespectadores.
Já para David Britto, diretor da Quality Software, o grande desafio tem sido conseguir o apoio de empresas detentoras de padrões que possam auxiliar no desenvolvimento dessas aplicações e no aperfeiçoamento do Ginga. De acordo com ele, essas empresas não querem participar do projeto por não aceitarem os termos de exploração livre das tecnologias.
Christiane Aguiar - Redação Adnews
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