Pode ser uma boia opção para Pay TV!
Empresa alemã GFK, que já atua na área de pesquisa de tendências no país, estuda entrar na medição de audiência da TV aberta em até 16 praças
Maria Carolina Maia
‘Avenida Brasil’: fenômeno de audiência que garantiu gordo faturamento publicitário à Globo (Divugação)
Solitário no serviço de medição da audiência da TV aberta, o Ibope pode ganhar um concorrente de peso em 2013. É o que diz o empresário Fabio Wajngarten, sócio do Controle da Concorrência, consultoria que faz levantamentos sobre a inserção de comerciais na televisão. Wajngarten passou os últimos dias intermediando encontros e diálogos entre a alemã GFK, que já atua no país na área de pesquisa de tendências, e representantes de emissoras e do mercado publicitário. Até o fim de janeiro, o Controle da Concorrência pode anunciar uma parceria com a GFK, que presta o serviço fora do país.
“Foram dias intensos. A gente esteve em emissoras, agências e anunciantes. A receptividade foi excelente, a tecnologia da GFK foi bem vista”, diz Wajngarten. “E os alemães querem entrar no país. A Europa não está bem, e há toda uma janela de oportunidades aqui, que eu mostrei a eles em uma apresentação que fiz na Alemanha, no começo deste semestre. Os alemães estão com olhos, dentes e todo o apetite pelo mercado nacional. Está muito próxima a atuação de um segundo player de medição de audiência no Brasil.”
Wajngarten, no entanto, ainda não levou a GFK à Rede Globo, a primeira colocada nas pesquisas realizadas pelo Ibope – e portanto a emissora mais beneficiada pelos estudos que guiam hoje o mercado publicitário.
Entre os diferenciais que a GKF teria em relação ao Ibope, segundo Wajngarten, estariam o serviço de time shifiting (medição de quantas pessoas gravam um determinado programa de TV) e uma rede maior de medidores da audiência em tempo real espalhados pelo país. “Vamos entrevistar pessoas em 70.000 domicílios, dos quais vamos filtrar 6.000, com endereço conhecido, para receber os medidores. Isso é 35% a mais do que oferece o Ibope, que tem 4.500 meters e ninguém sabe onde estão.”
Ainda de acordo com o sócio do Controle da Concorrência, a ideia é que a GFK atue em 15 ou 16 dos maiores mercados do país.